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Alexandre Marcos Pereira
Explosões atingiram a TV estatal ao vivo, transformando estúdios em cascatas de faíscas; na Praça Azadi, voluntários da Guarda Revolucionária distribuem uniformes enquanto famílias empilham colchões em picapes rumo ao sul. Em Washington, Donald Trump - retornando à Casa Branca com promessa de força e negócios - troveja contra qualquer regime que flerte com o apocalipse nuclear e envia dois porta-aviões ao Golfo. Já o G7 emite notas de profunda preocupação.
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Alexandre Marcos Pereira
Em 2007, a mesma lógica guiou o ataque ao reator sírio em Deir ez-Zor; desde então, sabotagens, vírus e explosões misteriosas em Natal e Fordow foram apenas prelúdios eletrônicos daquela velha partitura que agora é tocada em volume total. Para Teerã, obviamente, a narrativa é outra. Do púlpito da universidade, o presidente Masoud Pezeshkian insiste que armas de destruição em ferem a dignidade do islã, mas ameaça romper com o Tratado de Não Proliferação se a agressão de Israel prosseguir.
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Alexandre Marcos Pereira
Leia-se Natanz e não Natal (bendita correção automática).
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Alexandre Marcos Pereira
Mas o conflito atual não nasceu esta semana: ele é a continuação de uma longa partida de xadrez iniciada nos anos 80, quando a Força Aérea israelense destruiu o reator Osirak, no Iraque, inaugurando a chamada Doutrina Begin - o princípio segundo o qual Jerusalém não permitirá que um vizinho hostil adquira a bomba.
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Alexandre Marcos Pereira
Tel Aviv e Herzliya acordaram, na terça-feira sob o silvo dos projéteis iranianos que atravessaram o Iron Dome e feriram civis em plena hora do café; no mesmo compasso, bairros inteiros do norte de Teerã receberam folhetos ordenando a evacuação imediata, enquanto colunas de fumaça subiam de refinarias próximas. O saldo parcial, até onde acompanhei, divulgado por fontes médicas iranianas e a ONGs israelenses, ultrapassa duzentas mortes em Teerã e vinte e três em Teerã.
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Luis Fernando Casimiro
Se ao menos a retórica fosse boa, mas são apenas falsas equivalências, sempre. A cada semana que passa, é quase um desserviço e afronta ao passado, à História e às Relações Internacionais uma coluna dessa em 2025. Uma linha tênue corta a má-fé e a inocência, ora aparência, ora desconhecimento. São injustiças que nenhuma balança consegue se equilibrar, mesmo sendo cega.
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Newton Quintanilha
Análise sensata. Pragmatismo salva mais vidas.
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Marina Gutierrez
Joel Pinheiro da Fonseca , leia o comentário do leitor Adão Ferreira Salles para aprender um pouco sobre a História do Irã, antes de escrever tolices.
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Carlos Oliveira
Terça, 17.06.25, 14h23min. Capa da FSP digital. Foto do Joel e chamada do artigo Só um país (Irã) pode trazer a paz ao Oriente Medio. Logo abaixo, a manchete da tarde: TRUMP DÁ ULTIMATO AO IRÃ E NÃO VAI MATAR LIDER DO PAÍS ÁRABE, POR ENQUANTO. Essa é de fazer moldura e colocar na parede Joelzinho!
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Ana Maria Correia Miranda
Joel, vou lembrar seu nome pra não ler mais nada que vc escreve
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Marcos Leão
2. No entanto, estudiosos da língua persa (como Juan Cole e Arash Norouzi) apontam que a frase original em farsi ("Imam ghoft een rezhim-e eshghalgar-e qods bayad az safheh-ye roozgar mahv shavad") se traduz com mais precisão como Este regime de ocupação de Jerusalém deve desaparecer das páginas do tempo uma frase ideológica e retórica, mas não uma ameaça literal de aniquilação militar.
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Marina Gutierrez
Marcos Leão, obrigada por educar o "colunista" sobre a História e cultura persa, ele tem muito que aprender.
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Marcos Leão
1. A alegação de que o Irã quer varrer Israel do mapa remonta a um discurso feito no ano de dois mil e cinco pelo então presidente Mahmoud Ahmadinejad, em que ele teria dito algo como Israel must be wiped off the map.
