Marcelo Viana > Bertrand Russel, matemático, filósofo, intelectual e ativista Voltar
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Sua coluna sempre nos brinda com esses presentes! Esse cara foi um gigante que influenciou em vida gerações! Além das contribuições na Matemática e na Filosofia, foi um ativista pela paz, pelo desarmamento nuclear. Entre os maiores do século XX!
Já ouvi esta história da "raça? humana" mas com o Einstein e ao se registra em um hotel. Fake news sempre existiram na humanidade.
Um livro interessante dele é "Elogio ao Ócio", onde defende a ideia que nossa civilização já produz mais que o necessário para vivermos, e que o verdadeiro desenvolvimento daqui para a frente estaria em termos mais tempo livre. Um detalhe é que o livro foi escrito na década de 30 do século passado...
E pensar que eu me lembro de ter lido no jornal a notÃcia da morte de Bertrand Russell em 1970... Como uma criança poderia conhecer Russell? Simples: Monteiro Lobato mencionou-o certa vez e eu, que lia e relia sua obra, guardei o nome. Muitos anos depois, meu filho caçula, hoje bacharel em Filosofia, participava de uma "batalha de rap" em Limeira-SP quando foi entrevistado por um jornalista. Perguntado sobre suas preferências, ele sacou da mochila a "História do Pensamento Ocidental" de Russell.
Quem é o grande pensador de hoje no mundo? Será que há pensadores no mundo moderno, ou seremos eternamente alunos dos pensadores antigos?
Opondo-se ao logicismo na matemática, temos o intuicionismo. Para os intuicionistas (como em Kant), era necessário recorrer à intuição, mas desta vez não podia ser espaço-temporal, mas exclusivamente temporal. Para os intuicionistas o movimento da mente na passagem de um para dois determina a matemática. Se existe uma evidência está na intuição. As proposições da matemática se consideram então como sintéticas a priori. Para eles a lógica é um instrumento acessório.
Russel tinha uma extensa correspondência com Frege e Carnap. Russel e Carnap propuseram extensões da teoria de Frege de reduzir a matemática à lógica. Ambos, independentemente, propuseram técnicas que poderiam ser usadas para dar uma narrativa do nosso conhecimento do mundo externo. O livro de Carnap The Logical Construction of the World é uma dessas tentativas.
Russel tentou reduzir até a geometria à lógica. O logicismo ajudou a lógica a florescer mas não conseguiu em convencer que a matemática é apenas lógica. Como a aritmética tinha infinitos objetos a tarefa era árdua. Mill achava que a geometria era uma ciência experimental, não sintética a priori nem reduzivel à lógica. Gauss até tentou realizar um teste para saber se o espaço era euclidiano ou não euclidiano.
Um renomado matemático nobelista em literatura?! Diante de gigantes como esse, somos todos microscópicos.
No final do século dezenove, havia poucas alternativas para explicar o conhecimento matemático além de Kant e Mill. Frege inovou. Para ele a aritmética e a geometria eram certas e podiam ser conhecidas pela razão apenas. Essa visão era o logicismo. A noção de número, ordem, soma, produto, podiam ser definidas em termos puramente lógicos. As leis básicas da aritmética seriam proposições puramente lógicas que são verdades necessárias. Russel e Whitehead desenvolveram o logicismo de Frege.
Russel, Frege e Cantor tiveram papel relevante nos fundamentos da matemática, assim como Reichembach e Salmon tiveram nos fundamentos da inferência cientÃfica. Não podemos nunca esquecer, que esses "estudos de fundamentos" têm que satisfazer os cânones de adequação e estarem sujeitos a certos padrões de crÃtica. A matemática é auto-corretiva. Devemos mostrar como e por quê ela é assim.
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