Concordo que mesmo os sistemas on grid residenciais em telhados e lajes só são funcionais quando o grosso da energia é consumida no mesmo momento em que é gerada (geladeiras, freezers, ar condicionados, computadores, TV's etc). Gerar grandes quantidade de energia para a rede durante o dia, para depois consumir a noite, instabiliza o sistema.

Seu Jerson, meu caro, é tão bom lê-lo quanto ao seu Carlos Nobre, que anda também escrevendo (não nesta folha, infelizmente) sobre energias e ambientalismos. Bom porque bons miolos; também porque trazem reflexão sobre informação seleta, não-ordinária, simplesmente de boa qualidade ou, simultaneamente, arrojada. Por exemplo, pra mim foi novidade saber que as fazendas de baixa tensão tem prioridade de consumo. Donde vejo que preciso saber mais da regulamentação pra entender das mutretas.

As ‘fazendas solares de mentirinha’ atacadas pelo artigo, são na verdade a alternativa para quem não tem telhados ou condições financeiras para adquirir um gerador solar. Falar de ganhos exorbitantes é uma visão míope sobre o assunto. Os grandes clientes tem (a anos) acesso ao mercado livre (ACL) com condições iguais ou superiores a estes pequenos , e as custas dos mesmos subsídios que os pequenos estão podendo usufruir no momento por vias tortas. Ninguém fala desses grandes negócios no ACL…

É o que se chama de projeto win-win, inclusive com a energia fotovoltaica sendo usada para bombear água da irrigação. Onde estão nossos think-tanks e startups para desenvolver este tipo de projetos?