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O que escorre sob a ponte da civilidade

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  1. Carlos Domingos Lisboa

    Penso que na pequenez nada inocente do pensamento da classe média lumpen ,nada proletária, brasileira. A saída para um país mais desenvolvido seja o extermínio dos pobres. E que façam um país filial da matriz EEUU

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  2. Nilton Silva

    Para Hobbes a vida sem o Estado seria violenta e caótica. Será que o Estado está presente em todos os lugares do país? O Estado está presente na vida da massa que sofre violência todos os dias?

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  3. José Cardoso

    O prazer pelo sofrimento alheio é inerente ao ser humano. Um exemplo disso são os reacts dos torcedores furiosos com as derrotas de seu time. Os adversários se deleitam com eles tanto quanto com as vitórias de seu próprio time. E alguns furiosos sabem disso, faturando com as visualizações de seu próprio desespero.

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  4. Alexandre Marcos Pereira

    Júlio, grato pelo comentário. Nesses botecos de esquina, há sempre gente disposta a endireitar o mundo entre goles de cerveja e risadas. São herdeiros diretos dos fãs da guilhotina. O riso sarcástico é a reação normal diante do sofrimento alheio. Com essa gente, não adianta revirar as estantes da mente em busca de uma resposta contundente. Os autodidatas de botequim podem até te acharem genial, mas ainda assim um pensador errático. Fãs de guilhotina apenas querem sangue e nada mais.

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  5. Raymundo de Lima Lima

    Texto-ensaio para ser lido e comentado frase por frase. Principalmente nos cursos de formação de militares. Mas será q nestes ambientes há coragem moral para ler, interpretar, contextualizar, e se incluir nos argumentos do prof. Muniz?

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    1. Adriano Alves

      Eu poderia subir mais um andar e chegar ao parlamento. Poderia também chamar à responsabilidade interinstitucional, invocando o papel da imprensa profissional e da televisão; poderia considerar o papel das mídias sociais. Poderia considerar que é preciso mais das nossas universidades... Mas eu não poderia deixar de te dizer que há policiais com coragem moral para fazer até mais do que disse a sua sincera preocupação no seu comentário, e que não pode ficar só nas polícias.

    2. Adriano Alves

      Outra coisa: muitos atores da parte de cima do sistema penal (juízes e promotores) validam e legítimam essa polícia que temos. Em recente pesquisa que desenvolvi, tomando o estudo de caso como estratégia metodológica, constatei juíz criticando na sentença o STF e a lei, dizendo que eles são lenientes com o tráfico de drogas. O juíz sequer considerou que não havia defensor público assistindo o réu e converteu o flagrante em prisão preventiva. Ou seja, a violência policial é validade todos os dias

    3. Adriano Alves

      A PRF possui uma das maiores concorrências do Brasil, e seu corpo de patrulheiros nos últimos 15 anos tem sido constituído por jovens de nível de instrução superior que vem de uma maratona de estudos em média de três anos. Veja o que aconteceu com a instituição? Observe também os cursinhos que os preparou? (Houve reportagens denunciando a apologia à tortura e execuções sumárias... no que resultou?)

    4. Adriano Alves

      Pois bem, nos últimos dez anos, boa parte, senão a maioria dos PMs implicados disciplinarmente e/ou na justiça possui nível superior de instrução ou estão por concluir (o que relativiza o argumento de que a qualidade do nível de instrução previne a violência institucional). Há outros fatores para além do militarismo e da cultura organizacional que devem ser considerados - e observe que não desconsidero tais aspectos. (Comentário continua).

    5. Adriano Alves

      Há, sim, Raimundo, e faço isso há mais de 15 anos nos cursos de formação e capacitação de uma PM do Brasil. É qu é difícil mesmo, muito, mudar esse cenário nestas instituições, não só por sua cultura organizacional - não podemos olvidar que mais de 50% dos brasileiros acham que "babdido bom é bandido morto" (DATAFOLHA). Na PM onde trabalho há mais de 25 anos, maioria dos jovens que ingressam já possuem nível superior ou estão por terminar. (Comentário continua)

  6. Luana Santos

    Obrigada pelo texto, por sua existência luminosa, professor Muniz Sodré!

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  7. Tadêu Santos

    Qdo o país investir como projeto de governo e plano de estado na educação especificamente pras camadas baixas da pirâmide social certamente estas cenas não mais correrão, pois estes jovens estarão com outra mentalidade cursando universidades com promessas de empregos seguros e que não precisarão partir para o crime...

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  8. hernando josé rocha franco

    As massas sempre gostam de sangue....dos outros! O efeito colateral disso é que o aplauso de hoje pode ser a dor e o lamento de amanhã .

