-
Geraldo Soares
A solução para os problemas da tecnologia, sobretudo no que diz respeito à eficiência (Incluindo energética), historicamente, é: Mais tecnologia. Nunca menos. O autor entusiasta provavelmente bem sabe.
-
Wil Leon
Perguntei ao ChatGPT que disse que o Alvaro não sabe o que fala.... acredito.
-
FREDERICO FLOSCULO PINHEIRO BARRETO
Deduz-se que devemos trabalhar por uma INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL AUTO-LIMITADA, no melhor sentido da contradição: algo que "pare antes" de consumir a energia que não deve consumir. Parece que partimos da visão de que TODA a energia que podemos consumir DEVE ser consumida. Não. Isso leva a que esse mercado deva ser regulado pela própria I.A.?
-
Alvaro Machado Dias
Excelente ponto! Eu tendo a achar que é bem difícil implementar uma regra como essa, sem que dez problemas maiores ainda surjam. Por exemplo, na determinação das IAs que merecem usar mais energia, podemos abrir as portas para externalidades capazes de alimentar uma espiral de lobbies e conflitos. Mas, posso estar errado - e o debate é importante.
-
-
Geraldo Filho
Essa afirmação não é mais válida, o DeepSeek está ai pra demonstrar que é possível soluções boas, sem necessariamente gastar mais em consumo. Para um espaço de tempo de 5 anos, esse paradigma tem grande possibilidade de ser quebrado. Vamos usar a criatividade, as soluções virão.
-
Marcos Benassi
Poi Zé, prezado Geraldo, eu tenho dúvida onde você tem firmeza: Será que quem investe uma fortuna para implementar um data Center vai usar chips de menor desempenho e consumo energético, como os chineses foram *obrigados* a fazer? Cinco anos é um tempo enorme nesse negócio, sei não. Um chute (mesmo): de 2a3 anos só para botar um certo data center em operação. Alguém vai arriscar a aposta em "soluções que virão", numa área ultra-competitiva?
-
-
Marcos Benassi
Putz, prezado Álvaro, muita variável e assunto pra espaço tão diminuto, hein? Um comentário e uma questão: o escangalhamento e falta de expansão da rede elétrica interligada do país ainda vai dar muito b.o. nesses investimentos de geração limpa no nordeste. E fico pensando se os recentes avanços chineses na codificação das IAs não pode, via aumento de desempenho e utilização de infraestrutura menos demandante de energia, não pode mudar esse cenário de fome energética. Se os colegas puderem escla
-
Marcos Benassi
Jesus da Goiabeira, sêo Álvaro, "agente Manus" da Monica IA? Só mesmo com ajuda divina pr'eu dar conta dessas coisas todas, nessa velocidade em que vão. Mas agradeço a atenção e à resposta à minha questão - e às considerações que compartilhei com mais de um colega: não dá tempo, é tudo pra ontem e oremos pelo bom-senso, responsabilidade pública e, por que não?, pela boa sorte. Sempre ajuda.
-
Alvaro Machado Dias
Boa tarde, Marcos. Excelentes pontos, como sempre. De fato, há uma tendência de aumento de eficiência dos LLMs, como exemplificado pela DeepSeek com o r1 (aliás, saiu um artigo sobre como ele funciona; vale conhecer). Porém, (1) a adoção cresce mais rapidamente do que os incrementos em eficiência e (2) IAs agênticas, do tipo Manus (da Monica AI - a nova febre do mercado) usam muito mais energia do que LLMs e mesmo do que modelos de raciocínio tradicionais (do tipo o1 da Open AI e r1).
-
-
João Guedes Braz
Parabéns ao Redator por esclarecer e participar dos debates, caso raro, mais em alguns temas o Redator debater de forma civilizada fortalece o jornal e incentiva a participação. Não uso palavras ofensivas, mais estou sempre bloqueado nos comentários, acredito que seja porque sempre critico a alta na taxa CELIC e nos juros, só pode ser, e se for o caso, é Loby mesmo.
-
Alvaro Machado Dias
Estou sempre à disposição de vocês para toda e qualquer questão que surgir. Abraços e ótima tarde.
-
Marcos Benassi
João, prezado, evite usar maiúsculas, mesmo nos casos em que você estiver escrevendo uma acrônimo, como Selic, bote somente a primeira letra em maiúscula. Até mesmo Bndes, sacumé? A sençura folhomática acha que qualquer coisa em maiúsculas é grito de um leitor contra o outro - ou contra o articulista, pior ainda.
