Procure aí ou cá, o último lançamento, um livro sobre a literatura e a história desse Portugal que se misturou como raça, sangue e hóstias, e claro, ferro, pólvora e esperma e verbo, por suposto, principalmente desde o século XV, a obra magistral chama-se, A Nação Imaginária - ensaios sobre o renascimento português, de Luís André Nepomuceno.

Na veia.

Chico Buarque de Holanda e Ruy Guerra já cantaram, Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dosagem de lirismo (além da sífilis, é claro). E esse mesmo Portugal que espalhou mulatinhos, pardinhos, mestiços e confusos cafuzos por vários continentes, hoje teima em barrar seus filhotes. Alguns fabricados em senzalas e sacristias. E um de seus patrícios, o velho e à sua maneira gigante, Guerra Junqueiro, epitafiou, Tudo foi feito com o mesmo lodo, purificado com a mesma aurora.

Artigo extraordinario. Muito oportuno num momento em que as migrações têm representado um grande desafio para os governantes. Quando o governo de plantão da chamada maior democracia do mundo tem atuado para criminalizar um movimento que é tão antigo quanto a própria humanidade e que sempre contribuiu para o enriquecimento das nações. Lídia Jorge passa a régua nas supostas superioridades.

As seleções nacionais de futebol, tanto de Portugal como de outros países europeus, mostram a força dos filhos de imigrantes. Elas ilustram como é a Europa na prática hoje em dia, ao contrário do estereótipo que temos de um continente homogêneo racialmente.

O discurso de Lídia Jorge foi maravilhoso. Obrigado Rui pelo contexto.

Ótimo texto ! Todo discurso racialista esconde os verdadeiros motivos inconfessáveis que estão muito além das "raças" !

Lapidar, como sempre! Tanto pela forma quanto pelo conteúdo, Rui Tavares é uma dádiva!

Muito bom! Caso consiga fazer com que o eleitorado do Chega aceite a metade merece uma estátua ainda em vida!

Muito bom texto e aqui naturalmente é a mesma coisa, quem tem sangue puro?

Ótimo texto, como sempre.

Rui Tavares. Quando entra define,

Sensacional. Parabéns!

Um texto fundamental

Sensacional. Acrescentaria aos que se colocam em categorias absolutas aqueles que colocam os outros nessas categorias.

Maravilha d texto. Mas, continuo a acreditar q o morto, qualquer um, sempre morre sozinho/solitude, e sentindo solidão.