Primeiro: o preço! Por mais que folheie e interesse, você pagaria 120? Segundo: tem local que você pode baixar sem burlar! Biblion é um app grátis de livros muito bons, só não tem Harry Potter e nem Percy Jackson (ninguém é perfeito); porém, dá pra escolher o que quiser e se divertir no seu celular ou tablet...

O Emmanuel Todd relaciona a decadência do Ocidente com a falta de leitura. E a tendência é piorar. Como um livro vai disputar com uma tela colorida e cheia de pop-ups? Como já dizia o Freud, a preguiça é uma das três maiores paixões do homem. Ler demanda imaginação e raciocínio.

Bem, amigo. Já eu espero que tenha lido o livro que mandei para você (entreguei para sua secretária na A.B.L.), de preferência, inteiro. (A DÁLIA VERMELHA). Se leu, muito obrigado, RUY CASTRO. Mostra que também tem prazer em ler obra de colegas e não apenas, em escrever.

Mais trágico ainda é saber que está média não reflete a integridade do povo brasileiro. A depender do nível social e econômico o percentual de leitores pode desabar. E pior, tende a piorar.

Livros, hoje, são artigo de hobistas, como discos de vinil e coleção de selos, infelizmente. Primeiro o rádio, depois a televisão e - a última paulada - as redes sociais, prazeres mais imediatos, mataram a literatura. Não há o que fazer.

Gostaria de um quadro mais completo. Por exemplo, como era a situação em 2016, quando uma certa presidente foi arrancada do cargo. Tenha a desconfiança de que, a partir dali, o desmonte foi muito bem feito.

Tá,vou moderar fsp.

Infância sem Tarzan, sem O Livro da Selva, sem A ilha do Tesouro, sem As Aventuras de Tom Sawyer é infância sem mato , sem Burroughs,sem Kipling, sem Stevenson, sem Longhorn Clemens. Parece ótimo pois esses levaram a outros e outros e outros como numa espiral beatle de A Day in the Life! A ignorância é invejável.

Hábito, senhores, questão de hábito. E de valores. Achavam mesmo que com o ocaso da cultura - e não digam que é só no Brasil não, pois o que é lido lá fora é no mínimo questionável - o quadro seria outro?

Bem, se desejamos que os jovens leiam e adquiram o hábito de leitura, eles precisam do exemplo de que a leitura é um ato prazeroso. Ela não precisa começar por livros. Histórias em quadrinhos são um ótimo ponto de partida, uma vez que, fisgado o peixe, ele com naturalidade expandirá por outros meios. A leitura em geral é um ato solitário, mas isso não é obrigatório. Ler na cabeceira, sugerir um clube de leitura, reservar dois dedos de prosa para discutir a obra podem funcionar.

Prezado Ruy, O texto é realmente assustador. E não vejo como alterar a situação. Apenas digo que cumpro minha parte.

Eu não lia, eu "comia" livros, mas hoje, não lembro quando foi que abri um pra deixar de lado em seguida. Escrevia cartas que parecia o Velho e Novo Testamento juntos e, hoje, quando muito, preencho em letras de fôrma algum formulário medico. Triste.

No Natal ganhei um livro físico biográfico de 637 páginas. Será que vou ler?

Esse declínio afeta também o resto do mundo, mas nossos números são especialmente chocantes. Nos EUA, 23% admitem não ter lido um livro sequer no último ano.

Conheço um cara que lê, no máximo, um livro por ano. O curioso é que gosta de presentear os amigos e parentes com livros. O último que ele deu foi "Paris, a festa continuou" de Alan Riding e o felizardo foi eu.

Triste fim de um país... Me lembro de um natal em família que sugeri como presentes do amigo oculto, fossem livros... acharam bem chinfrim minha sugestão... perdi pra chocolates...

E isso leva à desumanidade e ao retrocesso civilizatório, daí porque no mundo há eleições com tantos candidatos populistas e, pior, de extrema direita, para os quais o dinheiro e o "sucesso" é o que importa. Questões sociais? para quê? eles que se virem e trabalhem para nós como "colaboradores" para ficarmos cada vez mais ricos e financiando redes sociais para conduzir a boiada como a gente quer. Futuro? prefiro nem comentar.