-
-
Hernandez Piras
Este governo sempre peca por excesso de dirigismo. Não seria melhor simplesmente produzir um ambiente de negócios favorável à instalação de datacenters no Território Nacional, ao invés de tentar direcionar o investimento privado em favor desta ou daquela região?
-
Marcos Benassi
Hernandez, devo dizer eu já havia batido o olho na coisa, não fui a fundo e dela não me lembrava... Aquilo que acontece ao governo, acontece também ao cidadão: em meio a barafunda Bozolóide, o relevante se perde e só o epidérmico ganha destaque. Poi Zé, há um plano, e não é modesto; deve inclusive ser enorme, só achei um resumo no ministério. Que bom que o decreto não é "só lobby", quem sabe? Agradeço a dica, vou fuçar. Mas iniciar com energia inverte prioridades anunciadas. Será mau augúrio?
-
Marcos Benassi
Ah, meu caro, *estou desinformado*, então: não havia visto sua sugestão de texto. Grato, vou lê-la.
-
Marcos Benassi
Bem, meu caro, posso estar desinformado, sem dúvida. Mas creio que se o jorná acredita que *um decreto* é uma *política pública*, ele tem pobremas graves de leitura de mundo, acho eu. Quanto a "forjar vocações", veja, até acho que o nordeste tem elementos pros datacenters: por exemplo, o Recife tem a iniciativa do porto digital, que é antiga, e forma muita gente de boa qualidade; tem o sol, mais amplo que o Porto. Mas não há nem ações complementares nem proposta de integração.
-
Hernandez Piras
Marcos, estimular vocações regionais é diferente de inventar vocações regionais. E a tal política de que tratamos é sim de governo e já foi tratada como tal em outra matéria deste mesmo jornal.
-
Marcos Benassi
Complementando minha resposta, Hernandez, relendo o artigo, o Álvaro menciona "um decreto"; um unico decreto não é uma *política pública*, é uma ação desintegrada de um concertamento, que, bobeou, responde a um lobby legislativo. Uma política deveria "botar pilha" na Eletrobras, para interligação energética e gestão acurada de localização e necessidades de longo prazo de térmicas; investir em P&D de fontes despacháveis, ao invés de não fazer cumprir contratos (usinas dos JBS). Tá tudo ao léu...
-
Marcos Benassi
Hernandez, meu caro, sendo coisas feitas de caso pensado, sem "eleitorismo" local, é uma coisa interessante estimular vocações regionais ou estabelecer planejamentos de longo prazo, que possam acomodar investimentos idem. No caso da energia, por exemplo o nordeste está relativamente "desintegrado" do sistema energético nacional, tá no limite. E a energia "despachável" está aqui embaixo, as hidrelétricas e térmicas. Tem de haver alguma política de longo prazo pra isso... Não só pra datacenter.
-
-
José Cardoso
Esse raciocínio vale para qualquer outro aumento de demanda de eletricidade, como por exemplo os carros elétricos. Exceto quando o indivíduo for recarregar a bateria entre 9 e 15 horas, e em um "posto" com uma enorme área cheia de painéis solares, ele estará consumindo energia da rede, com seu mix usual de fontes fósseis.
-
José Cardoso
Meu comentário diz respeito apenas ao aumento do consumo de energia elétrica, e à ilusão (como o artigo aliás ressalta), de que fontes renováveis como solar e eólica dão conta sozinhas do recado. Quanto aos carros elétricos, a ilusão é de que não usem fontes fósseis para rodar. Se eu substituir minha velha Strada com GNV por um elétrico, o metano que queimo nos cilindros será queimado do mesmo jeito numa termelétrica integrada ao sistema para recarregar minha bateria.
-
Geraldo Filho
Seu comentário parece uma crítica, mas, nesse caso dos carros, os mesmos não estarão emitindo poluentes durante o uso, como os demais e as técnicas de logística reversa das baterias, podem diminuir significativamente o impacto ambiental. O fato de o km rodado de um elétrico ser bem menor que o do combustível, já é uma boa justificativa. Quanto mais matriz energética de fontes limpas, melhor será para o meio ambiente.
-
Alvaro Machado Dias
Olá, José Cardoso! Os casos dos servidores com placas de vídeo de alta performance e das baterias dos carros elétricos parecem idênticos, mas não são. Aqueles são muito mais frágeis do que essas, além de custarem muito mais (placas do tipo H100 custam centenas de milhares de reais no Brasil). A questão toda gira em torno da combinação fragilidade + preço elevado dos equipamentos. Como dito, "é só uma questão de grana, mas ela decide o jogo em detrimento do bem comum". É uma pena.
