Nada contra uma expedição à Marte (ou uma nova à lua). Mas deveria ser financiada por contribuições voluntárias, não por dinheiro dos impostos.

Uai, sêo Muniz, "imortalizar" é o jeito de fazer a acumulação desmedida continuar a ter sentido: pô, sujeito guarda bilhões, não há mais o que exista pra que ele possa comprar, tem que tentar não morrer. Ou fazer que nem os egípcios: enterra o sujeito numa caixa-forte com um monte de ouro, objetos queridos, preciosidades, para que ele use no pós-morte. Com a vantagem de que basta enfiar um pen drive no fiofó do Cadáver: converte a fortuna em criptomoeda e leva consigo o token.

Provavelmente a maioria de nós até já pensou tudo isso, mas de forma fragmentária. Correlacionar é o diferencial. Genial.

Ocha seo Muniz, espinafrou os ricos, mostrou que eles são pobres mortais. A morte? Ora a morte, ninguém melhor que o Noel a sintetizou: "Quero que o sol, não invada o meu caixão, para a minha pobre alma, não morrer de insolação"!

Toda semana venho com as mesma palavra, "fantástico"!

Valeu, professor! O seu artigo é muito bom!

Que texto brilhante!!! Dizem que quem tem muito medo da morte, é porque teme viver… aceitar nossa condição de Ser que vive (tudo que vive um dia vai perecer), é estarmos presentes em nossas vidas e fazermos o melhor que pudermos com ela…parabéns Muniz!! Ahhh, e quanto menos vivemos no coletivo, mais frágeis ficamos…

Os plutocratas no poder nos EUA não estão nem aí com a exaustão ambiental do planeta. Ao mesmo tempo em que investem em estudos que garantam vida "eterna" para eles, também investem em estudos para encontrar lugar habitável fora da Terra; como em Marte. Mas só para eles, ricos. Não haverá naves para todos. Pensam nessas naves como novos Mayflowers. Nazi-fascistas hipócritas!

Talvez surja uma forma de vida consciente que agirá para destruir todas as demais formas de vida: a inteligência artificial geral.

Excelente artigo

A Folha traz, hoje mesmo, esta notícia: Em experimento com camundongos, cientistas conseguem reverter envelhecimento celular. A última frase do livro da Camus: “E sabia, também, que viria talvez o dia em que, para desgraça e ensinamento dos homens, a peste acordaria os seus ratos e os mandaria morrer numa cidade feliz”. Ratos, peste, medo da morte, bilionários acordados, tudo a ver.

Impressionante! Muniz cada vez melhor!

Democracia com estes bilionários que desejam a imortalidade... sem chance. Passou a fase de enriquecimento, agora eles desejam tomar para si o Estado e assim dominar a tudo e todos e fazer como desejam desconsiderando os demais. Mas como no reino animal geralmente não existe a possibilidade de dois machos dominantes num mesmo banho, minha esperança é de que eles se matem entre si. Pelo menos sobrariam menos destes seres.