Tendo a discordar da opinião dos colegas. Faço terapia faz muito tempo e observo que meu terapeuta já não me acrescenta questões para reflexão e já fiz algumas sessões com uma nova terapeuta, o que está me proporciando novas reflexões. Dizer que o texto aborda os Estados Unidos não elimina o fato que as questões levantadas podem ocorrer em qualquer país, são universais e pertinentes à profissão. Ao meu ver o texto é correto ao apontar sugestões para identificar a estagnação.

Esta matéria tem pouquíssimo a ver com as diversas abordagens psicoterapeuticas existentes no Brasil. Toma-se considerações do que parece ser a abordagem da terapia cognitivo-comportamental e se generalizam parâmetros que certamente são muito divergentes das abordagens ligadas ao autoconhecimento e às terapias que analisam influências inconscientes. É fundamental buscar profissionais daqui e de diferentes abordagens. Muito frustrante ver esse tipo de matéria tão superficial na FSP.

Se a pessoa faz terapia desde os 8 anos e aos vinte e nove ainda usa pronomes neutros não é preciso mais nenhum indicio para afirmar que a terapia foi perda de tempo e dinheiro

A matéria trata de um tipo específico de terapia, localizada numa região específica do planeta com prescrições e objetivos muito específicos, notadamente os de ajudar a pessoa a se adaptar melhor a determinadas condições sociais e de mercado. Neste contexto, esperar respostas em uma ou algumas sessões pode ser considerado correto. Será efetivo ou eficaz? Pouco provável. Alterações psíquicas são lentas, resultado de muito trabalho. A espécie humana é de aprendizado emocional lento.

Terapia nos EUA é bem diferente das daqui. Mais pragmática e funcional. Seria interessante convidar psicólogos e psicanalistas brasileiros para comentar a matéria.