Muito bem Mauro. Ao contrário de outros aqui que parecem ter certezas negativas, sua matéria apresenta simpatias e pontos positivos além de apontar dificuldades. Mesmo que não concorde totalmente com o traçado, sem querer ser automaticamente proprietário da solução ideal, vejo com simpatia a intenção. O centro pode sim incluir um meio de transporte atraente aos acessórios que o tornem mais atraente e desejável. Muito caro? Quanto custa a solução automobilística atual de aceitação automática?

Comparar cidades planas com VLT com SP cheia de subidas e descidas ja deveria se notar o quanto tal projeto pode ficar inviável ou muito caro.

Quem conhece a degradação da avenida São João e da Amaral Gurgel provocada pelo minhocão sabe o que o projeto poderá fazer ao centro de São Paulo. Neste há várias linhas de metrô, duas estações de trem, dezenas de linhas de ônibus, além da oferta de taxis e ubber. Quem caminha pela região pode chegar ao destino em pouco tempo. Que se invista em CEUS, creches, escolas, bibliotecas, postos de saúde, hospitais e serviços úteis para os desfavorecidos. Outro minhocão não!

No Rio leva do nada a lugar nenhum.

"Se o modelo envolver PPP (parceria público-privada), como atrair o capital privado sem subsidiar sua operação com dinheiro público e sem dar vantagens indevidas?". Com ricardo nulo na prefeitura o que mais tem são vantagens indevidas para empreiteiras e construtoras. Basta ver as obras pra lá de irregulares por toda a cidade

Boa ideia sim. Exige a coragem que nenhum Prefeito recente teve. O orçamento já alto e justificável deveria aumentar para a Prefeitura, na forma de gastos paralelos: "só" implantar o VLT certamente não seria eficiente/adequado.

A cidade de São Paulo, essa metrópole que pulsa entre buzinas, passos apressados e ambulantes que conhecem melhor que ninguém o compasso dos semáforos, não cansa de sonhar. Já quis ser Paris, quis ser Nova York, quis ser Dubai. Mas há um charme inconfundível na sua teimosia tropical, na sua arquitetura improvisada, na dança entre o caos e a criatividade que se vê nas calçadas do centro. E é nesse centro - coração ora glorioso, ora abandonado - que a ideia do VLT tenta, uma vez mais, renascer.

O Brasil dizimou sua malha ferroviária urbana e rural. Éramos o terceiro no mundo, mas com o advento da ditadura, EUA obrigou a adoção em escala de ônibus e caminhões e assim foram abandonadas todas as estações ferroviárias do país. Perdemos um vasto patrimônio histórico, perdemos o melhor modelo de modal para um país continental. Hoje somos reféns da vontade de gente gananciosa, submetidos a estradas ruins, pedágios, latas de sardinhas urbanas, sem contar o engarrafamento diário no trânsito.

Com este prefeito que temos e os que devem vir pela frente, sem esperança de se tornar um negócio atraente, bom , correto e limpo para os cidadãos!

VLT é a melhor saída para cidades médias e grandes. O difícil é convencer empresários do ramo de transporte, ônibus e caminhões. Ambos que sempre são sócios e acionistas entre si, não aceitam outra modalidade, salvo se o Estado brasileiro fizer com recursos próprios e depois entregar para o privado quase de graça. Em Belo Horizonte em 40 anos o metrô nunca avançou um KM, pois as empresas de ônibus não permitiam e agora privatizado a preço de dois vagões, a ampliação usará dinheiro público.

O VLT do Rio é um sucesso! São Paulo também vai implementar modal com a mesma excelência