No tempo dos governos militares ninguém falava em racismo porque não existia. Ninguém ofendia ninguém. Todo mundo era respeitado. Ninguém brigava, ninguém matava e ninguém morria. A violência aumentou assustadoramente no começo da década de noventa com a entrada do povão das guerrilhas no poder.

Como as eleições eram limitadas na época, e havia apenas 2 partidos, a representação de minorias como os negros era mesmo prejudicada. Felizmente já faz 40 anos que não existe mais esse problema, e se os negros são sub representados na política é porque não votam preferencialmente em negros, preferindo outros critérios de escolha.

Vivi atacando e criticando a ditadura militar, portanto, posso dizer que não havia racismo institucionalizado, ao contrário do dito pela articulista. A revisão histórica que ela faz tem objetivos ideológicos para justificar vantagens indevidas no presente, como as cotas raciais. Isso é desonestidade intelectual.

Quem discorda de que o movimento identitário é a busca e a manutenção de privilégios que leia o artigo do Moniz Sodré de domingo dia trinta.

Nossa dose semanal de identitarismo. Fico pensando se alguns colunistas não conseguem falar de nenhum outro assunto. Fica parecendo que querem defender a cota.

Abraham Lincoln, o aclamado presidente americano, vitorioso na guerra civil do norte contra os separatistas do sul, ficou marcado também como o presidente que decretou o fim da escravidão nos EUA. Ele queria a união de todos os estados e democracia, mas não negros em seu país, Ao final da guerra de sucessão, Lincoln enviou um emissário ao Brasil propondo a deportação de todos os negros americanos para a Amazonia. A proposta não foi aceita. Ninguém ensina isso nas escolas aqui e lá.

Óia, minha cara Ana, não creio que o pobrema esteja na definição de democracia, não; a questã é a definição de "povo", que os identitários esquerdistas rubro-vermelhudos insistem que tem que incluir gente preta. Não tem, não deve e, se depender de não poucos "do povo", não incluirá. Vamos comemorar "A Redentora" em perfeita paz racial, sem nenhum conflito étnico. Basta simplificar: Democracia, agora, é o "governo do Demo", quem manda é o Sete-peles e seus representantes e fim de papo. Talkei?

Sim, e indo mais além, o termo Democracia não serve mais para significar civilidade. Pois veja o exemplo atual, dos EUA com Trump supremacista pondo a culpa nos imigrantes e minorias para tentarem continuar mamando no planeta; e a China promovendo elevação social, ambientalismo e desenvolvimento mundial, independe de eleição.

Não foram apenas os movimentos negros perseguidos na ditadura militar, qualquer movimento social naquela época era tida como subversiva. A verdade é que o racismo existe em qualquer regime, seja ditadura ou democracia, pois essa é uma convicção inata em alguns seres humanas. Da mesma forma que os regimes comunistas não conseguiram extirpar a ambição e o egoísmo dos seus cidadãos, um regime democrático não bastará pra acabar com o racismo.

Forçou a argumentação. Cite algum negro que foi perseguido pela ditadura além do Gilberto Gil? Todos eram homens e mulheres brancos, (Herzog, rubem Paiva, músicos como Taiguara , Chico etc.. ). Na luta contra a ditadura existia unidade de todas as frentes populares, do PC do B até o PMDB, não existia movimento identi tário. Como mostrou no artigo de domingo movimento ne gro ident itário é busca de privilégios de um grupo, uma posição de direita.

Democracia sem povo também não existe. A manifestação "Sem Anistia" convocada pela esquerda flopou geral e virou chacota nas redes.

Os racistas seguem à vontade ao viver em uma sociedade que ainda tem algumas características diretamente herdadas da colonização. Acham normal e até desejável que faltem políticas eficazes de educação, saúde, saneamento, habitação e justiça para a maioria da população. Mesmo que isto implique no subdesenvolvimento obrigatório do país pelo qual muitos deles juram amor eterno e defesa até a morte.

O racismo é dito estrutural, porque seja na ditadura ou em governos ditos democráticos a negação dos crimes da escravidão foi batizada de democracia racial. A política de embranquecimento do país foi uma espécie de limpeza étnica. Em nossa democracia racial os classificados de emprego diziam " necessário boa aparência", ou seja " negros não". Esta foi a forma de expulsar do mercado de trabalho, e negar meios de sobrevivencia a milhões de negros e pardos. A ditadura encampou este projeto.

Bem lembrado FF, protesto negro e democracia neste tempo em que o fascismo volta a ameaçar.

Muito clara e necessária, Ana Rosa. Infelizmente há que se repetir o óbvio. Nos anos de chumbo ouvíamos das autoridades o discurso de que não havia racismo no Brasil. Outra entre tantas mentiras.