Dionísio, grato pelo comentário. A civilização grega tinha um padrão semelhante das cidades-estados da Mesopotâmia. Essa descentralização política da Mesopotâmia, porém, não significava ausência de organização ou caos; pelo contrário, refletia uma estratégia adaptada às peculiaridades geográficas, econômicas e culturais das regiões. A Mesopotâmia, situada entre os rios Tigres e Eufrates, era um mosaico de territórios férteis separados por desertos e áreas montanhosas. Isso explica muita coisa.

Essa descentralização aconteceu porque Deus embaralhou o idioma desse povo antigo de modo que não se entendiam mais e precisaram se separar, dando origem a diversos povos de nações culturalmente diferentes.

Haveria alguma explicação para as representações artísticas encontradas em cavernas pré históricas mostrarem com riqueza de detalhes os animais da época e apenas silhuetas infantis de seres humanos, e depois da escrita representações humanas apenas de perfil?

Esse despovoamento das cidades também ocorreu nos séculos finais do império romano do ocidente. Pelo que sei, os imperadores reduziam o teor de metal preciosos nas moedas (a inflação da época), mantendo o valor nominal para dar conta dos gastos públicos. A alta de preço dos produtos agrícolas era combatida com tabelamentos e penas severas. O resultado foi o decréscimo da produção e fome nas cidades. A população teve que ir para o campo, dando início ao que chamamos de idade média.

Muito interessante. Deveríamos fazer o mesmo com nossas megalópoles.

Também acho, mas é perturbador pensar um porvir aberto. Mais reconfortante imaginar que o ser humano era o objetivo da evolução, que o sistema liberal democrático realizava o fim da história ou que o capital levaria inevitavelmente ao socialismo. Se o mundo não está parado que hajam profetas predizendo sua conclusão, revelando seu sentido oculto.

Olhando para a história da Mesopotâmia, berço das primeiras civilizações, percebemos que, ao contrário de impérios centralizados como o Egito ou a China, essa região construiu sua identidade em torno de uma miríade de cidades-estado independentes. Ur, Uruk, Lagash, Nipur e Babilônia, apenas para citar algumas, eram centros urbanos que, em sua maior parte, operavam de forma autônoma, governadas por seus próprios reis ou conselho de anciãos.

Excelente texto, embora breve. O ponto central esta resumido no final: não há nada de inevitável na "marcha da civilização". Ou no progresso.

Muito abstrato, não é possível concluir coisa alguma.

Crise de confiança no templo, por pestes, invasões ou dissidências era comum.

Precisa ver se houve regressão do modo de produção, ou diversificação de modelos numa geografia não monolítico.