Discordo profundamente do argumento do estudante ser academicamente muito bem preparado. Isto não significa, de jeito algum, que ele tem as aptidões necessárias para exercer a profissão que ele escolheu. As faculdades é que deveriam ser continuamente avaliadas sobre sua capacidade e preparação de formar profissionais capazes.

Exame de proficiência pra profissionais de medicina é essencial e urgente, e deveria ser periódico.

Prezado Helio, de acordo com as provas seriais ao longo do curso, mas penso ser necessário envolver mais as escolas, o que pode ser feito com a exigência de médias mínimas por classes, grupos ou cursos. O difícil será administrar tal sistema.

Rodrigo, grato pelo gentil comentário. Em cidades com hospitais precários, quando tem algum deles, vemos erguerem-se edifícios modernos com auditórios climatizados e logos com serpentes estilizadas. Forma-se a promessa: todo filho de comerciante, fazendeiro ou político local pode agora vestir jaleco sem sair de casa - nem sempre porque tem vocação, mas porque tem meios. Foi-se o tempo em que medicina era a Ágora dos gênios inquietos. Hoje, transformou-se em passarela de vaidades.

Concordo que ao longo do curso o aluno seja submetidos a avaliações, por entidades não ligadas às faculdades e caso o estudante não atingir as notas necessárias, a faculdade teria que devolver o dinheiro arrecadado até aquele momento! OrasilJustiça!

Sou a favor de mais rigor, se é que há algum, na avaliação dos cursos de medicina, incluindo corpo docente e hospitais escolas. Tbem sou a favor de prova p os egressos. Quem é bem formado não tem medo de prova. E que os pobres consigam mais apoio p o ingresso e nos anos de formação. A maioria dos médicos formados no Brasil são oriundos das classes de melhor poder aquisitivo. Enquanto a escola pública fundamental e média patina, acredito que o apoio aos alunos pobres seja essencial. Todos ganha

Talvez a corporação médica devesse priorizar uma avaliação dos cursos de medicina, em vez de avaliar cada formando. Os cursos que não obtivessem um grau mínimo não poderiam diplomar médicos, embora nem por isso os diplomados fossem desperdiçados. Seriam profissionais do setor de saúde, mas reclassificados com outra designação.

Deveríamos ter provas "tipo" OAB para todas as áreas. Até para candidatos a vereador, prefeito, governador, presidente, deputados. Com mais ênfase para ética e empatia.

Tema necessário ge muito importante. Qual seria o caminho para sua implantação, Congresso?

Exame dproficiência p formandos Medicina é extremamente necessário; talvez evitaria médicos enganação, ou q colocam ideologia acima da ciência. Médicos grosseiros atendem em consultórios, puxam conversa politica-ideológica, ou fazem "tratamento precoce", uma contradição/paradoxo. Os Conselhos d Medicina fingem q são contra faculdades particulares dMedicina ruins, mas parecem contra exames OAM, porque ganham mais com anuidades d médicos-faz-d-conta.

A residência médica era uma outra coisa peneira que começa a desparecer. Meus amigos médicos relatam que os alunos tem muito como meta o sucesso nas redes sociais. Caso consigam uma massa crítica de seguidores, partem para o que se chama de medicina integrativa, sem residência. Caso contrário, vão tentar a residência. A falta de crítica por parte dos clientes não interpõe dificuldades à imperícia e charlatanismo. É mais um aspecto do abismo de informação científica na sociedade.

Discussão desnecessária. Já já todos seremos atendidos pelo Dr. I.A.

Ultrapassamos a Índia em número de cursos médicos, só que lá existem mais de 1 bilhão e 200 milhões de habitantes. Todos farão residencia médica, quando concluírem o curso? Claro que não! O lucro financeiro fala mais alto e número maior de faculdades, não significa qualidade e assim muitos jovens ficarão frustrados após formarem.

Hélio não existe faculdade de Medicina no Brasil com o valor de 10 mil reais. O curso mais barato atualizado em fevereiro é 12 mensalidades de 12.500 reais..Os estudantes estão indo para o Paraguai e Argentina.

Não se trata de reserva de mercado, mas a realidade é que, além dos interesses financeiros, não há a quantidade necessária de professores qualificados para tantos alunos. Isso não só em medicina, mas em todos os cursos que se tornam financeiramente atraentes para as instituições privadas

Não se trata de reserva de mercado. A realidade incontestável é que, além dos interesses econômicos das faculdades particulares, não há a quantidade suficiente de professores qualificados para ensinar tantos alunos. Isso não só na medicina, mas em todos os cursos que tornaram financeiramente atraentes para as instituições de ensino

Há uma nova oportunidade de trabalho para os doutores que estão saindo das centenas de faculdades recém nascidas: motorista de aplicativo! O setor publico está saturado, o setor privado não quer saber de recém formado, a medicina de consultório está em extinção.

