Houve uma época de uma música popular "nacional". Um exemplo típico é o Feliz Aniversário de Manuel Bandeira e Villa Lobos (aliás presente numa cena de O Som ao Redor). Foi uma tentativa de substituição da importada Happy Birthday to you. Mas não colou (infelizmente porque é mais bonita em minha opinião). O cinema entretanto sempre teve uma carga nacionalista maior, talvez pelo papel do Estado em seu financiamento.

Divagando: será que fora do Brasil não se referem ao cinema do Brasil como brasileiro? Será que o francês - por exemplo- chama seu próprio cinema de francês? Ou nacional?

Sugiro incluir as opções Cinema, Sétima Arte. Aí nas múltiplas escolhas teríamos: Cinema Nacional, Cinema Brasileiro, Sétima Arte e Cinema. Eu já fiz a minha escolha por Cinema, até porque lembra o lugar mais adequado para se ver Cinema, no Cinema. Brincadeiras à parte, por mais q medidas afirmativas sejam importantes para se colocar em determinados contextos, por outro lado penso q tudo q se tenta classificar acaba na verdade sendo rotulado, e rótulos alimentam preconceitos.

Sim, há diversos filmes bem-feitos, com ideias interessantes, e que mereciam um público muito maior. Neste mês de férias consegui ver : As Duas Irenes, Animal Cordial, Estômago e revi o antigo e favorito meu, Durval Discos.

E o nosso Cinema já é um sucesso, vai até disputar na categoria principal do Cinema Mundial.

Excelente crônica. Eu, q gosto muito d cinema, nunca pensei sobre este assunto. Realmente chamamos cinema iraniano,cinema argentino,cinema indiano,cinema francês,cinema sueco, cinemão hollywoodiano, mas chamamos o Cinema Brasileiro d cinema nacional. Talvez porque ainda não temos uma identidade própria d cinema made in Brazil. Oxalá, tal identidade virá com "Ainda estou aqui". Sem patriotata e sem patriotários.

Viva o Cinema BRASILEIRO de ontem, hoje e amanhã. Curioso será ver os patriotas (seja lá o que isso significa) Torcendo contra o Brasil no Oscar. Vivemos tempos dificeis.

Excelente texto, como sempre, Renato . O cinema brasileiro tá mostrando ao mundo o quanto vale investir na 7a arte , num país que até bem pouco atrás desprezava a cultura, educação e esporte, atividades que estimulam a inclusão social. Não só por "Ainda estou aqui" mas pelo conjunto da obra, o cinema brasileiro nos enche de orgulho. Brasil, sil, sil!!!