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  1. Marcílio Lana

    O encontro com o texto de Lúcia Guimarães é reconfortante. A gente sente que não está só, que não é um ser dinossáurico em processo de extinção. Ao mesmo tempo, se as palavras sugerem a sensação do diálogo, da conversa regada a escuta - coisa rara nos nossos tempos -, fica a pergunta: isso aí tem solução? Vamos sair dessa? Eu costumava acreditar no conhecimento como saída, mas olho para o lado e vejo a universidade ensimesmada, como destacou Michael França, nesta Folha, este mês.

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  2. márcia corrêa

    Cara Lúcia, muuuuitissimo obrigada pelo texto! Não tenho palavras para exprimir minha identificação e afinidade com tuas palavras. Sinta-se abraçada! Aliás, tenho a impressão de que quem ainda resiste à selvageria do planeta e das redes, morrerá abraçado em breve!

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  3. MATEUS RAMOS BRUNO

    Magnífico. Não me lembro de não ter gostado de alguma coluna da Lúcia. Esta é primorosa.

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  4. Ettore Fellini

    "o sociólogo Robert Putnam, "hoje estamos assistindo 'Friends'", não fazendo friends". Estamos? Quem seria este "Estamos" Seriam classe medias q se tomam por modelo da humanidade?As classes altas nunca fizeram friends alem de seu circulo As classes medias em uma epoca passada era mais amigavel e isto mudou Agora quem mora e frequenta favelas como eu fazemos inumeros amigos Será q escrever colunas baseadas no proprio umbigo de class media Ñ reproduz o modelo alienante q a propria condena

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  5. Ettore Fellini

    As palavras começaram a perder seu poder desde o final do sec 19 Lembremos q Gothe e Verther tiveram impactos levando suicidio a jovens da epocaA rev francesa foi feita com a força de jornais e suas palavras ( Marat q o diga) mudavam consciencias,Ainda ate o finaldo sec 19 a hipnose tinha capacidade de mudar o estado de cosnciencias,atualmente quem se deixa hipnotizar por palavras?Atualmente só a ação pode mudar algo mas as massas estao anestesiadas pelo consumo e entretenimento entao passivas

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  6. Ettore Fellini

    o Moralismo faz da indignação o seu motor mas não se badeia em evidencias A imbecilidade da maioria sempre existiu Se pegarmos dados e compararmos com epoca passadas Nunca o mundo teve pessoas com tanta formaçao intelectual como agora , nunca se leu tanto livros classicos como agora ,nunca tivemos tantos ateus como agora Talvez a colunista devesse olhar alem do umbigo , das suas amizades , de seus parentes e ver q a imbecilidade está diminuindo e Ñ aumentado ,fora do circulo dos imbecis claro

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  7. Ettore Fellini

    ""Como chegamos a este ponto? A pergunta se tornou vazia.""O q é vazio é este moralismo q despolitiza e cria um vacuo de respostas,Este moralismo q encobre as dimensões polliticas,os interesses economicos e as mudanças culturais orientadas por grandes corporaçoes É plenamente compreensivel como se chegou a isto Com o dominio economico , cultural ,de comunicaçao hegemonico made USA. Se ela lesse Chomsky entenderia mas perderia o emprego nas midias vassalas do imperio

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  8. Ettore Fellini

    Parece q os problemas da humanidade para alguns começaram com as redes sociaisSeria engraçado se não fosse boçal.As midias tradicionais fazem o q ? Será q Ñ percebe a hipocrisia,a propaganda,o vies pro USA? Será q estes clones criados para consumir,para se entreter começaram com as midias socias?Sera q os filmes de hollywod,as tvs eram otimas ?Sim as midias socias e a tradicionais estão infestadas de esgoto e isto desde q começou o Imperio USA e ele fez encanamento de esgoto p/o mundo todo

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  9. José Cardoso

    Fuja do scroll. Internet é como shopping, onde a forma correta de usar é ir para comprar algo. Encontrou oba! Não encontrou, volte sem comprar nada.

