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José Cardoso
É uma felicidade conseguir ser o que desejava em criança. Em geral isso não acontece. Qual a criança que diz: quero ser camareira de hotel, ou limpador de fachada de prédio, ou desentupidor de esgoto?
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Luiz Candido Borges
De fato. Essa me lembrou das "recordações de vivências passadas": indefectivelmente a pessoa se recorda em sua vida faustosa na corte de Louis XIV ou na cama com Nefertiti. Nunca foi a camponesa faminta ou o fellah esmagado por um bloco de pedra na construção de alguma pirâmide...
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Marcelo Pires Santana
Hahhahaha. Certos comentários como o seu, são ultimamente, apenas isso, o único bem estar em ler e assinar a folha. Obrigado, José Cardoso.
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Karina Kanazawa Rienzo
Seria interessante saber como foram as vidas dos demais personagens da matéria, sobretudo a do Mauro, o excluído da turminha bacana da zona sul carioca.
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neli faria
Caraca, nessa idade lavava as roupas;passar não,a mãe tinha medo que eu me queimasse com as brasas do ferro, fazia compras para casa, cozinhava,limpava a casa. Ali aprendi a fazer o meu prato favorito:arroz cru e queimado!Sonhava ouvindo João Gilberto e um programa de uma tal Cacilda, o que falava não entendia , mas, pelo fundo musical,anos mais tarde, muito mais,tarde, descobri que era a Dança Húngara5, Brahms.A Cacilda? Era a Becker! O que queria ser? Presidente da República!
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neli faria
Por que queria ser Presidente da República? Para comer os doces que não podia comprar. Vê-se que na minha meninice , um gênio pensando no futuro ,queria um Cartão Corporativo para gastar à vontade!Com sigilo centenário.Também queria ser Presidente do Santos. Mais para o final do ano, descobri, com a morte de John Kennedy,a existência de Washington.Ali passou a ser o meu sonho de viagem. Conhecer Washington...!Posso concretizar meu sonho, na hora que quiser, mas, prefiro voltar à Tóquio!
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Alexandre Marcos Pereira
Tornar-se uma atriz, sendo filha de artistas, é comum em quem carrega nos genes a veia artística dos pais. Mas poderia querer ser arqueóloga, talvez, desenterrar objetos antigos e mistérios, ou cientista, aquelas figuras de jaleco branco que manejam tubos de ensaio e decifram enigmas da natureza. Crianças costumam escolher profissões tão distantes de seus universos imediatos que quase sempre nos soam como poesia: pilotos de corrida, astronauta, equilibrista de circo. Nessa idade, eu só brincava.
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Marcelo Fernandes
Incrívell! Isso só poderia estar na coluna do grande Ruy Castro.
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LEO NASCIMENTO
Seu Amorim .Foi com 20 anos e não 18 que Fernanda Torres ganhou a Palma de Ouro de melhor atriz em Cannes.Filme do Arnaldo Jabor." EU sei que vou te amar".
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Hernandez Piras
Não é de admirar que tenha ganhado o prêmio: o filme é todo Fernando Torres! Toda luz é seu espetacular desempenho. O resto é perfeitamente dispensável.
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LEO NASCIMENTO
É isso Ruy .É isso Fernandas.Não esquecer que a Fernanda filha ganhou a palma de ouro em Cannes com 20 anos .Filme EU Sei que vou te amar do Arnaldo Jabor .
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Gilberto P Santos
Fernanda Torres já fez mais pelos brasileiros do que nossos parlamentares.
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Geraldo Jorge Oliveira Goncalves
Pensei emitir ou não comentário. Quem é bom já nasce feito! Inclusive o escritor colunista. Parabéns aos dois!
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Cida Sepulveda
Questão de gosto.
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Luiz Gustavo Amorim
A coluna de hoje daria margem à uma série de considerações sociológicas, mas me contento apenas em ratificar que se o Oscar levasse em consideração precocidade (melhor atriz em Cannes aos dezoito) e demais talentos (como ela escreve bem!), enfim teríamos o sonhada estatueta. Que artista completa!
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Natan Thalles Amado Rodrigues Rocha
No caso do Mauro, último garoto a ser entrevistado, ele queria ser ator de televisão, mas o pai, pintor, diz que não deveria pensar em bobagens e procurar ser um bom pintor. Na idade de Mauro, ter um sonho ser classificado como "bobagem" - talvez pelas condições socioeconômicas da família e não porque o pai desprezava a atividade artística - deve ser trágico. Eu não li as outras entrevistas, mas Mauro talvez tenha sido a única criança a não receber estímulos paternos (e todos sabem por quê).
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Luiz Candido Borges
Natan, eu não li a revista, mas não parto do princípio que o menino Mauro teria sido o único a não receber estímulos paternos - devido às suas condições socioeconômicas, é claro. Esta é uma forma já tornada clássica de justificar o imobilismo social: o periférico nunca irá a parte alguma devido às injustiças sociais. Bem sei o quão injusta é a nossa sociedade, mas esse tipo de postura está mais para conformismo do que para realismo.
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