[...Index da FSP alerta: leitor com restrição a comentários ...]

Se o panorama atual e futuro é de não leitores, para que livros? Passemos então à fase seguinte que, na ficção de Ray Bradbury, seria at ear fo go nestes. A função (pasme-se!) competia a bombeiros. A distopia de Fahrenheit 451, publicado em 1953, sempre nos lembra uma conhecida República e seus desdobramentos.

Não sei quantos livros leio por ano, mas, leio!Amo ler no Metrô! Evito ficar olhando para o povo que olha o celular. Tenho mais de cinquenta livros para ler antes de morrer. Compro, ganho, e pego naqueles leia e devolve. O que estou a ler, peguei em Águas de Lindóia, passei na frente, porque depois de ler, vou juntar com revista que assino, e pedirei para devolver no mesmo local que pequei. Também,o pegue e devolve,tem na estação do metrô, Luz, um escaninho: coloco revista que assino.

O mecanismo de recompensa das redes sociais (dopamina) é um dos fatores que levam as pessoas a passarem horas diante das telas. O preço dos livros é um fator se levarmos em consideração os lançamentos, mas existem os sebos e as bibliotecas. Os mini leitores estão por ai, meus sobrinhos devoram livros da série "As aventuras de Mike" como se fossem feitos de chocolate. O que é preciso para fideliza-los a "boa leitura", na minha opinião depende dos pais.

Para a boiada é mais fácil acreditar em mentiras do que entender a verdade. Um não leitor incorrigível é aquele que cospe num busto sendo homenageado e vincula o 'estupro ao mérito' ao atacar uma colega parlamentar!

O capitalismo voraz, concentrando renda pornograficamente, nos "brindou" com a pós-modernidade e a destruição do método científico que reina na sociologia atual. É evidente... como explicar um mundo tão rico com tantos pobres??? Como explicar a catástrofe ambiental como escolha para abastecer os grandes monopólios capitalistas??? A destruição da razão é método. Diante desse cenário, livros à fogueira...

Lamentável, tudo isto me lembra o Egito antigo, quando somente castas como os sacerdotes e soberanos podiam se alfabetizar e ler ! Estamos retroagindo 2000 anos, criando castas de pensantes! Quanto ao valor, em minha cidade existem 200 bibliotecas e vários sebos com preços bastante amigáveis para desfrutar de uma boa leitura.

A maioria não lê por não saber. Citar preço dos livros é desculpa. Cresci comprando livros em sebos e frequentando bibliotecas.

"A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada", disse Alvim, ministro da Cultura do governo Bolsonaro. Em 8 de maio de 1933, dois dias antes de promover uma grande queima de livros considerados impróprios pelo regime, segundo Goebbels, chefe da propaganda nazista afirmou a mesma mensagem.

Ler é chato e dá sono.

Pra ler fofocas sobre celebridades ou da vida do vizinho ou se desinformar com fake news o brasileiro é craque! Talvez se os livros não fossem tão caros (deveria haver isenção total dos impostos sobre os livros e itens culturais no geral) e o brasileiro tivesse uma educação de qualidade, poderíamos ter melhores índices de cultura e desenvolvimento intelectual. Mas infelizmente o cenário é de ignorância epidêmica no Brasil.

Poucos conseguem sair da caverna d ignorância da falta d leitura d bons livros. Maioria escolhe viver e acreditar em sombras/fakenews,falácias, populisas politicos e religiosos. Imaginem o mundo dominado por mentiras, governantes sociopatas, criminosos e religiosos fanáticos. Eee, vida dgado, povo feliz!

Eu faco parte da minoria que ama ler, compro livros e recomendo para a familia e amigos, leiam, e bom demais. Leio varios livros por ano.

Um sintoma disso foi a eleição do bebum Lule.

O brasileiro em geral não foi educado para isso. Antes da falta do livro, há inúmeras outras faltas. Quando o Brasil gostava muito de imitar a Europa, livros eram abundantes, mas abundantes também era o analfabetismo. Não ler, e também não escrever, não é um problema isolado.