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  10. Acacio J K Caldeira

    Ótimo artigo

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  11. jose antonio Garbino

    Como sempre, texto ótimo! sem comentário, rs

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  12. Noel Carvalho

    Texto ótimo. O senhor bering parece estreito demais. Lúcia, escreva mais.

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    1. Marcos Benassi

      Em contrapartida, Noel, é longo. Dá pé não.

  13. LORENA PARDELHAS

    Pois é, Lúcia, temos vivido - ou algo parecido, assim. E nem é consolo que do outro lado vivam muito pior. Pois afinal vivem como quem imita alguém que não consegue respirar e acham que é graça ou fhina ironia. Claro que percebemos que são trágicos , mas empestam o ar e temos que escapar através do bom convívio ou do streaming , que seja. Ao fim e cabo temos a alma mais leve e, surpresa : ainda somos mais felizes.

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    1. Dalton Matzenbacher Chicon

      O problema maior é crer que haja outro lado, ao tempo em que todos são vítimas homogeneamente. Aliás, manter a ideia de um 'outro lado' é o que sustenta o coletivo catatônico identificador de 'um lado' seu.

  14. Marcos Benassi

    Eita, caríssima dona Lúcia, infelizmente um texto certeiríssimo. Eu, que não uso rede social alguma, malemá abro o zap - já tô fóbico - e apenas boto minhas palavras a serviço de refletir aqui na folha, tô na mesmíssima. Pan e Bozodemia, paradoxalmente, desgastaram minha capacidade de "escapar" via jardim ou horta - e olha que moro na roça. Há uma urgência em tecer redes de compreensão esclarecida, relativamente tênue porque digital, mas é alguma coisa. O mundo parece que "scrolla" ladeira abaix

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    1. Dalton Matzenbacher Chicon

      Concordo.

  15. Maria Lopes

    Lucia, que coluna boa, descreveu tão bem o que tenho sentido há tanto tempo. Não ter de ver aquela cara repulsiva e ouvir a repelente voz deu um certo alívio. Mas a eleição do clown demente e suas consequências não ajuda em nada. Não para de piorar. O melhor refúgio, acho, ainda é a natureza. E a arte. Por enquanto.

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  16. Ivo Broeing

    kkk O texto começa com uma crise existencial e termina com um tutorial de escapismo. No meio disso tudo, sobra culpa, impotência, notificações agendadas e uma leve adoração moral por jardins como resistência política. É quase um diário íntimo do cidadão progressista de classe média alta que cansou de tentar mudar o mundo, mas continua achando que ele deveria obedecer suas pautas.

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    1. Ivo Broeing

      Robson, agradeço pela autodefinição antecipada: inócua, ressentida e com aquele toque involuntário de autoironia que Freud chamaria de ato falho com assinatura. Mas admiro sua coragem de transformar o comentário em confissão pública de descompensação, já é meio caminho para o divã. Se quiser continuar, trago o cachê simbólico.

    2. Robson J Oliveira

      Sua analise filo sofica, dedo duristica ressentida e inocua (como a minha aqui) implica que vc antes de escrever nao tomou seu remedio de tarja preta.

    3. Ivo Broeing

      Marcos, nada mais revolucionário que uma esquerda com preguiça de ler, mas disposta a militar até o fim… do tweet. Manifesto é só até a primeira vírgula, depois vira textão, e aí já é opressão do alfabeto burguês. :)

    4. Ivo Broeing

      Querem transformar o mundo? Que tal começar pagando menos imposto quem gera emprego e mais quem vive do Estado sem entregar resultado? Mas aí já não é mais tão romântico, né? Porque mudar o mundo, sim… desde que não mexa no conforto simbólico da própria culpa redentora.

    5. Ivo Broeing

      Franco, é bonito esse idealismo progressista de classe média tentando mudar o mundo, geralmente com o dinheiro dos outros. Mas vamos combinar: quem entrega ironia aqui não é por ressentimento, é por lucidez mesmo. Freud explicaria sim... talvez como (narcisismo das pequenas causas), ou (gozo do sacrifício alheio).