-
-
jose prado
Baseado em que? Quais suas fontes? Cheirando a lobby!
-
Hernandez Piras
A respeito do assunto, Marcos, leia a matéria "Plano do governo Lula para inteligência artificial prevê R$ 23 bi e 'nuvem' brasileira". Ela trata exatamente desta política que você diz não ser do governo. Política formulada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia da atual administração.
-
Hernandez Piras
Marcos, um decreto é ato próprio do Poder Executivo. Se o governo expediu um decreto introduzindo esta ou aquela política, por que a mesma não seria do governo?
-
Marcos Benassi
Xiiiiii, Hernandez, infelizmente, creio que não há uma política pública definida pra coisa, o que é péssimo. Vou até ler novamente o artigo pra ver se entendi bem sua observação...
-
Hernandez Piras
Prezado Álvaro, seu pecado foi contradizer uma política do atual governo. Para os sectários, é o bastante.
-
Alvaro Machado Dias
Baseado em dezenas de artigos, como "Renewable Energy in Data Centers: the Dilemma of Electrical Grid Dependency and Autonomy Costs" e no que se diz no setor. Essa é uma acusação pesada. Na sua visão, eu estaria fazendo lobby para quem? Difícil entender o pensamento que deu origem à agressão, considerando que estou justamente sugerindo que um investimento de grande porte pode não ser estratégico para o país.
-
-
José Tarcísio Aguilar
Vou abordar de outra forma, além do que já disse abaixo. O segredo mais sujo da tecnologia, é que na verdade não precisamos dela, ao menos na forma proposta. Isso vale desde IA até viajar para Marte, passando por tudo o mais. Todo grande projeto humano deveria medir as consequências globais antes de ser iniciado. Todo consumo de energia deve ser evitado. Escolher fontes de energia sustentáveis e limpas se aplica a tudo, não só à IA.
-
Pedro Luis S C Rodrigues
A preocupação com emissões é completamente exagerada e já levou a um quase desastre na Alemanha, que se viu dependente da Russia por conta da maluquice verde. As emissões não vão diminuir, pelo contrário, o sensato é investir em mitigação dos efeitos, o resto é militância, ingênua ou cinica. Quanto aos planos de nosso governo, são o de sempre, um disfarce pra ajudar os amigos.
-
Victor Henriques
O resto é. . . Só vejo essa frase em falas as mais ignorantes. O caso da Alemanha é o exato contrário do que você afirma: a energia nuclear, abandonada por decisão de Merkel após Fukushima, gera zero emissões de gases do efeito estufa; o gás natural russo, ao contrário, sim! A decisão (estratégica e ambientalmente equivocada) foi pelo medo de um vazamento nuclear.
-
-
Ho Hsin Tsai
Datas centers consomem muita energia e precisa de AC. Nesse ponto, a análise está correta. O problema nos EUA é que a base instalada deles se baseia no petróleo e não são competitivos em outras áreas. Para o Brasil, uma das soluções seria a usina de Monte Belo que não fica tão distante no Nordeste. As solares e eólicas servem para outras finalidades. A China ataca de todas as frentes, energias verdes, nuclear (inclusive Tório), hidroelétrica e as futuras de fusão. A análise do artigo é incomplet
-
Marcos Benassi
Caro Tsai, sempre contrapontos interessantes. A China é Soda, deu atenção à questão energética muito antes de todo mundo - na prática, digo. É "suja", mas está "limpando" a passos largos, você indica os pontos de vanguarda: reatores a tório (já funcionam, né?) e fusão (ainda não); "verdes", quer tradicionais, quer de ponta. Não brincam em serviço. Não sei como é a interligação de Belo Monte com Nordeste - salvo engano, há uma produção de alumínio que se utiliza largamente da energia de lá.
-
Alvaro Machado Dias
Sem dúvida. Belo Monte é uma hidroelétrica e representaria uma oportunidade melhor para tentar trazer empresas de IA para o Brasil, a despeito da persistência dos outros desafios listados. Você está certo quando diz que "solares e eólicas servem para outras finalidades". É uma pena, já que a perspectiva só é verdadeira em função dos custos para superar os entraves técnicos (não há impeditivos; só dificuldades). Mas, sendo esse o caso, o melhor é sermos pragmáticos e evitarmos barcas furadas.
-
José Tarcísio Aguilar
Ho, o Brasil tem uma malha de transmissão cobrindo todas grandes usinas e regiões. Belo monte é opção tão boa quanto Sobradinho e as usinas no sul e sudeste. O artigo levanta corretamente a questão do alto consumo, mas se perde nos aspectos que aborda a partir daí.