Senhor Ruy.......a necessidade é tornar interessante a literatura na escola........e ser rotina os alunos lerem e anotar em......ao menos 1 clássico por mês.......Machado.......Guimarães Rosa........Clarice lispector .......Dostoievski.......theckov........essa desinformação reinante.......é a ausência de leitura.......parabéns.......mais uma vez pelo artigo......obrigado

Em 1784, Kant reforçou a importância d esclarecimento/al:Aufklärung, iluminar ideias e fatos p razão. Alerta Kant “Vivemos em uma época esclarecida/aufgekärten?A resposta é não.Mas sim vivemos em época d Esclarecimento.Tal como alertava Platão,Alegoria d Caverna.

mais uma tragédia anunciada... Brasil, vamos acordar!

Lembrei quando Pedro Bial entrevistou o ex juiz Sérgio Moro e perguntou que lia. Respondeu que gostava de biografias. Perguntado qual tinha lido por último, não soube responder e culpou sua memória frágil. Fascista leitor é oxímoro. A extrema direita comemora o povo iletrado porque isso facilita seu projeto de poder.

Sou um deles, infelizmente.

A questão do preço dos livros tb o tornam de pouco ou nenhum acesso as classes menos favorecidas. Gosto demais de ler e pesquisando um novo romance que quero comprar, esta na faixa de: físico 100,00 reais ebook 40,00 reais esse é só um exemplo. Por que as editoras,livrarias otimizando toda essa cadeia, e menos lucro não poderiam baratear mais?

E só vai piorar.

Quando vemos "coach Mirins" bombando na Internet e todos aplaudindo e eles dizendo que não vão para a escola pois não trás nenhum proveito, isso arrepia. Desestimula alguém a ler , a estudar, pois o lucro instantâneo a qualquer custo leva a isso. E mais, a educação foi terceirizada as escolas, professores, instrutores, babás, cuidadoras , menos dos pais. Eu aprendi a ler e escrever com minha mãe que tem apenas o segundo ano primário feito em 1952, mas a pequena semente prospera em mim até hoje.

Isso explica muita coisa...

Existem hábitos q requerem esforço, pq não são naturais. Manter-se magro, por exemplo, não é fisiologicamente natural, pois o corpo animal é programado para armazenar reservas energéticas em tempos de vacas gordas (prevendo as vacas magras). Uma página branca cheia de palavras não tem o mesmo atrativo para o cérebro que um conteúdo brilhante, interativo, simples e ideologizado.

Não admira: somos um país que lê muito pouco. Haja vista o número de analfabetos funcionais "especialistas" em algo, o poder das fake news e os parasitas que são eleitos como salvadores patriotas.

Não a toa que uma figura como Nikolas Ferreira floresceu nesse pântano.

Mas muitos se acham especialistas em vários níveis acadêmicos sem ler um único livro. Que Frankenstein é esse?

Não importa qual a plataforma de leitura. Tanto faz livro impresso ou digital. O que importa é o hábito a ser estimulado, fundamental para a formação intelectual. Mas, como foi dito há tempos: " A crise da Educação no Brasil é um projeto ". E as redes sociais dão conta disso.

Vendo o nível da maioria das pessoas que eu conheço eu realmente não estou surpreso!

Uma consequência do parco nível de leitura é a baixa proficiência na escrita. Sendo assim, não podemos culpar apenas as novas gerações pelo declínio do consumo de livros. Aposto que todos aqui já conheceram médicos, advogados, engenheiros (esses nem se fala...) e outros profissionais de curso superior, muitos avançados na idade, que escrevem de maneira lastimável. Citei os engenheiros porque muitos deles, ao serem pilhados em erros primários de Português, saem-se com: "Meu negócio é números..."

Nunca lhe fora incluido na infância a leitura, eis o ponto.

A falta de estímulo é um dos fatores que impactam esses números. Faltam campanhas e programas agressivos de formação de leitores, tanto do público, como de entidades da sociedade civil ligadas à educação e cultura. É preciso ressaltar a importância do hábito da leitura para o desenvimento cognitivo, em qualquer fase da vida. Infelizmente a hipnose coletiva gerada pelos inúteis portais venenosos como as redes sociais é uma síndrome a ser combatida a fím de reduzir a idiotização da sociedade.