Ilustríssima > Como foram os últimos dias de Antonio Cicero antes de suicídio assistido na Suíça Voltar
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Doença terrÃvel.
Todos deveriam ter direito de decidir tal ato, sem ser julgado pelos verdadeiros covardes que usam a muleta religiosa para influir na legislação retrógrada. Trabalhamos a vida inteira, somos espoliados pelos impostos e na hora que precisamos escapar do pesadelo, criam entraves ilusórios como justificativas.
Pqp, o cara vive 79 anos de luxo e luxuria e na morte dá uma de herói, pela mor de Deus, até na morte foi elitista. Que coisa
Só quem convive com a doença sabe o drama, CÃcero estava consciente (ainda) e tomou essa decisão se poupando e poupando as pessoas de quem o amam. Minha mãe tem alzheimer há cinco anos e só quem tem familiar assim sabe, sua vida e das pessoas em volta mudam, a pessoa perde a consciência de si mesma, fica dependente, agressiva, seus amigos e familiares te abandonam e te deixam na mão, só sobram os juÃzes pra te julgar (os mesmos que julgam a atitude de CÃcero mas eles somem, envergonhados).
Me desculpem a fraqueza, tantas crianças sendo assassinadas em gaza, libia, Afeganistão, iraque, Rússia, Ucrânia, iemem, Ãfrica, todas privadas do milagre da vida, e uma pessoa com 79 anos, vividos no luxo e na luxúria, vem se postar como uma celebridade póstuma. Cinceramente , apenas um bolsal de luxo. Me poupe.
Sinceramente, desculpem os erros, foquem no conteúdo
Corajoso na vida e na morte Parabéns Antonio CÃcero viveu plenamente e teve a lucidez de decidir seu destino
Àqueles que o taxam de covarde, quem sabe vendo uma pessoa querida, levando um vida vegetativa, "apodrecendo" em cima de uma cama, sem reconhecer nem os filhos, sem movimentar um dedo, alimentadas somente via sonda e, dia sim, outro tambem, sendo levado às pressas pro hospital, sem nenhuma opção de dizer o que quer, mudem de opinião ?
O alzheimer é uma doença devastadora! Nos primeiros estágios é até de boa mas com o tempo a pessoa não reconhece mais as outras, foge de casa, some, fica agressivo, tem alucinações, come até m-er-da achando que é comida, depois fica acamada, não come, só come com sonda, cuidadores e remédios carÃssimos, sus não dá suporte pra isso, quem é pobre no Brasil se ferra nessas horas, familiar some da sua vida, você larga trabalho e tudo só pra cuidar e ver seu ente querido morrer indignamente.
O amor e a escolha . Cada deve ser respeitado. Aos quinze , eu achava 35 uma boa temporada para morrer. Hoje aos 61, não tem dinheiro para eutanásia, o sus ainda não fornece. Sei as leis do paÃs que não respeita os mortos assassinados. Voltando, pedi caso essa doença do cérebro vem me visitar, ficaria feliz, pelo menos que fosse internado ou hospedado em um asilo.
Tem a história de uma moça que estava fazendo vaquinha pra poder ter eutanásia lá na SuÃça porque não aguenta mais a doença que ela tem, sempre tem choques e paralisias no corpo e no rosto, e não tem cura.
Triste história de alguém que se acovardou da vida. Quantas pessoas temos exemplo de bravura e luta por cada segundo de vida ! É nesses que me inspiro !
Gozado chamar um clÃnica que cobrou mais de dez mil euros de sociedade sem fins lucrativos. CÃcero fez uma besteira contra si mesmo e contra seus fãs.
Se houvesse opção no Brasil certamente não precisaria passar por nisso na SuÃça.
Corajoso na vida. Covarde na morte.
Coragem na vida e na morte. Coisa para poucos e evoluÃdos.
Covarde?
Não existe morte mais digna do que essa. Triste fim daqueles que perdem completamente a lucidez no final da vida. Infelizmente o evangelistão onde vivemos nunca aceitará tal prática.
Se fosse só a lucidez?! Alzheimer, em estado avançado, a pessoa fica acamada e morre, sei lá, de inanição porque não consegue engolir a comida, ou de falência dos órgãos porque o sistema nervoso já não responde adequadamente as funções biológicas do corpo ou de sufocamento porque o próprio pulmão não realiza as funções de troca respiratória, é dramático a doença em estágio terminal e dependendo da forma de que cuida a pessoa fica assim rapidinho, um ou dois anos no máximo.
Aqui no Brasil seria permitido uma instituição dessas, que trabalha com encerramento da existência carnal? É bom sabermos que a morte não existe, ou seja, deixamos para trás um habitat transitório do espÃrito, para retornar ao ambiente eterno com familiares e amigos.
Deveria ser um direito. AÃnda mais agora que passaremos dos 100 anos . Mas como passaremos? Provavelmente com o corpo completamente despedaçado , envelhecido acarretando dores e inconveniências para si e para todos.
"Infinitos espÃritos dispersos, Inefáveis, edênicos, aéreos, Fecundai o Mistério destes versos Com a chama ideal de todos os mistérios. Tudo! vivo e nervoso e quente e forte, Nos turbilhões quiméricos do Sonho, Passe, cantando, ante o perfil medonho E o tropel cabalÃstico da Morte..." AntÃfona(Cruz e Souza).
Em todos os cumes: sossego. Em todas as copas não sentes um sopro, quase. Os passarinhos calam-se na mata. Paciência, logo sossegarás também. Goethe
Parabéns Fabio, elogiável sua citação, assim como infelizes, os que o taxam de covarde.
Goethe escreveu belÃssimos, brilhantes e duros livros , ensaios e poesias. Foi muito bacana e apropriada essa sua menção.
Um dia, todos nós seremos abraçados pelo Divino. Que descanse em paz!
Espetacular. Confortante. Um texto que nos dá a dimensão da literatura de CÃcero assim como da necessidade de querer partir. O Brasil deveria repensar a crueldade de impedir que humanos se deteriorem, degradem, percam sua dignidade em processos degenerativos sem cura e sem formas legais de tomar um atalho para outras dimensões ou até mesmo para o vazio. Parabéns, Claudio, e obrigada O
Mais triste que a morte é a pessoa perder aos poucos sua própria identidade. Esquecer do que foi, do que é, e do que será. Esquecer amigos, familiares, um grande amor. Decisão difÃcil entre perder a vida ou a vida se perder no esquecimento. Meus sentimentos aos familiares. Morre uma estrela, mas seu brilho jamais se apagará.
E um câncer ?
Trabalho primoroso de Claudio Leal. À altura de Antonio CÃcero... Um poema na forma do jornalismo que precisamos, uma viagem por entre a cultura do centro do Brasil nas últimas décadas. Perdi o fôlego.
Um lindo relato literário sobre a vida e morte desse grande poeta que foi corajoso em sua escolha.
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