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Caio Maia
Texto puramente ideológico. A única "janela de oportunidade" que se vê é a de um criminoso de guerra buscando se livrar da cadeia (por corrupção, em primeiro lugar) em duas guerras criminosas. Uma delas contra uma população civil incapaz de responder à altura. E a outra contra um Estado que havia celebrado um acordo nuclear que era cumprido satisfatoriamente, apesar de boicotado pelo mesmo governo corrupto e criminoso que agora utiliza o fim desse acordo como justificativa para mais uma guerra.
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Marcos Soares
Avante Bibi, o maior estadista do nosso século . Tem a coragem que falta aos demais líderes ocidentais. Leve a paz, prosperidade e diversidade aos irmãos iranianos e encontre o Vaiatola no buraco que estiver.
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Roberto Moreira da Silva
Joel Pinheiro da Fonseca , enfim alguém sensato e não contaminado pelo eterno adolescente que nada faz em casa e é só contra o pai que faz, pois, falar mal dos Estados Unidos é lei para se dizer cult porém dizer quem pode ajudar de fato se não os EUA. A Rússia? Que moral? A China? Fala sério? Brasil? My God! A França do Macron? Mon Dieu. Parabéns Joel P. Fonseca.
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Marcelo de Souza
os fãs do estado genocida de ysrraéu não têm limites
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Roberto Moreira da Silva
Quem, em sã consciência, bateria de frente contra os Sumérios a três mil anos antes de Cristo. A partir da independência dos EUA , 04 de julho de 1776, nascia mais um Imperio entre tantos: Sumério, Assírio, Grego, Persa, Egpcio, Romano, Turco Otomano. A leitura que ele faz está certa. Por mais que vocês tenham má vontade com os EUA , e chega de agir como aquele filho tonto adolescente que não faz nada e ataca o pai que faz tudo ! Chatinhos
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Gustavo Moreira
Nunca houve um império sumério. Eles se organizavam em cidades-Estados que viviam em guerras intermináveis entre si mesmas. Aliás, diversas vezes foram invadidas a partir do que hoje é o Irã. Antes de tentar dar aula de História, faça um supletivo para não escrever barbaridades como "a três mil anos".
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jose batista
Grande dia Irã e sua turma virando pó
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Luiz Gomes
Nao se pode esperar nada melhor alem desse Joel , alem desse artigo mediocre, faz parte do pacote, q a FSP brinda os assinantes
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Gustavo Moreira
Joel "escreveria" na revista Veja, se aquele papel higiênico colorido não estivesse tão decadente.
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FABIO ARAUJO
U.S.A. > Team America > World Police
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Olavo Cardoso Jr
Os fundamentalistas petistas tem muito em comum com os fundamentalistas islâmicos. Fanatismo, retórica agressiva, negacionismo, ódio aos adversários, exploração da ignorância popular... São muitas as semelhanças.
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Alexandro bernardino da silva
Acreditar que os Eua e somente ele pode trazer a paz ao Oriente Médio é um golpe doloroso a toda realidade que vivemos, onde Eua e seu aliado incosequente Israel matam juntos e varrem países e povos os forçando a correr ou morrer. Esse tipo de matéria da folha é de lascar.
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Anna Rodrigues
O final foi de lascar. Negar a autodeterminação dos povos e dizer que os EUA traz harmonia as relações internacionais deve está sob efeito de algum negócio.
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Adenilson peneli
Será que agora Joel, por mais parcial que você é, percebeu a farsa da invasão Palestina, décadas de preparo para esse dia e aí vocês têm coragem e a ridiqueza de falar do 7 de Outubro, pobre humanidade ter de conviver com déspota sanguinário como Benjamin.
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Alexandre Marcos Pereira
Israel obteve provas irrefutáveis de que Teerã chegara à zona de perigo - semanas, talvez dias, de concluir a montagem de uma arma nuclear. Foi com esse argumento que o gabinete de guerra, reunido numa madrugada abafada de junho, aprovou por unanimidade a primeira onda de bombardeios que, em poucas horas, transformaria radares, pistas de decolagem e centros de pesquisa iranianos em crateras incandescentes. Desde então o céu sobre o Oriente Médio tem sido riscado por estelas de mísseis.
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Luis Fernando Casimiro
É verdade, eu vi no grupo do zap... É cada uma!
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Edailson Monteiro Rodrigues
Esse teu cogumelo é do bão hein?
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Gustavo Moreira
O que é isso, um adendo ao "artigo" ou a pura ingenuidade de quem acredita na propaganda de guerra de uma das partes envolvidas?
