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José Cardoso
Nos debates existe sempre uma margem para a desqualificação do interlocutor. Não há democracia (que pressupõe liberdade de debates) sem que as pessoas tenham uma cerca casca grossa que resista a ofensas. A proteção da lei deve visar agressões físicas, não meramente verbais. Há um ditado inglês que ilustra bem isso: "sticks and stones may break my bones".
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Joabe Souza
Sua primeira sentença talvez intua bem a questão. Até onde vai essa margem? A diferença entre a desqualificação do interlocutor como uma estratégia discursiva válida (ainda que antiética ou falaciosa) e o uso massivo da ofensa para interditar/impedir o debate seria de grau ou de qualidade? Ou, ainda, bombardear o interlocutor com ofensas não relacionadas ao objeto do debate, exclusivamente para o neutralizar, ainda estaria no limite interior da margem?
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Tadêu Santos
Assunto terrivelmente polêmico, por permitir que a ultradireita utilize o hábito de usar e abusar ao direito da 'livre expressão', mesmo causando ofensas imperdoáveis. Nosso entendimento segue o princípio da ética e da sensatez, 'ONDE A LIBERDADE DE UM TERMINA ONDE COMEÇA A DO OUTRO', afinal nenhuma liberdade é absoluta! (Esse é o expediente utilizado por setores da extrema direita, para os quais proferir discursos de ódio encontra guarida na liberdade de expressão. Nada mais falso e injusto.)
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