o Pondé tá jogando umas expressões soltas no meio texto. Texto cheio do vazio.

Até tu, Pondé?! “A Descrição da Infelicidade— se trata de uma coletânea de ensaios sobre autores austríacos e austro-húngaros”. Partícula “se” para tornar o sujeito indeterminado não soa bem, além de estar errado, quando é usada na presença do sujeito. Logo, “a Descrição da Infelicidade É uma coletânea de ensaios”…

Excelente texto!

"enquanto existisse a morte não se poderia falar em esperança". Enquanto temos saúde, ou pelo menos enquanto não temos uma doença terminal, é artificial se fixar na ideia do fim. Modificando a frase do Joaozinho Trinta: o povo gosta de vida, quem gosta de morte é intelectual.

Sim, as forças que animam o desespero são as mesmas que animam a cognição, daí os monoteísmos e demais religiões abominarem a busca por conhecimento, a dúvida e o questionamento sadios. A estupidez humana se manifesta de forma mais clara na crença numa força sobrenatural que promova o bem maior. Que religião não manipulou e manipula seus seguidores por meio da ignorância, do desespero e do medo?

O último parágrafo fecha bem a ideia. Inclusive o que chamamos de transcendência talvez nada mais seja do que um estado de excitação (frequência) dos neurotransmissores, assim como ocorre durante os sentimentos de amor e ódio. Mas fica mais confortável atribuirmos à "transcendência" uma emanação de forças divinas.

O homem é inteligente, mas lhe falta modéstia.

Hoje foi o dia do Pondé tirar a poeira do seu diplominha de filósofo e exibi-lo para todo mundo: "Tão vendo? Eu sou capaz de escrever textos eruditos sobre filósofos que só os eleitos conhecem. Até citei um título em alemão! Não me venham contestar quando eu soltar meus recalques numa apologia ao bozismo!". Então tá...

Texto instigante, manda pensar. O conceito de Deus por um triz é a cara das religiões.

Uma pessoa, que é um ser limitado, não pode emitir um julgamento confiável de uma entidade supostamente ilimitada e onisciente, pois ela julgaria o ilimitado tendo como base a sua limitação. Além do mais, se uma Inteligência Artificial pode apreender os avanços da física e da química, além também pode assimilar reflexões filosóficas a respeito da bomba atômica. Essa lado pessimista do Pondé me parece mais uma percepção enviesada e marqueteira, para provocar otimistas ingênuos. Não me convence.

Outro alemão, anterior ao biografado, explicou melhor a cognição: Às vezes, as pessoas não querem ouvir a verdade porque não querem que suas ilusões sejam destruídas (Nietzsche).

Sim. São as mesmas as linhas de fratura.

Iniciei minha carreira trabalhando com tecnologia. Naquele tempo acreditava que tecnologia, progresso e bem estar estavam intimamente relacionados e que um levava ao outro. Hoje, um pouco mais maduro, tornei-me cético, pessimista até. Está difícil acreditar em quase tudo que há (política, tecnologia, progresso, bem estar). Me questiono sobre o que vale a pena (progresso), se realmente existe (bem estar) e onde chegaremos (tecnologia, política) com o que temos e o fazemos atualmente.

Rolando lero essa coluna de variedades vai de mal a pior. Vamos a crítica do que está sendo dito e não para um argumento ad hominem como é sempre acusado quem crítica Luizinho. Palavras do senhor “ Pergunto-me como alguém pode acreditar na possibilidade de construirmos uma gigantesca inteligência artificial?” eu pergunto me como alguém pode elogiar pensamento tão ra so. Luizinho, larga de bancar o intelectual pensando em condenar o pensamento acadêmico do qual supostamente fazes parte.

Há muito tempo que não tínhamos um texto magnífico. O autor consegue uma sequência de citações que questionam dogmas da ciência e da política que parecem nos aprisionar. Exalta a ignorância e a força da natureza, trazida pelo desespero, que também anima a cognição. Talvez esteja aí a explicação por termos o maior líder político vivo do planeta, oriundo da seca, portanto do desespero, que mostrou capacidade de percepção de um país. Conquistou o povo, ganhou eleições deu dignidade à nação.