Depois de tantas especulações por falta do que escrever, Dora, que não a é rainha do frevo e do maracatu, como canção de Dorival Caymmi, termina sua oca matéria com, adivinhe ... "aguardemos, pois, ...", ou seja, encheu linguiça.

A inflexão pede acontecer só com o pé esquerdo. O pé direito está atolado até o tornozelo, ali em uma avenida denominada Faria Lima.

Ninguém fala nisso mas Lula ajuda o carniceiro Putim comprando petróleo. Nossos caminhões trafegam com o sangue dos ucranianos. Isso é imperdoável.

Em um país onde a política é um tabuleiro de xadrez jogado com peças de damas, qualquer movimento pode ser um salto inesperado. O Brasil tem essa peculiaridade: aqui, os conceitos de esquerda e direita muitas vezes se confundem como uma estrada mal sinalizada, onde as placas indicam caminhos opostos para o mesmo destino. Lula, o operário que chegou ao Planalto e lá fincou raízes, aprendeu cedo que governar é mais do que cumprir promessas ideológicas; é também o jogo de equilibrar os pratos.

Queria que Lula fosse para o centro: se aproximasse de Alckmin e Tebet, colocasse Meirelles como ministro. Essa é uma direita liberal civilizada (ao contrário de Zema, que é mais fascista que liberal). Se Lula adotar uma abordagem liberal e de centro na economia, e na parte social (educação, saúde, salário mínimo, auxílio ao povo) adotar uma abordagem bem à esquerda, teremos sucesso!

A Dora não está bem, definitivamente, não está bem! O achismo, o talvez, quem sabe, pode ser ou não ser,... Isto é jornalismo?

Colunistas também têm esse dom.

Ele só tem uma direção para onde ir. Não é aceito nem mais pelo pobre ou por qualquer pessoa um pouco mais letrada, só os iludidos ainda acreditam nele.

Uai, dona Dora, é isso daí mêmo: pode ser parecido com o que aparenta, e pode ser mais - ou um pouco menos - do que isso. E, quem saberá, pode até ser uma terceira coisa. Alguma pode dar errado, conquanto possa dar certo se as coisas forem bem. Juta análise.