Opinião > Proibir mototáxi é punir os mais pobres Voltar
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A não proibição pode fazer sentido em cidades pequenas e talvez, com muitas ressalvas, médias. A liberação em megalópoles com São Paulo desembocaria num maior congestionamento dos serviços públicos de saúde, penalizando toda população mais pobre que já não é bem assistida por esses serviços. Soma-se a isso as mortes de trabalhadores que contribuem, ou até mesmo, são a única fonte de renda de muitas famÃlias, agravando a precariedade que inúmeras famÃlias já experimentam.
Curioso, a edição impressa de alguns dias atrás contou com publicidades enormes, em várias páginas, patrocinadas pela Uber, tratando justamente da liberação de motos. E agora esse texto sendo publicado, claramente há interesse econômico e/ou publicitário por parte da FDS para com a liberação de algo que é
contra-argumentado por especialistas!
Onze em cada dez especialistas em mobilidade urbana e saúde pública são favoráveis à proibição de mototáxi nas grandes cidades. Sério que vocês acham que alguém vai acreditar no papinho do Instituto Millenium?
As motos são, no dizer do advogado Ralf Nader, americano, "unsafe at any speed". Imaginem, há 50 anos atrás, ele se referia a carros.
O argumento “punir os pobres” é miserável. Dessa vez sou obrigado a concordar com o secretário de mobilidade. O trânsito perdeu noção de regras e a fiscalização inexistente gerou um aumento exponencial de insegurança e estresse. Defender mototáxi não é defender transporte, mas sim o lucro de empresas, que se lixam para a segurança e conforto do cidadão no transporte. Se fossem esses o objetivo, investiriam em transporte coletivo eficaz.
Proibir mototáxi é salvar vidas. O trânsito de São Paulo em motos é muito arriscado. Não dá para beneficiar os mais pobres colocando vidas humanas em risco que quem vai morrer é os mais pobres.
Como atender aos requisitos de descarbonização com motores de dois tempos? Só em SP são mais de 1 milhão de motos registradas. Agora, a cereja do bolo: alguém viu a ADI ajuizada pelo PSOL neste tema? É de uma pamonhice sem tamanho. Defesa de liberdade econômica e da livre-iniciativa! Para quê? Para plataformas explorarem precarizados sem registro em carteira? A quem essa gente serve?
Motores de dois tempos já morreram há muito tempo. As últimas motocicletas com motores de dois tempos foram as Yamaha. Quem ainda as possui é porque normalmente são colecionadores.
O texto é muito impreciso. Mototáxi é modalidade já prevista em Lei. O que se está discutindo hoje é o transporte individual privado de passageiros, este, regulado por lei própria e permitido apenas para quem tem habilitação categoria B. A discussão havida no Supremo no passado encontra-se superada. Se a competência legal for federal, então que a União compense o MunicÃpio pelos gastos com saúde que certamente ocorrerão graças aos acidentes. As emissões das motos também são maiores que de ônibus
Os nomes dos ditos especialistas não consta no site do Instituto Millenium. DifÃcil verificar o domÃnio dos autores sobre o assunto
Nas vielas de Salvador, nos morros do Rio, nas ladeiras de BH... não existem Carretas, ônibus, vans circulando à 70kmh e SUVs de 3 toneladas circulando à 90kmh. O especialistas se tocaram disso?
O artigo é a defesa do “ já que só tem tu, vai tu mesmo”. E chega mesmo a admitir, na entrelinhas, o transporte miliciano : funciona onde o crime organizado proÃbe o transporte público.
Eita, Gentes Prezadas, vocês têm lá sua razão, de fato: se não se constata o aumento no número de acidentados, e se a civilidade no trânsito é maior com o passageiro embarcado, o argumento contra fica esvaziado. Todavia, como usuário de Uber e sempre interessado em quanto recebe o motorista sinto falta na discussão sobre o modelo de negócio das plataformas: o tamanho da mordida que dão, em um serviço público relevante, deveria ser mais bem escrutinado e regrado. Ou vira Leão mordendo o ganho pet
Não é o que ocorre em BH: mortes e amputações frequentes, raramente vistas em transporte público. O motociclista que tira essa habilitação muito, mas muito meia-boca que temos no Brasil não tem a mÃnima qualificação para transportar nem a si mesmo , quanto mais para prestar transporte público.
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