Essas faculdades privadas de baixa qualidade nunca deveriam ter sido permitidas da forma como foram, principalmente por governos de esquerda. Por fim, as pessoas se preocupam com a qualidade dos médicos formados - o que é óbvio - mas permitem que milhares de professores se formem EaD. E o pior: nosso sistema público aceita esses professores. Depois ninguém sabe porque a educação básica é um horror completo neste país!

As mesmas desculpas esfarrapadas para fazer uma reserva de mercado.

Quais, quem do editores da FSP, fizeram exames seriados durante seus cursos de formação? Louvável a sugestão do colunista. Que seja extensiva a todas áreas do conhecimento. Não somente a da hora de suposta falta de bons médicos. Nem que faltem bons jornalistas, veterinários ou jardineiros.

A profissão medica requer diversos sacrifícios tempo com familia durante e apos o curso, tempo de trabalho inclusive nos feriados, como estou trabalhando neste feriado, e vale a pena tendo em vista que jamais conseguiria fazer outra coisa se nao cuidar de pessoas. Embora muitos aqui reclamem de uma suposta reserva de mercado, gostaria de lembrá-los que a profissao medica para os medicos generalistas não é uma profissão de consultorio particular é de sobretudo atuação no sus.

Os jornalistas, colunistas e editores da FSP, fizeram exames de proficiência nas suas respectivas áreas de atuação?

Olha que a Medicina Veterinária não difere da Medicina dita humana. Assim pode se passar também na Odontologia, Engenharia, Direito, não sei. A Filosofia pode esclarecer, até sem exame de proficiência de si.

O mesmo se aplica a várias áreas do conhecimento. Em especial na minha, Medicina Veterinária, temos cerca de 500 cursos no Brasil, praticamente a soma de todos o resto do mundo. Junta-se a isto o oferecimento de cursos à distância, que torna este tipo de ensino financeiramente atrativo, mas nõ é capaz de formar profissionais qualificados numa área onde a experiência prática é insubstituível. Pelo menos, não temos ainda curosos à distância de Medicina humana...

Concordo com o colunista filósofo até para incluir o exame de proficiência a todas as áreas do conhecimento e atividade profissional, fomo filósofos, filólogos e teólogos, entre outros.

Todos os cursos carecem de qualidade, inclusive no ensino médio, alunos saem mal sabendo ler e escrever. Essa má qualidade de profissionais está acontecendo em todas as áreas, infelizmente.

Fica esse papo de explosão de cursos e a população está sem médicos, acho que há corporativismo nisso. Afinal é uma profissão que está bem remunerada e anda escolhendo onde não trabalhar, luxo para raros no país. Tem de ter mais médicos, não é admissão, é qualidade do curso que resolve.

Para exercer engenharia e arquitetura, economia, dramaturgia, cinema, teatro, direção artística, roteirista, editorialista, paisagista, urbanista, nutricionista, personal trainee, enfim, precisa de prova de ablactação somente pra advogado e médico? Pra se dizer filósofo não precisa?

Todos os cursos de Medicina já possuem um processo seletivo que separa os profissionais da area por competencia especifica que sao as provas de residencia medica, a maioria tao ou mais seletiva que o proprio vestibular do curso de medicina.

Qual o exame Nacional que um profissional graduado em ciências humanas como filosofia, psicologia, sociologia e afins precisa fazer para se intitular e achar apto a dar opinião pública em um meio de comunicação e informação como um periódico, blog, site, etc.?

O problema é muito mais complexo e esbarra na Lei 5.692 de 1971. Foi ali que começou a derrocada do ensino no Brasil. A admissão menos seletiva começou lá, com o rebaixamento da nota de corte de 7.0 para 5.0 e a substituição da prova subjetiva pela prova objetiva. Cito apenas essas duas excrescências da Lei, mas há outras..

Está sobrando médicos, faculdades de medicina, de direito e filosofia, temos pra dar e vender sem sobretaxa. Não precisamos de profissionais estrangeiros. Uma prova nacional de qualificação pra exercer a profissão poderia valer pra todas as profissões, e a carreira de estado com os benefícios e penduricalhos não seria ilegal.

