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Excelente artigo. Escrito com muito rigor e comedimento. A financeirização da vida transformou a doença em ativo. A partir daà a exploração das mesmas através da ameaça à vida é explorada pelos planos de saúde, pelos provedores de assistência médica e todo o complexo médico industrial. Independente das diversas posições em relação ao tema, a saÃda é a estruturação de uma medicina pública de alto nÃvel, que não significa a medicina do espetáculo do setor privado, mas uma posição humanitária.
Medicina privada é um dos baluartes do neoliberalismo, ideologia dos editorialistas deste jornal. Me lembro do depoimento à CPI da Covid de um paciente da Prevent Senior dizendo que seus familiares foram informados que ele iria ser colocado em tratamento paliativo para "morrer dignamente", e que o óbito ocorreria "dentro de poucos dias". Primeiro o dinheiro depois o ser humano, assim que funciona a medicina privada.
Quando o estado exerce os interesses da sua população e não da minoria bilhardária a vida é melhor, inclusive na assistência à saúde.
Há dois paÃses no mundo com o "mercado" de assistência à saúde explorados de forma significativa pela iniciativa privada: Brasil e EUA, onde se ganha fortunas fazendo o que não se precisa (internações, cirurgias, exames, tratamentos) ou deixando de fazer o que é necessário, como os exemplos dados na matéria, dependendo do modelo do negócio. Na grande maioria dos demais paÃses a regulação e o controle do estado sobre o que deve ser feito e como deve ser feito é total, caminho a ser seguido.
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