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Alex Trevsani
Para ler colunista tiktoker, é melhor (e mais barato) ir direto à fonte. Pelo menos no TikTok os "formadores de opinião" não se escondem atrás de termos como "jornalismo de qualidade", tudo é puro humorismo politicamente incorreto. Ler a entrevista do Egg King ontem, e esta coluna hoje, foram dois golpes duros demais.
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Marina Gutierrez
Alex Trevsani, perfeito!
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FLAVIO CALICHMAN
Quem é o tal Egg King....?
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gleison leocadio
Realmente. A entrevista daquele sujeito do ovo, soma-se a outras como do romeu zema. Mas a trinca formada por esse articulista, o evangélico e a beauty toda semana se superam, não decepcionam...
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Edailson Monteiro Rodrigues
Como seria isso Joelito, fazendo de Teerã uma nova Hiroshima?
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TEREZINHA RACHID OZORIO DA FONSECA
Falou o ventríloquo da extrema direita, da Conib e da elite paulista!. Fraquinho este Joel, né? Onde será que a Globonews e a Folha foram achá-lo?
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Sebastião Aluizio Solyno Sobrinho
Ultimamente a USP está formando muita gente com tendência à direita.
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Marina Gutierrez
Sebastião, o problema não é a tendência à direita, mais sim a falta de conhecimento do "colunista" sobre o assunto.
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Adão Ferreira Salles
É duro ler isso. Aspas. Quando os EUA se ausentam da política internacional, o resultado não é a harmonia entre os povos, e sim a guerra sem fim. O colunista se esquece (ou desconhece, ou omite propositadamente) a Operação Ajax, da CIA, em 1953, patrocinando o golpe militar no Irã, e instalando o governo marionete do Xa Pahlev, um lesa-pátria entreguista para os norte americanos e britânicos.
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Marina Gutierrez
Adão Ferreira Salles, posso deduzir que o "colunista" não sabe nada sobre o que você descreveu e se mete a dar opinião sobre o assunto.
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Adão Ferreira Salles
É duro ler isso. "Quando os EUA se ausentam da política internacional, o resultado não é a harmonia entre os povos, e sim a guerra sem fim." O colunista se esquece (ou desconhece, ou omite propositadamente) a Operação Ajax, da CIA, em 1953, patrocinando o golpe militar no Irã, e instalando o governo marionete do Xa Pahlev, um lesa-pátria entreguista para os norte americanos e britânicos.
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Gustavo Moreira
"O Irã deseja o fim de I. A recíproca não é verdadeira". Fonte: realidade paralela desejada pelo Joel. Mandou fazer alguma pesquisa no Estado pária?
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Marcos Benassi
Xiiiiii, se os EUA "vazam", há desarmonia? Jesus da Goiabeira, como se o Bibi pudesse ter jogado bomba no Irã sem a aquiescência do TrAmp. Ao que me conste, há uma fatwa lançada por pelo atual aiatolá contra as armas nucleares, Joel, quero ver nego desobedecer. Não é possível que, brigando com tudo que é vizinho, desrespeitando historicamente as decisões da ONU, com uma incontável penca de assassinatos na ficha corrida, Iiissrael seja defensável. Da não.
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Gustavo Moreira
Pois é, Benassi. Parece que toda a "velha imprensa", da qual o Joel esqueceu que faz parte, mentiu a partir de outubro de 2023 cada vez que informava algo sobre a ajuda militar americana ao Estado pária.
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Marcos Leão
10. Assim, a esperança expressa por Joel soa mais como uma crença liberal idealizada no papel dos EUA como xerife benevolente do mundo, do que uma leitura realista do atual cenário geopolítico.
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Marcos Leão
9. E os EUA, mesmo quando criticam abusos como no caso dos ataques a Gaza , o fazem de modo simbólico, sem alterar efetivamente sua postura estratégica.
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Flavio Leal Rodrigues
O pais pacifista é o que ataca todos os seus vizinhos e ocupa vários territórios ilegalmente? Netanyahu, com mandato de prisão por crimes contra a humanidade é o líder moderado?
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Marcos Leão
8. No fundo, o que se percebe é que, apesar de sua superioridade tecnológica e bélica, Israel depende dos EUA não para ganhar uma guerra, mas para manter o status quo sem grandes consequências.
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Marcos Leão
7. A política norte-americana tem sido cúmplice nisso ao vetar sistematicamente resoluções da ONU contrárias aos interesses de Israel.
