Projetamos nos filhos nossa ânsia de nós perpetuar através de nossos genes, na impossibilidade da perpetuação do nosso ego, pela eternidade. São expectativas vãs, pq nossos irmãos são mais semelhantes a nós, do que nossos próprios filhos; e nossas personalidades guardam bem pouca semelhanças com as deles. Nesse mundo hedonista e narcisista, que vivemos, a nossa única garantia do nosso investimento parental é a suprema ingratidão!

Educar, disponibilizar opções e ensinar a fazer boas escolhas. Basicamente, parece ser este o papel dos pais - teoricamente. Na prática... Quanto às frustrações e expectativas, elas estão impregnadas em nossas vidas, e também no relacionamento com os filhos.

Aos dezessete anos e quatro meses nossa filha foi aprovada no Vestibular na ufpr . Nós a impedimos de sair de casa e morar em outra cidade/estado ? obviamente que Não !

NÂO, ainda mais quando somos completamente alienados em relação a vida deles e uma rede de ajudas impede o convívio. Então, claro que não, pois é ficar sofrendo com o que poderia influenciar positivamente para tentar ser, sendo negado até a fala.

Te falar o que depois dos quarenta percebi. Minha mãe técnica de enfermagem aposentada queria por que queria que eu fizesse medicina. Eu até passaria no vestibular da federal, mas eu não gosto. Não gosto de sangue, de hospital, não gosto. Ela fez um inferno da minha vida, que custei a tirar de mim. Não faça isso, isso adoece, deprimente, tira a vida de seus filhos. Tem de apoiar o que seus filhos querem.

Não nutro nenhuma expectativa referente a meus filhos, dou as ferramentas, uma boa educação e eles que escolham suas opções!

recomendo a excelente palestra dada por Júlio Groppa Aquino no cpfl cultura "a família no fogo cruzado ".

questões muito complicadas mesmo. o texto é bom, e, de todo modo, fica um alerta para o abandono geral que tem ocorrido: progenitores deixando filhos e filhas à própria sorte, alegando lhes dar "liberdade". a medida de atenção e limites é difícil.