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Daniel Silva
Sem querer relativizar, mas temos nosso próprio exemplo macabro. Estrangeiros vindos de países prósperos ao Brazil fazem turismo em favelas insalubres no RJ ou de caráter sexual nos demais estados. Isso nos glamouriza negativamente e mantém uma espécie de mercado aqui, da pobreza e exploração da comunidade.
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Mario Garcia
Em Berlim fiquei impressionado com o marketing do Holocausto como atração turística. E igualmente impressionado como vende, funciona, emociona e afasta o sentimento das pessoas do que foi realmente a maior tragédia da humanidade.
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Pedro Spada Marotti
Esse filme é incível. Uma baita demonstração de exemplos sobre o que realmente significa "a verdadeira dor". Muito acima do que nos cerca, e muito abaixo do que temos como degradável. Nossa verdadeira dor somos nós mesmos.
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Sam Duart
Acredito que a declaração de muitos sobreviventes de guerra explica tal curiosidade ao afirmar que: "Vc não conhece o verdadeiro horror até estar no meio dele".
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marcos reimann
Tenho 66 anos e já assisti a mais de 100 filmes sobre o Holocausto. Estive em Dachau, passeei em Berlim, um museu a céu aberto do Holocausto. Milhares de filmes contam com pontos de referência a sobreviventes. Agora já estou na Nakba.
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Murilo Belezia
Como transmitir fatos histórico importantes da história recente a um geração de jovens adultos para quem o século XX é apenas o século passado? Eletricidade, aviação, duas guerras mundiais, massacres (Hitler, Stalin, Mao, Pol Pot, etc.), dominações imperiais e guerras de libertação na África, guerra fria, avanços enormes nas ciências, entretenimento de massas, artes plásticas revolucionárias, o século XX é o tal! Talvez a linguagem seja através do turismo...se não surgir idéia melhor.
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edilson borges
o povo do país da estrelinha o faz de formas muito mais concretas. se não é kitsh, é bem mais feio de se ver....
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Eduardo Fabr
A colunas do Coutinho, sozinhas, já estão valendo o preço da assinatura da Folha.
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marcos reimann
É preciso coragem para apontar o quanto esse tema tem sido usado. E de se perguntar se já não gera o efeito contrário.
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MURILO MENDES
Lendo, lembrei de um verso de uma letra do Arnaldo Antunes: "a dor é minha, não é de mais ninguém". Uma vez, em um velório, sem saber muito o que dizer para o filho da falecida, dele ouvi o seguinte: " a dor é intransferível". Achei kitsch ele largar uma frase assim naquele momento. Quis ser filosófico. Pensei comigo: filosofia numa hora dessas?
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Lucas Aires de Carvalho
Interessante ponto de vista, mas com algumas lacunas que me inquietam: 1. A partir do momento em que se vive uma dor como a do holocausto (digo isso com a experiência rasa de quem leu muitos e muitos livros sobre o assunto), o resto se dissipa. Não há como comparar a dor de suspensivas perdas, traumas infindáveis e incertezas constantes com qualquer outra dor com a qual o ser humano possa viver. É o que dizem os judeus sobreviventes. E, 2. Toda dor é relativa.
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Marcelo Ribeiro
Tem gosto para tudo. Para mim, basta as fotos, os relatos e livros que falam sobre assunto. Fazer um filme sobre turismo nos locais onde aconteceu o holocausto, seja por qualquer motivo, é torpe.
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Roberto Gomes
*Reviver o Holocausto como experiência turística é o supremo kitsch.* Concordo. Já visitei a Polônia, mas fiz questão de não ir a Auschwitz.
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