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    1. Felipe Araújo Braga

      Você não pode ignorar o contexto social e histórico da Revolução Francesa. Quase um milênio de opressão feudal e absolutista, aquilo tinha de cair. Após ela, no Brasil, apenas um século depois a República foi proclamada e a escravidão caiu, sendo que a até hoje o Brasil ainda luta para ter um pouco de dignidade para a população.

  9. Felipe Araújo Braga

    Não sei se concordo com o texto. A Revolução Francesa foi necessária e o povo estava certo sim em relação ao que foi feito com a aristocracia. Já vi o Pondé falando mal da Revolução Francesa e elogiando a Inglaterra do período: ou seja, ele deve achar lindo aquelas crianças descalças trabalhando nas primeiras indústrias mais de dezesseis horas por dia!

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    1. julio alves

      Entendo que seja possível discordar de alguns aspectos do texto, embora eu tenha concordado e aprendido mãos um pouco. Agora, amigo, enfiar o traste intelectualóide de orelha de livro, Pondé, num comentário de texto do professor Muniz Sodré, chega a ser sacrilégio!

  10. Maria Lopes

    Com todo o respeito, Prof. Muniz Sodré, eu conhecia o significado de shadenfreud como satisfação diante do infortúnio de alguém. Nao de fazer deliberadamente mal a alguém, como certo inelegível durante a pandemia, ou certas corporaçoes militares. Shadenfreud presente quando li no jornais à hora do café da manhã da prisão recente de certo general golpista de quatro estrêlas. E terei a mesma satisfação se certo inelegível tiver o mesmo destino. Nem posso dizer que me envergonhe disso.

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    1. EDUARDO BENEDICTO OTTONI

      Sim, "Schadenfreude" é o "prazer em sentir pena" de alguém...

    2. Maria Lopes

      Ops, schadenfreude.

  11. Alberto A Neto

    "Ao vencido, ódio ou compaixão; ao vencedor, as batatas".[Quincas Borba]

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  12. MATILVANI MOREIRA

    Por isso, na percepção de desamparo ou de medo, em plena modernidade civil, o odioso sentimento de vingança ainda se acende como brasa do passado. E o desamparo e o medo crescem como erva daninha! Tristeza!

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  13. JOSE PADILHA SIQUEIRA NETO

    As execuções de aristocratas e de capitalistas nas revoluções se valem do ódio e do sentimento de vingança mas tem o propósito oculto de eliminar a classe opressora e impedir a contra revolução. Já a utilização hodierna das execuções de pobres e pretos supostos suspeitos como arma eleitoral são o supra sumo da barbárie em estado puro.

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    1. julio alves

      Muito bom. Arremata o belo texto

    2. Felipe Araújo Braga

      Parabéns!

  14. Alexandre Pereira

    “O Terror é doravante um sistema de governo, ou melhor, uma parte essencial do governo revolucionário. Seu braço. (...) Ele é também um meio de governo omnipresente, através do qual a ditadura revolucionária de Paris deve fazer sentir sua mão de ferro em todos os lugares, tanto nas províncias quanto nas forças armadas” do Diccionnaire critique de la Révolution française . A esquerda não perdeu o jeitinho ao posar de boa-moça democrática.

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  15. jose camargo

    A polícia de SP é uma das melhores do Brasil. E está muito longe de ser a mais violenta.Esses casos recentes de desinteligência policial são fatos lamentáveis,porém, isolados. É a exceção da regra. O nosso diploma legal(constitucional e infraconstitucional) favorece a criminalidade e tem contribuído enormemente para estressar a autoridade policial. Não há,no Brasil,atividade mais desgastante e mais incompreendida do que a atividade policial.

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    1. Felipe Araújo Braga

      José, com todo respeito, mas a realidade parece outra. E você diz isso até o momento que ocorrer alguma violência policial com sua família!

    2. Maria Lopes

      Defina desinteligência policial. Está soando como legítima defesa imaginária. Que passada de pano, hein Zé.

  16. Alexandre Marcos Pereira

    Os defensores dos direitos humanos são vistos como um punhado de homens engravatados, empoeirados de bibliotecas, arquitetando conceitos altos demais para a realidade rasteira. Entrem em um bar da equina, com balcão de fórmica desgastada e o rádio chiando sambas antigos. Perguntem aquele cliente, com a cerveja pela metade e o cigarro pendendo no canto da boca, qual é a opinião dele sobre o tema. É o palco menos provável para debates jurídicos, mas ali há os juristas formados na escola da vida.

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    1. julio alves

      É exatamente nesses bares que a PM Paulista entra atirando.

  17. Luís Mattos

    Um diagnóstico duro, preciso e verdadeiro dos dias atuais.

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