Parabéns e obrigada ao colunista Helio Schwartsman pelo urgente e importante artigo, há muito tempo venho pensando sobre o assunto em razão da proliferação de escolas de medicina e a necessidade de um exame que verifique o nível de conhecimento e a capacidade desses médicos.

Seu Hélio já ouviu falar na "máfia branca", pois é, pelo menos tá implodindo essa turma de Nariz empinado achando que pode tudo e os outros não podem nada, vá pesquisar sobre essa máfia, mas não se assuste com o resultado

A proliferação de cursos é fator positivo. Se popularizar, melhor ainda. O nível de ensino é que deve ser melhorado. Estado e associações de médicos e sociedade civil são fundamentais. Não dá para demonizar escolas privadas mas tem que fiscalizar.

Bah ! Cutucar vespeiro sem vara. Boa sorte.

"Só estudantes muito preparados conseguiam entrar, de modo que a qualidade acadêmica dos que se formavam não era motivo de grande preocupação." Totalmente errado! Pode entrar um bom aluno numa Faculdade qualquer e sair uma cavalgadura...

Excelente texto, Helio. Medicina é coisa séria, a pessoa precisa ter vocação e dedicar-se totalmente ao aprendizado do curso e ter em mente e responsabilidade desde o início, que vai cuidar de vidas e precisa estar preparada para essa missão.

Não sou a favor dessa abordagem, veja com a OAB, se isso impediu a proliferação de faculdades de direito sem qualidade. Vai do Estado em fiscalizar os cursos e monitorar a qualidade. Nem todos grandes profissionais foram de faculdades de elite também. Mais do isso precisamos de mais médicos, somos um país pobre e criar barreiras para a formação não vai ser positivo. Vale sim, fiscalizar os cursos, cobrar qualidade das universidades.

Deveria ter uma prova tipo da OAB paras os profissionais bacharéis nas áreas de humanidades como psicologia, filosofia, sociologia, e a fins, poderem atuar legalmente.

Em breve teremos bots atendendo pacientes, com precisão e preço muito baixo.

Por que não fazer um exame de proficiência para TODOS OS cursos, em substituição ao ENADE?

... pelo menos criam os 'revoltadinhos contra os 'mais médicos' formados ou estrangeiros.

Uso o copilot para fazer a pergunta: “Reputação do Dr. fulano” e na 2a. pergunta “qual é a sua formação?”. E dou preferência para médicos formados em universidades federais. É uma forma de fazer um filtro e quando vou para a consulta, já sei sobre o profissional que estou lhe dando.

Graças aos imensos conglomerados "educacionais" que abrem faculdades em cada esquina, ofertando um ensino mequetrefe. O vestibular, nisso, é mera formalidade. Logo teremos médicos formado à distância e por IA nesses centros de ensino.

Não estou propondo o total fechamento da educação ao capital não público, pois existem muitas instituições privadas sérias, mas a total liberdade de mercado que hoje vigora tem produzido grandes quantidades de diplomas sem valor algum. Na medicina isso pode ser mortal, literalmente.

A questão principal é que educação e lucro não se ligam muito bem. Existem áreas em que o estado não de se meter, dizem os liberais. Tudo bem, mas ele deveriam completar o discurso dizendo que há áreas que a iniciativa privada não deveria se meter, e a educação é uma delas. Citar as grandes universidades americanas como exemplos de sucesso da iniciativa privada na educação é uma grande falácia, pois as ações de Trump contra elas desvelou o volume gigante de dinheiro público que recebem.

Seleção? Meu amigo, qualquer um que tiver um paí rico com vinte ou trinta contos sobrando por mês tá dentro. Acorda.

Em outros países é necessário um bacharelado ( curso superior ) antes de ingressar no curso de medicina. Um curso pré med ( preparatório para a medicina). Assim , um garoto que mal saiu das fraldas tem que demonstrar maturidade, ética, compromisso, condições mínimas para ser médico. A qualidade obviamente é outro padrão. Hoje infelizmente, sobretudo em algumas faculdades de fachada, entre ruim e sai pior. Mas, a grana entra. Culpa do MEC? Do Conselho Federal de Educação? Do CFM ?

Indivíduos sem compromissos com o aprendizado e escolas médicas caça níquel, teremos profissionais mal formados. Erros médicos serão cada vez mais frequentes, procedimentos desnecessários, prejuízo e danos à população assistida ou desassistida... Difícil uma boa solução mas exame de ordem será imperativo e as piores escolas deverão ser fechadas.