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  1. Rafael Moraes

    Ué, mas agora o estado pode gastar? Os neoliberais são contra, mas sem o investimento do estado, nada vai pra frente, ainda mais com juros altos pra elite continuar longe da indústria.

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  2. Hernandez Piras

    Puro revisionismo. Selgin faz parte da escola do Sistema Bancário Livre, que postula um sistema de crédito livre de qualquer regulamentação governamental. Foi um crítico severo da política de relaxamento quantitativo, que livrou o mundo da Grande Recessão de 2008. Sua inclinação natural é sempre criticar qualquer ativismo por parte do Tesouro ou do Banco Central na moderação dos ciclos econômicos.

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  3. Hernandez Piras

    A retórica de Roosevelt nunca foi socializante. O que Roosevelt pregava era uma visão hostil à grande concentração industrial. O que ele chamava de "monarquistas econômicos" eram os grandes monopólios e oligopólios. Não se tratava de defender o socialismo, mas os pequenos negócios locais e, como explica o Prof. Michael Sandel em seu "Descontentamento da democracia", esta visão era bastante comum na época. Nada que pudesse assustar o investidor privado, já acostumado a esta retórica.

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  4. Hernandez Piras

    Roosevelt tomou posse em março de 1933. O Índice de Produção Industrial do Federal Reserve caiu para seu ponto mais baixo de 52,8 em julho de 1932 e ficou praticamente inalterado em 54,3 em março de 1933. No entanto, em julho de 1933, atingiu 85,5, uma recuperação dramática de 57% em quatro meses. A recuperação foi estável e forte até 1937. Exceto pelo emprego, a economia em 1937 superou os níveis do final da década de 1920.

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  5. José Cardoso

    É uma tese ousada, mas não absurda. O socialismo ainda não tinha a aura de incompetência e brutalidade que ganhou posteriormente. A depressão durou toda a década de 30 nos EUA, com melhoras e pioras. A ironia é que se o Franklin Roosevelt tivesse se limitado aos 2 mandatos habituais seria lembrado como um presidente medíocre. Seu sucessor ficaria com os louros de vencer uma guerra e tirar o país da depressão.

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    1. José Cardoso

      Piras, o fato de que era preciso sustentar a demanda com gastos públicos, senão a depressão voltava, indica que os investimentos privados eram insuficientes. A questão é: por que eram insuficientes? A tese do livro é plausível.

    2. Hernandez Piras

      Um presidente medíocre jamais teria conseguido vencer a barreira psicológica do segundo mandato, que existia até então. Os ultraliberais sempre afirmam que a depressão só foi vencida pela guerra porque omitem a drástica redução de gastos públicos que Roosevelt efetuou no início de seu segundo mandato e que logo se revelou prematura. Não fosse por este fato e a economia continuaria a sua rota de recuperação contínua.

    3. Hernandez Piras

      A economia norte-americana recuperou-se muito bem a partir do primeiro mandato de Roosevelt. Tanto assim que o desemprego caiu praticamente pela metade. Foi no início do segundo mandato que, superestimando a recuperação da economia, ele cometeu o erro de diminuir os gastos públicos, desencadeando uma segunda queda do PIB, que seria revertida apenas às vésperas da guerra.

  6. Peter Wilhelms

    Concordo plenamente. A análise mais profunda deveria debater a origem e a qualidade desses investimentos. Se nacionais, com um custo inicial de abdicar o consumo, ou estrangeiro, com o eterno custo de remessas de lucros, e a natureza da atividade econômica resultante desse investimento. Se em indústrias, novas atividades agrícolas ou novos tigrinhos.

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  7. Carlos Amorim

    Ler essa coluna e os comentários na sequência de ler a sugestão de acabar com os comentários do leitor é muito interessante. A autora sugere que as pessoas leiam um livro e explica brevemente a tese do livro. O pessoal cai de porrada em cima, não lê o livro, e confirma seu viés (no caso anti liberalismo econômico). Ainda assim, mesmo que no formato de tijolada lacradora, a sugestão de ler o Furtado também é boa. Sugiro que as pessoas leiam ambos.

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    1. Mauricio Soares

      Perdoe-me Carlos, mas o livro que ela sugere ser lido nem foi publicado ainda. É para abril, diz ela. Até lá a tese do Furtado é a única explicação do porquê saímos da depressão de 29 tão cedo.

  8. Marcos Benassi

    Tia Auntie que me perdoe personalizar uma reflexão generalista, mas a minha "grande depressão" ocorreu nos anos da Era Bozozóica e posteriores, ainda em curso. Em guerra contra meu bad mood, tento fabricar umas serotoninas, agradeço por ocitocinas que cachorros elicitam em meu organismo, e vou seguindo como dá. Ah, sim, evito seguir os conselhos de economistas ortodox@s, é importante questão sanitária.

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  9. Hernandez Piras

    De fato, o New Deal não funcionou e Franklin Roosevelt foi o único Presidente dos EUA a ser eleito quatro vezes consecutivas porque o povo norte-americano estava muito distraído, com o baseball provavelmente.

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    1. José Cardoso

      Essa apreensão forçada de ouro eu só soube recentemente. O cidadão foi obrigado a vender o ouro que tinha guardado em casa sob pena de prisão e multa! Em um ambiente autoritário desse não surpreende o medo de investir. Lembra o plano Collor, e como ele não resolveu o que se propunha.

    2. José Cardoso

      Nunca subestime a vocação ao erro dos eleitores. Veja Trump, reeleito apesar do histórico deplorável.

    3. Hernandez Piras

      Além disso, com o "Gold Reserve Act" de 1934, o preço nominal do ouro foi alterado de US$ 20,67 por onça para US$ 35. Essa medida permitiu que o Federal Reserve aumentasse a quantidade de dinheiro em circulação para o nível que a economia precisava, promovendo uma expansão monetária extremamente favorável à economia. Assim, o New Deal promoveu sim uma política monetária favorável à retomada dos negócios, mas que, por si só, não seria suficiente para dar conta da Depressão.

    4. Paulo César de Oliveira

      Acho que a tese da autora eh que os Estados Unidos lidaram muito mal com a Depressão, a qual poderá ter sido mais leve e durado menos tempo. Fábricas paradas, excesso de produção e pessoas desempregadas passando fome, tudo coisa que poderia ter sido resolvida com expansão monetária(imprimir dinheiro e aumentar gastos do governo, ampliar crédito e, mesmo, distribuir dinheiro).

  10. Marchezan Albuquerque Taveira

    Na prática, com alguns poucos momentos de exceção, o Brasil vive virtualmente em depressão desde os anos 80.

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    1. Marchezan Albuquerque Taveira

      Por isso utilizei a palavra virtualmente. O efeito dessa "depressão" prolongada no tempo é não raro mais severo do que o de depressões pontuais seguidas de períodos de recuperação.

    2. Hernandez Piras

      Depressão é uma coisa, recessão e estagnação são outras muito diferentes. Depressão nos últimos anos foi vivenciada pela Venezuela e um ou outro país em guerra.

  11. Mauricio Soares

    Ai meu Deus! Tentativa tola queimar o café? O governo comprava o café, que não tinha mercado e o queimava. Assim pôs dinheiro em circulação, e pelo poder multiplicador da moeda, o país saiu da recessão. Vá ler Celso Furtado, senhora... Um pouco de fundamentos de economia não fazem mal a ninguém.

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    1. José Cardoso

      É mesmo? Fundamentos esses muito convenientes para os cafeicultores...

  12. Hercilio Silva

    Não foi o New Deal, era só o que faltava. Tivesse deixado correr teria ocorrido o que?

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