    6. Franco Oliveira

      Enquanto existirem cidadão progressistas de classe média tentando mudar o mundo existirá alguma esperança. Mas nesse caminho vamos ter que aturar gente que se acha muito inteligente rindo disso e não estão errados em criticar disso, mas ironizar guarda um dose de maldade ou quem sabe até de ressentimento. Freud saberia explicar.

    7. Marcos Benassi

      Eu até leria a peroração crítica, prezado Ivo, não fosse ter de "scrollar" tanto. Dá não.

  17. Ivo Broeing

    O autor lamenta a (cloaca digital) das redes sociais, mas ignora que essa mesma rede foi, por muito tempo, o megafone do seu próprio campo político. Quando a (zona inundada de merda) servia pra lacrar e perseguir opositores, parecia tudo muito engraçado. Agora, quando o algoritmo não filtra mais com o viés certo, virou ameaça civilizatória.

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    1. Ivo Broeing

      Dalton, entendo seu ponto, mas o curioso é que essa (realidade generalizada) só virou problema quando começou a escapar do controle narrativo. Enquanto a (cloaca digital) era usada para cancelar desafetos, fabricar manchetes com hashtags e transformar ironia em patrulha ideológica, ninguém parecia tão incomodado. Agora que o algoritmo não obedece mais a cartilha progressista e o filtro caiu, aí sim virou (ameaça à civilização). Coincidência? Freud chamaria de sintoma, eu chamo de conveniência.

    2. Dalton Matzenbacher Chicon

      A autora não restringe 'campos politicos', mas apresenta a realidade generalizada.

  18. Ivo Broeing

    O texto revela um superego saturado: culpa por não sentir o suficiente diante do sofrimento alheio, angústia por não ter forças para resistir e ressentimento contra os que ainda conseguem fazer piada no meio do colapso. O sujeito se vê em dissonância: a moral exige indignação permanente, mas o real exige paz mental. E aí aparece o sintoma: o doom scroll. Um ritual masoquista moderno que junta impotência com compulsão.

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  19. Ivo Broeing

    E no fundo, o que esse tipo de análise esconde é uma recusa liberal clássica: a de reconhecer que parte do colapso é estrutural, sim, mas outra parte é escolha. Escolha de sustentar um Estado obeso, arrogante, corrupto, intervencionista e incapaz de entregar soluções sem censura, burocracia e endividamento público.

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    1. Dalton Matzenbacher Chicon

      Concordo.

  20. Ivo Broeing

    Shakespeare teria dito que (as palavras são vento), mas o que temos aqui é uma tempestade de palavras que só confirmam a paralisia. O problema não é a internet. É a falta de ideias novas que prestem. O escapismo não é fuga, é recusa inconsciente de continuar fingindo que a narrativa progressista ainda comanda a realidade. Como dizia Lacan: a verdade tem estrutura de ficção, e talvez o colapso esteja justamente no fim dessa ficção.

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  21. ANTONIO AUGUSTO GARCIA DE FREITAS

    Perfeito, como sempre. Devo confessar não paro de ver as reprises do Seinfeld.

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  22. Jane Medeiros

    De fato, o ambiente nos Estados Unidos deve estar tóxico, por tudo que de longe é possível observar! O país está irreconhecível!

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    1. Marcos Benassi

      Se aqui tá péssimo, com o Bozo na berlinda, imagina lá cara Jane, com o TrAmp no Trono. Jesus da Goiabeira carcomida!

  23. Luiz Gustavo Amorim

    Que barra, Lúcia, ainda mais para quem tem mais de três anos e meio de Donald pela frente. Por aqui, os prognósticos da Gazeta que nos acolhe nesse momento também não são alvíssaras. Sigamos escapando cá, lutando acolá.

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    1. Marcos Benassi

      Triste síntese, mai é isso mêmo. Lutemos, cá, alhures e algures. Prá mandar nossos pppiicaretas pra Nenhures!