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Marcos Leão
6. As garantias então dadas na fundação do Estado de Israel naquele ano, inclusive no que diz respeito aos direitos dos palestinos (como o direito de retorno e a constituição de um Estado próprio), foram progressivamente desconsideradas.
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Marcos Leão
5. A idealização original da criação de Israel no ano de mil novecentos e quarenta e oito, justamente pela mesma ONU a quem é hoje negado protagonismo, foi seguida de promessas não cumpridas.
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Marcos Leão
4. Quando Joel afirma que só os EUA podem trazer a paz ao Oriente Médio, ele ignora ou minimiza fatores estruturais e históricos como a ocupação permanente dos territórios palestinos, a expansão de assentamentos ilegais e o desequilíbrio de forças entre Israel e seus adversários que não dependem apenas de um impulso diplomático norte-americano, mas de um real comprometimento com a justiça internacional. E esse comprometimento tem faltado sistematicamente.
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Marcos Leão
3. A perda de relevância da ONU e sua marginalização por Israel e pelos EUA, reforça a percepção de que as instâncias multilaterais foram esvaziadas justamente pela atuação unilateral e seletiva desses dois países.
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Marcos Leão
2. Ao longo das últimas décadas, os EUA deixaram de ser percebidos como mediadores imparciais e passaram a atuar como parceiros incondicionais de Israel, tanto no plano diplomático quanto no militar.
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Gustavo Moreira
Já eram "parceiros incondicionais" quando salvaram Israel na Guerra do Yom Kippur.
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Marcos Leão
1. O artigo de Joel Pinheiro parece depositar um grau excessivo de esperança na atuação dos Estados Unidos como mediador ou fator de estabilização no Oriente Médio uma expectativa que contrasta fortemente com o histórico recente da potência e a própria trajetória do conflito israelo-palestino.
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Gerson Luiz
O motivo do ataque inicial de Israel ao Irá está confuso. Foram os ataques de grupos supostamente financiados pelo Irá ou foi o potencial nuclear do mesmo país? Foram os dois ou foi o inicio dicimulado da segunda etapa de uma política expansionista no território? E porque Irã não pode ter armas nucleares e Israel pode? Quem ou quais são os parâmetros para se decidir isso? Irã é um país que financia o terrorismo? Bem, Israel está longe de ser uma país exemplar no contexto da paz territorial.
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José Cardoso
A princípio, o ataque facilita o regime iraniano a isolar seus opositores internos face a um ataque estrangeiro. Por outro lado, se ceder muito e parecer fraco, perde a autoridade frente ao povo.
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Eliaquim Almeida
Haja superficialidade, é bom estudar um pouco mais.
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Gustavo Moreira
A superficialidade é intencional, se mergulhar três palmos mais fundo nada se sustenta.
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Ricardo Ferreira
Errado! O colunista está analisando apenas o cenário presente. Quem deve negociar é 1s rahell, pois este país não pode viver indefinidamente em guerra, é muito pequeno. E seus inimigos precisam entender que apenas uma guerra de atrito seria capaz de debilitar o Estado fora da Lei. O Irã é muito grande, pode fabricar mísseis e drones indefinidamente, e agora mais do que nunca tem motivos suficiente para ir atrás de uma bomba atômica.
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Saul ribeiro
Ontem mesmo, enquanto bombardeava prédios residencias (cheio de crianças), edifícios de TV matando jornalistas, etc, em uma guerra que ELES iniciaram, o exército de Israel abriu fogo numa multidão de palestinos esfomeados e desarmados que tentavam apenas conseguir comida, matando 57 pessoas. Não li uma ÚNICA palavra de indignação, de nenhum colunista da grande mídia brasileira. O que importa é escrever a opinião do patrão, disfarçada de "análise".
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Alberto Henrique
O Irã não tem a chance contra Israel,o poder militar de Israel é muito superior ao do Irã, eesmo que fosse ao contrário, os EUA entraria com tudo a favor de Israel,infelizmente.
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Marina Gutierrez
Isso é o que voce sabe, hoje mesmo o governo de Is. implorou ao States mais armas, pois as que empregou até ontem nao conseguiram destruir os alvos. Eu li isso em um canal de TV que apoia Is.e USA.
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Elismar Dias
Pra quem se qualifica como fisoloso e economista, a solução é do tipo se minha filha foi violentada, é melhor que ela se case com o agressor.
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Marina Gutierrez
Elismar Dias, perfeito! Parabéns.
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