Quanto preconceito ou discriminação reverso. A colunista demonstrou um ódio exagerado contra todos os homens, sem exceção. Mesmo tendo dito verdades, não precisava exagerar tanto.

Numa visão simplificada da história humana, homens iam para guerra e mulheres permaneciam em seus lares, parindo e cuidando de seus filhos. Por isso "energia feminina" é associada ao cuidado e manutenção da vida, e "energia maculina" com proteção (do lar) e invasão e dominação (dos inimigos). De fato, mulher grávida no campo de batalha é impensável. Ou seja, a reprodução biológica gerava especialização de tarefas na cultura. Com os métodos contraceptivos, houve maior liberdade para mulheres.

É pintar uma guerra ou catástrofe natural que tudo volta ao seu lugar... Imagina essa energia feminina na Ucrânia agora. Quais as feministas e seus apoiadores aí que iriam pra frente de batalha passar dia e noite dentro das trincheiras e encarar os Russos impiedosos e seus drones que despedaçam tudo pela frente???? Feminismo é bonito só na teoria, quando o bicho pega são os homens com toda sua masculinidades toxica que tem de ir lá e resolver.

E pensar que o tal "macho", em muitos casos, esconde uma homossexualidade latente. Mais Judith Butler, Richard Miskolci, Virginia Woolf, Débora Diniz, entres outros grandes nomes.

Infelizmente vai muito além da cafonice, é um contraresposta e veio pra ficar. Os machinhos frágeis já descobriram que etiquetar os adversários de "mulherzinha" já não basta e se reuniram para tentar, ao menos,atrasar o nascimento do dia.

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Excelente análise! Texto fazendo sentido, lúcido e claro. Precisamos de mais artigos assim. Continue!

Que alegria ler um texto da Claudia aqui na Folha. Espero que seja o primeiro de muitos. Claudia, com sua irreverência e humor ácido, tem nos dado uma lição de consciência feminina e urgência de igualdade de gênero. Parabéns, Folha. Obrigada, Claudia.

Cafona é a moda de homens de energia feminina. Mas já está passando e o futuro aponta para dias melhores, para homens e mulheres.

Putz, cara Claudia, texto difícil de engolir... Eu, que já tô de estômago revirado por conta d um fármaco, tive dificuldade em terminá-lo. De grande precisão - exato e necessário. Vou fuçar sua websérie, mas não hoje. Pra não ficar tudo em desgosto, lembrei-me de um esquete, acho que do Porta dos fundos, em que o marido "selvagem" é treinado por um adestrador chamado pela esposa. Hilário, de dar gargalhadas. Sei não, tô com a impressão de que sua série não terá essa pegada...

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Um samba muito antigo, muito bom, que retrata a pretensão masculina, naqueles tempos, Quero te pegar no colo, Te deitar no solo e te fazer mulher. Tornar-se mulher é um percurso tortuoso, que cabe a cada uma percorrer. Não é feito pelo outro, e muito menos com o outro. Este atravessamento não se realiza indo direto da menina para a esposa e mãe, sem passar pela mulher. Ser mulher é de uma outra ordem, de um mais além.

Opinião. Fenimi smo, brega, que já saiu de moda. Voltaram a usar belos 'sutiens', algumas. Quem é feminina gosta da 'proteção' e de 'sentir' a energia masculina.

Excelente texto!

Um texto lúcido, com leitura obrigatória. Simultaneamente, perturbador, mediante um mundo atual, em que líderes masculinos se agarram ao retrocesso e recrutam outros machos mais jovens para perpetuarem os seus domínios e a forma limitada e cruel de enxergar o mundo. Em que a misoginia, o racismo, os discursos de ódio, as teorias da conspiração , as fake News estão liberadas em suas plataformas digitais. Um triste cenário que precisa ser combatido todos os dias, incansavelmente.

Em todas as culturas humanas a mulher sempre foram oferenda aos deuses. Sacerdotisas eram sacrificadas para agradar Zeus e seus filhos. No satanismo também virgens são oferecidas ao demônio a troco de favores. As mulheres sempre foram moedas de troca em várias épocas e continuam hoje como mão de obra barata satisfazendo capitalistas ávidos por lucros.

Parabéns pela opinião, que encanta pela extensa lucidez!

Disse tudo! Parabéns!

Entre tantas afirmações e acusações ( justas ou não), uma parece explicar os males apontados pela autora: "nas redes, a machosfera lucra com misoginia". Se é lucrativo, pode garantir o sustento, e tudo bem.

Não importa o que alguns deles pensam ou dizem, importa mais o que queremos e fazemos. Com o avanço da extrema direita neofascista, surgiu um apelo insistente para o retrocesso, com o intuito de preservar a supremacia do macho. A questão passa por uma formação, por um trabalho que proporcione à mulher independência, autonomia e a sustentação de seus desejos. Diante da primeira agressão, não dá para fingir que nada aconteceu, ou aguardar uma mudança do outro, mude você de rumo.

Parabéns, belo texto! O último parágrafo fala por si e mostra uma linha de ação desejável: "Precisamos ouvir menos oligarcas bilionários e mais bell hooks: "Quando escolhemos amar, começamos a agir contra a dominação e a opressão... Libertando a nós e aos outros"."

Os homens mandam no mundo mas as mulheres mandam nos homens. E em quase todos os exércitos, em quase todas as épocas, mulheres são mantidas longe da linha de frente porque todos as consideram preciosas demais para serem perdidas em combate. E por que são assim tão preciosas? Porque somente elas podem dar vida às gerações futuras: óvulos e gestações saem caro e demandam tempo ao passo que esperma é barato e está sempre disponível.