-
Dalton Matzenbacher Chicon
O ponto de análise é no sentido de que essa questão energética pertinente à IA é algo que está sendo sonegado de quaisquer debates e se mostra elemento que efetivamente alavanca o negacionismo do aquecimento global e demonstra as efetivas razões de apoios incontestes a, p.ex., trump e análogos. A análise está completa àquilo que se propõe.
-
-
José Tarcísio Aguilar
Um monte de disparates técnicos no artigo. Desde picos de energia destruindo placas de vídeo, conversão de geração dc para ca, que temos desde Itaipu, temperaturas no nordeste, onde a produção de frutas lança mão de centrais de distribuição refrigeradas - visitei uma com docas refrigeradas para mais de dez carretas. Ou é primeiro de abril antecipado, ou teria algo sujo em outros lugares também.
-
José Tarcísio Aguilar
Álvaro, grato pela resposta. Energia é uma coisa democrática, e igualitária. Ao ligar o carregador do celular na tomada, não se pergunta se está usando uma termelétrica em SC ou ventos de Fortaleza, ou água de Sobradinho, ou fontes em ac ou dc a partir de Itaipú. Se acham que a placa vai queimar, devem procurar solução pra isso. Associar com a fonte limpa ou suja de energia é um disparate.
-
Alvaro Machado Dias
Bom dia. Não são disparates técnicos, mas apontamentos feitos recorrentemente pelos empresários do setor. De qualquer maneira, eu não escreveria isso só porque é o que falam (ainda que o artigo tenha o cuidado de dizer segundo os "tecnologistas", "empresários do setor", etc). Há vários artigos científicos sobre esses pontos. Recomendo: Renewable Energy in Data Centers: the Dilemma of Electrical Grid Dependency and Autonomy Costs. Frutas não são peças de eletrônicas que superaquecem, amigo.
-
José Tarcísio Aguilar
Dalton, exponha aqui sua visão acerca da dimensão da coisa. E correlacione com os pontos levantados no artigo.
-
José Tarcísio Aguilar
Maria, talvez vc prefira uma carteirada, embora não me considero grande coisa. Por força do meu trabalho e profissão exercida durante algumas décadas, ocorreu de eu ter experiência tanto com computadores quanto com energia. Reli o artigo e mantenho minhas objeções. Associar queima de placas de vídeo com geração solar e conversão ac/dc me soa um sonoro primeiro de abril.
-
Dalton Matzenbacher Chicon
Sua noção quanto à dimensão da coisa é absolutamente inexistente.
-
Maria Lopes
E quais são suas credenciais técnicas para essa crítica? Pode nos dar argumentos técnicos e racionais ou é só gosto/desgosto?
-
-
Maria Lopes
Artigo interessante e importante. Não li isto em lugar algum na imprensa nacional - nem na estrangeira embora eu não seja exemplo. Deve ser. Mais discutido. Antes que os oportunistas de sempre gastem os bilhões que não temos.
-
Maria Lopes
Obrigada, Marcos e Álvaro pelas respostas. Discussão muito boa.
-
Marcos Benassi
Pô, surpresa e tanto ter o articulista discutindo conosco, isso é muito interessante e infrequente. Minha cara, também o Jerson Kelman discute as questões energéticas, de modo geral, com muita propriedade aqui na folha, vale dar uma espiada na lista de artigos. Datacenter é uma encrenca por conta da demanda variável e enorme, que precisa de energia despachável, imediatamente disponível. Pode parecer exagerado, mas é de fato *uma enormidade de energia* necessária. Discutir é mesmo preciso!
-
Alvaro Machado Dias
Bom dia, Maria Lopes, de fato, o tema é pouco discutido pois pega muito mal para os empresários de tecnologia, que preferem fingir que não existe. Agora, note que inexiste no mundo um único datacenter dedicado a IAs de alta performance 100% alimentado por energia solar ou eólica. Por que será? A razão é essa que está lá: sai mais caro em função dos desafios técnicos. É uma pena que o dinheiro fale mais alto, mas é a realidade. Nesse sentido, o melhor a fazer é evitar que embarquemos em furadas.
-
Dalton Matzenbacher Chicon
Concordo. Mas, de todo modo, gastarão e receberão aplausos alheios a eventual insucesso do empreendimento.
-
-
JURANDIR PROCOPIO
"Nessa década" (parágrafo inicial)? A qual década se refere o articulista? Se estiver se referindo à década em curso, à presente década, acredito que deveria dizer "nesta década".
* Apenas para assinantes
comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.