Tenho sentido falta em suas críticas, Inácio, do cinema. Elas se dirigem quase sempre à história. Eu sei que a história faz parte, tem o roteiro etc. Mas faz falta falar da fotografia, da atuação, dos efeitos da montagem, de inovações ou de suas ausência, do jeito de filmar, etc. Pra mim esses fatores é que fazem o cinema. A história pode ser contada em um livro, como aliás ocorre quando o filme é baseado num. Você é o nosso grande crítico de cinema. Por isso sinto a falta dele em suas críticas.

Se esse filme estivesse disputando o Oscar daria uma lavada no filme do Banqueiro e a Fernandinha bisavó ofuscaria, como sempre mas sem querer, sua linda filha.

O colunista só "esqueceu" de dizer que esse não é um projeto original de Andrucha Waddington e sim do cineasta Breno Silveira, que morreu durante as filmagens, em maio de 2022, aos 58 anos, e de sua viúva, a roteirista Paula Fiuza. Logo, os méritos do filme não podem ser creditados a um possível amadurecimento narrativo do genro da Fernanda Montenegro como diretor. E se o roteiro é elogiado, sua autora deveria ter sido mencionada.

Vi ontem e gostei muito, Fernanda arrasa, ela é o filme, onde atua do início ao fim, sem vazios, de forma arrasadora; Linn também faz muito bem a vizinha simpática e protetora da Vitória, e há também o trabalho excelente do ator-jornalista - todos estão muito bons. No final da minha sessão, o filme foi aplaudidíssimo.