Estimado Ruy, como sempre belo texto, só observo que de Cascavel ele pode ter recebido uma mensagem daquelas de fumaça de algum Índio, até porque em 1922, alí era uma densa floresta! Rsrsrsrs! OrasilMatutoÍndioVelho! Censura por gentileza diga quais são as palavras!

A censura da Folha cansa, mas já desisti de cancelar a assinatura por pura preguiça! OrasilContestador!

Estimado Ruy, como sempre belo texto, só observo que de Cascavel ele pode ter recebido uma mensagem daquelas de fumaça de algum Índio, até porque em 1922, alí era uma densa floresta! Rsrsrsrs! OrasilMatutoÍndioVelho!

Tem uma versão de #Love Letters" de Victor Young gravada pelo Roberto Carlos que é muito bonita.

Um aspirante a escritor de Cascavel não deve ter enviado envelopes lambidos a Mário de Andrade; este faleceu em 1945 e Cascavel foi fundada em 1951. Claro, sei que a coisa não é assim literal…

Muito bom.

Vai ver que era a cola que dava bom tempero a literatura do Homi, Ruy! Isso me lembra coisa da Agatha Christie, e também do colega leitor Gionco, que, hoje, queria que os legislabostas tomassem dose dupla de cicuta: não precisava, era só mandar envelope com cola envenenada pros sujeitos responderem. Outro que merecia veneno é o conversor de voz em texto do meu tabletofone: escreveu "Ágata triste" e eu quase mando essa aberração pra Ágora. Volta, guilhotina, volta!

Mário de Andrade era atencioso com qualquer um que lhe escrevesse talvez em razão de um episódio de sua mocidade. Muito jovem e admirador do parnasiano Vicente de Carvalho, o "Poeta do Mar", escreveu-lhe uma carta expressando a afeição por sua obra mas foi sumariamente ignorado. Esse fato magoou-o profundamente e, mais tarde, quando famoso e importante, nunca deixou de responder a nenhuma carta recebida, não importando quem fosse o remetente.

Vi aqui também, Carlos & Mário, Correspondência de Carlos Drummond de Andrade e Mário de Andrade, organizadas por Silviano Santiago. Vinte e um anos de lambidas. Mário, Manuel e Carlos, o mais espetacular tríptico de nossa poesia nacional. Carlos Drummond morreu viúvo. Evoé Baco!

e por falar em lambidas e cartas, não sei porque, mas me lembrei de Charles Bukowski e o seu Cartas na Rua. Em tempo, recomendo, Correspondência Mario de Andrade & Manuel Bandeira, organizado por Marcos Antonio Moraes. 22 anos de lambidas. Esses dois geniais poetas morreram beatos, mas como escreveram...talvez por isso.

Sou do tempo que cola era chamada de goma arábica e nos Correios,sobre o balcão,tinha um vidro em forma de corcova de camelo contendo o grude.

Numa dessas cartas entre Clarice e Fernando ela confessa: "Estou aflita de tanto gostar", referindo-se à obra de Guimarães Rosa "Grande Sertão: Veredas" ,que também encantara o escritor e que por isso lhe havia sugerido a leitura.

O eterno menino, leu essa carta no espelho e sorriu, porque deu tão pouca importância a Fernando Sabino? O próprio poeta disse em uma das suas cartas endereçadas a ele que estava escrevendo tão bem quanto Machado de Assis, obrigado Ruy por arrancar essa nostalgia do meu peito. Existe um pouco do grande mentecapto, do encontro marcado e principalmente da companheira de viagem cravada em mim.

Eu me lembro da época que a cola dos envelopes não colava direito. Toda agência tinha um recipiente com cola e pincel. Tinha que se tomar cuidado para não colar o envelope com a carta. Os selos também precisavam de cola adicional Era uma bela melequeira. Talvez a saliva do Mário tinha propriedades especiais.

Valeu como sempre, pelo artigo e pelas observações do Sr. Avelino. Parabéns a ambos

em nome do prazer , por vezes , lambo o papel de seda pra fechar meu cigarrinho. se fumas, experimente as sedas, tem o bem bolado, o brown, e por ai vai. todos com cola hidratada.

Há excelentes fundos musicais: Mensagem, com Isaurinha Garcia; A Carta, Erasmo Carlos; Cartas, Roupa Nova; para encerrar, Pombo Correio, Moraes Moreira.

A cola tinha por nome "goma arábica". Disseram-me. quando criança, que era feita de pata de camelo. Pois até hoje sinto o cheiro e o gôsto, mas, como envelheci, o camelo também. Mas eu adorava comer os cristais que se formavam em volta da bôca do vidrinho!

Quanto ao texto, Ruy Castro é muito melhor que Mário de Andrade. A crônica de hoje é ótima.

Antigamente, tinha aquela esponja para umedecer os dedos,antes de passá-los na cola. Eu só lambi envelope uma vez. O gosto da cola era horrível.

Carta que inspirou Klecius Caldas e Francisco Alves em VELHAS CARTAS DE AMOR...melodia de grande sucesso que bem poderia ser regravada pelos seus lindos versos...mas quem gravaria?!...Betania cairia bem...ou quem sabe quem?!..valeuuu como sempre suas cronicas legais...vaicurintiá...

Fazer de uma lambida em um envelope uma crônica deliciosa, que faz qualquer um salivar. Só mesmo o grande mestre Ruy Castro.

Grande Ruy! E grande Mario! Que saudade de um intelectual assim, no mundo de hoje!

".... que nem as lambidas no envelope devia ser inocentes"? Ruy assim você me mata... de rir!!

Mais as lambidas nos selos.

Parece que Mário tinha um secretário, que deve ter ajudado a colar a dobra do envelope com goma arábica, produto típico da época. Não havia envelope com a cola seca que pode ser umedecida com saliva. Os selos tambem levavam a goma arábica, gosmenta e quebradiça quando secava. Isso para não falar de farinha com água, cola improvisada que as baratas adoravam..

A carta mais surpreendente que recebi em minha vida veio de Londres onde toda loja tem um formulário para preencher e entregar no aeroporto e receber, em dinheiro, o imposto cobrado sobre suas compras. Certa vez, pronto para voltar, lembrei de comprar uma roupa para minha mulher. A loja estava sem o formulário e me pediu para voltar no dia seguinte. Não era possível. Então o vendedor pediu meu endereço no Brasil. Duas semanas depois, chegou a carta da loja contendo libras! BANHO DE CIVILIZAÇÃO!

Hectolitros... não me lembro de ter lido esta palavra desde as aulas de matemática do primário... Grande Ruy!

Cartas! Tive uma tia,segundo ano primário incompleto, escrevia toda semana de Cornélio Procópio para mim. Um dia, não colocou o número da rua Dom Bernardo Nogueira,mais de mil números. E o carteiro entregou!Tia Quita: tinha um filho, muito bem cuidado. E morreu do coração aos dezoito anos.O casal não perdeu a fé em Deus. E sempre no final da carta escrevia: não vai rrir dos eros tá querida.E a defunta mãe, então viva, disse: ela nem sabe escrever direito. Respondi: mas sabe comunicar.

Desse tempo temos as cartas, diários etc Com a correspondência eletrônica, no futuro, nada restará e o que restar não poderá ser provada a autenticidade