O Ruy é uma esplêndida raridade! Parabéns pela resistência! Orasil O Velho!

Muito bom o artigo. Também nunca me interessei por Tumblr. iPod. Google Glass, MP3, MP4, celular com rádio etc. Só não concordo com as observações sobre o Blu-ray. Gosto dele e sempre o vi como um irmão mais requintado do DVD. Nunca achei que um anularia o outro, pois ambos são excelentes mídias e podem conviver de modo harmonioso. Tenho um aparelho que reproduz bastante bem os dois. O Blu-ray é ótimo, por exemplo, para edições luxuosas destinadas a colecionadores.

Vim aqui para me atualizar. A coluna e os comentários são todos da geração Z, digo, Alpha. Ronaldo Lemos e Alvaro Machado Dias, que se cuidem!

Gostei, os filmes são patrimônios da arte e estética, como engenho e arte, quanto as tecnologias sempre parecem estar numa dimensão de futuro do pretérito, e esse meu pesar não advém da IA, se ela no futuro chegar e lá não mais lembrar. Feliz Natal.

Nessa, estou calçando o mesmo número. Meu primeiro celular, adquirido em 2020, é de segunda mão e tem dado conta do recado. A tecnologia proporciona,sim,muitas facilidades,mas tudo que é excessivo pode ser prejudicial. A humanidade precisa assimilar urgentemente o milenar questionamento socrático, antes de embarcar em qualquer aventura consumista: Será que eu preciso mesmo disso?

Nos anos 90 descobri que cueca é um aplicativo corporal inútil e, desde então, nunca mais usei. Minha saúde e minha liberdade melhoraram. Outro corpóreo que aposentei foi o relógio de pulso. Encontrar alguém nas ruas que lhe diga as horas é infalível como a morte. Em casa não há relógios. Quando a luz entra pela janela é hora de acordar. Quando ela se vai acendemos velas. Não há hora para comer nem dormir. Tudo aqui é virtual: sonhos e esperança. Só o amor é funcional. O computador é colateral.

E pensar que até hoje o rádio esta vivo, e transmitindo em todos os cantos desse mundo!!

As histórias mundiais dividem o passado humano em termos da tecnologia usada: Idade da Pedra, do Bronze, do Ferro. A tecnologia é importante. Cada nova invenção inaugura possibilidades sociais antes inexistentes. Mas geralmente exageramos a importância das novas tecnologias na definição do rumo geral das mudanças sociais. O futuro nos é opaco.

Também adoro passar batida por essas novidades.

Hahahahah, quanto lichxo! Eu já fui vanguarda nessa história, caríssimo, mas também me livrei de tudo quanto é excelente em tempo. Hoje, no máximo, um notebook e o tabletofone sofisticadíssimo onde leio o jornal, artigos científicos e um ou outro livro - fugindo da sua IA, que insiste em ser ativada. E boquejo aqui na folha, enviesando as palavras a mode desviar da sençura. Que, felizmente, é burrra como uma porta e engole a burla, no mais das vezes. Vade retro (e de retrô)!

Trabalho em um banco. Certa vez a uns 7 a 8 anos atrás, em uma dinâmica de processo seletivo, propuseram aos candidatos que imaginassem algo inovador relacionado a novas tecnologias. Propus, na época, a invenção de uma cápsula minúscula que, entrando na corrente sanguínea do ser humano pudesse ter a capacidade de fazer diagnósticos e, eventualmente, algum procedimento. Os responsáveis pelo processo disseram que eu "viajava na maionese" e me reprovaram, com louvor..rsrsrsr

Ainda prefiro um bom livro de papel, comprado em sebos, a ter um Kindle. Até tentei usar, mas não é a mesma coisa.

Somos uma espécie de trezentos mil anos, precedida por outras, afeita a transitar por espaços, espaços físicos, espaços sociais, espaços sinestésicos, para satisfazer vontades e desejos. Irresistível lembrar a cena do filme "Rouge" da Trilogia das Cores. Irène Jacob transita entre as bancas repletas de CD's num cipoal de headphones pendentes do teto. Ela é atendida por um boa praça, e procura a faixa desejada dans le champ, apertando as conchas, olhando para a música.

E ainda: Fax,Pager., Agenda eletrônica., Palmtop., Discman. Secretária eletrônica, Tamagotchi, video Atari. Sem esquecer do Bombril na ponta da antena de tv, para melhorar o sinal.

O colunista está equivocado. O blue-ray foi uma boa tentativa de proporcionar boa resolução aos filmes. Não vingou. Mas VHS é chinelagem, uma imagem sem-vergonha. Hoje, plataformas como Mubi etc, permitem que a gente assista a Ozu, Tarkovsky, Visconti, Zurlini a e muitos outros . Pelo menos isso a tecnologia nos ofereceu.

E pensar que eu me lembro quando os aparelhos de fax chegaram às empresas... Quando comecei a trabalhar, os desenhos técnicos eram feitos em pranchetas, algumas enormes, mas logo vieram os "softwares" de projeto e foram sucateadas. Essa obsolescência vertiginosa já me levou diversas vezes a indagar o que serão das atuais bibliotecas públicas dentro de uma ou, no máximo, duas gerações? Hoje, poucos jovens as frequentam mas o que será delas quando os leitores preferirem o livro digital?

Gosto muito de Google Glass porque ele não aconteceu, me lembra o Brasil.

Muito bom.

É como a seleção natural. A maioria das mutações não dura. Por sinal estou contemplando um blu-ray e um dvd-player enquanto digito...

O fundo musical de hoje é o de ontem: O Homem por Trás da Guitarra nos 007.

Ruy, podemos admitir q somos conservadores neste ponto? E exercemos nosso direito a Dúvida Metódica, inaugurada por R.Descartes, sempre q aparece um aparelho novo, uma coisa eletrônica supostamente nova, por exemplo, a Inteligência Artificial. Também gente q estufa o peito numa palestra vendendo um suposto Futuro.

Acompanho o relator.

E aí Ruy estou vendendo meu aparelho de fax, quer comprar? Parabéns pela excelente crônica, como sempre.

De fato, para acompanhar as novidades tecnológicas, seria preciso comprar novos dispositivos 2 vezes por ano. E o que fazer com os LPs e CDs? Abandoná-los ao pó em troca do streaming? De jeito nenhum!