Ilustríssima > Na narrativa de 'Disclaimer', homens são perversos, idiotas ou zumbis Voltar
Comente este texto
Leia Mais
Ô, tadinho...
A série é extremamente machista e moralista, pois pune severamente a mulher desejosa e livre, que existe só do livro, sendo limitada à ficção somente, ao passo que a revelação do estupro redime a todos no final e ainda reconecta os laços familiares. À mulher só cabe dois destinos: ou ser uma p*t@ ou ser uma santa a expiar eternamente seu lugar de vÃtima. O pecado do adultério a transforma na responsável moral pela morte de Jonathan, o que é um absurdo insinuado pela narrativa
Resumindo lá vem o homem falar “nem todo homem”
Excelente reflexão!
Não vejo problema nenhum em fazer isto se este é realmente o objetivo dos autores, mas, inverta os gêneros e mantenha a mesma proposta para ver se não há uma terceira guerra mundial, metaforicamente falando. Por isto é tão difÃcil levar a série movimentos que possuem um objetivo justo, mas tentam chegar nele de qualquer forma, e ainda se consideram acima de qualquer crÃtica.
Muito pertinentes as questões levantadas pelo autor sobre a crise da masculinidade mas parece que assistimos séries diferentes... Não achei que os personagens masculinos possam ser reduzidos a um estuprador, um perverso, um bobalhão machista e um jovem zumbi. Achei as/os personagens femininos e masculinos com uma trajetória bem coerente dentro da história que Alfonso Cuaron conta.
Apesar de ter sido escrito por Francisco Bosco, que é um homem que respeito e admiro por ser ponderado e muito estudioso, o texto me causou certo desconforto, acredito que, por ser mulher e saber das dificuldades enfrentadas por nós, entendo que precisamos de muita reflexão na busca da compreensão do lugar do outro. Nestes tempos de radicalismo, precisamos de cautela, de ouvidos e de olhos bem atentos à s crÃticas. Obrigada, Chico Bosco.
O que eu observei também é que autores que se protegem atrás de tÃtulos acadêmicos, do bairro de alto padrão onde moram, que ficam aninhados no pensamento filosófico e cientÃfico (que dá nome à s coisas), que não foram afetados diretamente por uma violência sexual (contra si ou alguém da famÃlia), criam um pensamento sofisticado (episteme x polÃtica) e acabam por menosprezar a dor alheia logo de cara.
Algo que já observei: mulheres que têm filhos homens (e um homem ao lado: marido, companheiro) tendem a não aderir a pautas feministas relativas à violência sexual, elas ficam mais reticentes, é como se elas quisessem proteger seu ninho. E parece ser o caso da personagem Catherine: ela abafa a violência, ela não conta para o marido. Creio que "contar o que aconteceu" tornaria o marido menos bobalhão e o filho não teria esse perfil decaÃdo. Elaborar juntos a violência seria um amadurecimento.
Assisisti a série. Decepção. Perdeu uma chance enorme de abordar o jogo de narrativas, de mostrar a diferença entre justiça e vingança, entre verdade e preconceito; que é o ponto central desse ótimo texto. A série acaba covardemente numa solução fácil, de vilão e mocinho, atiça as pessoas a pontarem o dedo para o diabo da história e tacar pedra em vez de discutirem o problema como algo social, e não pessoal. Trump e Bolsonaro batem palmas e agradecem.
A regra é clara, caro autor: bateu, doeu? Pega que é seu. Esse papo de 'nEm ToDo HoMem', por mais que seja floreado de palavras bonitas, já foi disimitificado a muito tempo.
Quer dizer que todo homem é? Prendam-se todos preventivamente então. Num campo de concentração talvez?
Ha? Entendi foi nada.
A série é um melodrama pouco crÃvel. Salvam-se apenas as atuações e as cenas picantes do começo. Não creio neste componente polÃtico. Parece mais uma forçação de barra colocando uma mulher como perdida e irracional ao botar fogo no livto, chamando a atenção do marido e tambem na desarticulação ao não explicar-lhe o ocorrido, abrindo porta para sua crença equivocada. Mas no final, ao não perdoa-lo com aquele argumento pÃfio. É o mesmo que tranformar um atropelamento culposo em doloso. Enfim...ri!
Quando se trata de uma dominação e opressão por séculos a despolitização já é escolher um dos lados .A masculinidade toxica está apenas começando a ser questionada Precisa ser eliminada de vez para um novo homem surgir.
A despolitização é a arma principal dos opressores .A imprensa do status quo é especialista em despolitizar todos os assuntos Despolitizar para dominar este é o lema das elites..
É preferÃvel viver com alguma injustiça eventual das oprimidas do que com a justiça do opressor .Até porque é um perÃodo de transição. Toda a razão para as mulheres .As vitimas sempre tem razões de sobra.
.Dizer que o Allen naõ é pedófilo?? Ora ele casou com sua filha ...Precisa mais ???For christ sake.
Quanta bobagem. Não eh só opinião, eh erro de conceito mesmo. Tá louco.
E se não for suficiente, será que a galera não vê o quanto os filmes dele são misóginos?, a exemplo: Vicky, Cristina Barcelona, em que um cara bem mais velho vice um romance com 3 belas jovens... Patético. E grande coisa o cara ser inocentado, Trump é presidente mesmo com um baita histórico de atleta, não é mesmo?
Um texto que vale a assinatura de um jornal (aliás, são artigos como este e alguns articulistas que sustentam minha "assinatura persistente/teimosinha). A elegância do Francisco Bosco já é conhecida (e ninguém melhor do que ele para tratar tema tão delicado), mas é preciso ampliar o debate porque acredito que os efeitos da forma polarizada de enfrentar a questão prejudica todo mundo. Que texto!
Quanto mais o texto fala sobre a falha forma da representatividade dos personagens masculinos na série, mais me pareceu uma identificação significativa do autor com eles.
Sim como qualquer texto de crÃtica. Essa foi a minha.
Esse texto deveria ser um convite a reflexão.
mas os homens de hoje são assim mesmo. eu sou um exemplo, e péssimo disso. E fora isso, foi uma das melhores séries que já assiste em todos os tempos. E um detalhe, Kevin Kline e Sacha Baron Cohen, talvez por isso mesmo, fazem sombra em Cate Blanchett e nas outras musas, também soberbas.
Todo o texto é baseado na ideia de uma "ruptura epistêmica", supostamente inaugurada pelo movimento "MeToo": a desconsideração por fatos, análise cuidadosas etc. Tenho uma hipótese diferente: esse "descuido epistêmico" sempre foi trivial no nosso cotidiano jurÃdico-polÃtico. A novidade é que ele incluiu eventualmente homens brancos e poderosos. Eles, é claro, terão mais intelectuais para defendê-los que vÃtimas cotidianas da "guerra à s drogas" e "suspeitos" da periferia, por exemplo.
Pois é, mas o autor do texto prefere criar uma nova culpa para os movimentos feministas (leia-se mulheres e mães) que é a de estar jogando os “pobres jovens” para o discurso da direita conservadora. Um desserviço!
Busca
De que você precisa?
Fale com o Agora
Tire suas dúvidas, mande sua reclamação e fale com a redação.
Ilustríssima > Na narrativa de 'Disclaimer', homens são perversos, idiotas ou zumbis Voltar
Comente este texto