Foi exatamente o que pensei!

Ele já é o candidato do partido democrata Precisa vencer os republicanos na próxima eleição.

O candidato de socialista não tem nada. Esse mesmíssimo filme já se repetiu várias vezes nos estados unidos, com muçulmanos se apoderando de conselhos das cidades, com papo de diversidade, direitos dos imigrantes e esquerdismo e, na sequência, perseguindo as mesmas pessoas que os elegeram e fazendo lobby pra destruir direitos fundamentais. O autor da coluna expõe essa pessoa como novidade por mera desinformação. Há décadas se observa esse tipo de mecanismo nos EUA.

Parabéns, Debie. Como liberal, acredito que a alternância entre visões de mundo no poder e a existência de uma oposição forte a um governo, são essenciais para uma democracia verdadeiramente saudável.

Ainda que nossas fantasias de mundo perfeito sejam diferentes, e todas elas, no fundo, sejam inviáveis, faço votos para que existam mais Debies e menos Jaimes. Porque qualquer governo, por mais bem-intencionado que seja, sem oposição real, tende ao autoritarismo. E isso vale para qualquer espectro político.

Manter a esquerda forte, desde que plural e crítica, é fundamental para evitar que qualquer lado se acomode na sua própria bolha moral. E, nesse ponto, Debie mostrou mais maturidade democrática do que muito militante exaltado que confunde política com seita.

Debie tem razão em algo que poucos ousam dizer: às vezes, a pauta justa é politicamente desastrosa. E sim, isso dói. Dói mais ainda no militante que confunde desejo com realidade.

Debie expressa uma preocupação legítima: como vencer eleições num país polarizado sem alienar o eleitorado mais moderado ou conservador, que foge das chamadas "pautas identitárias" (aqui nomeadas como "woke"). Sua lógica é pragmática: "se não ganharmos eleição, não governamos; se não governarmos, não defendemos direitos".

É a crítica liberal clássica ao excesso de moralismo performático. A ideia de que parte da esquerda trocou estratégia por liturgia, e transformou a política em palco de pureza identitária, mesmo que isso custe as urnas. É o "melhor perder limpo do que vencer sujo". Ora, para o liberal, isso é justamente o contrário da boa política: é estetização da virtude em vez de ação eficaz.

Já Jaime responde com moral absoluta, baseada em princípios inegociáveis: direitos humanos, jamais relativizados. A postura é de matriz mais kantiana do que estratégica: "a verdade deve ser dita mesmo que o mundo acabe". Porém, ao fazê-lo, ele entra num loop de purismo ético que ignora a mediação com o real, com o contingente, com o possível. E nisso, paradoxalmente, se aproxima do que tanto critica no "fascismo": a recusa da negociação e da ambiguidade.

Curioso como a esquerda adora falar em escuta, mas odeia ouvir. A política não é lugar de pureza, é lugar de mediação. E o povo não vota em pauta identitária: vota em quem resolve boleto, fila no SUS e segurança na rua. Enquanto a esquerda se mastur.. no espelho de suas causas, a extrema-direita entende o TikTok, e a raiva difusa de quem perdeu o senso de pertencimento.

No fundo, a crítica de Jaime não é à estratégia de Debie, mas à castração que ela impõe: ela ousa dizer que talvez, só talvez, o voto venha antes da virtude. Isso é insuportável pra quem se alimenta de indignação. Debie quer vencer. Jaime quer ter razão. Um está fazendo política. O outro, catequese.

Jaime Souza, apareça em comentario direto para debate.

É simplesmente impossível defender que abandonar direitos humanos seja uma boa ideia. Se é isso que você pensa, deveria ser militante de extrema-direita, porque seu pensamento casa perfeitamente. Tudo em nome do poder, até jogar quem sempre te apoiou aos leões. Mas entendo que é impossível dialogar com alguém que já sucumbiu a esse tipo de elucubração, que nem mesmo matematicamente faz sentido, mesmo excluindo qualquer senso de direitos humanos da equação.

Não existe diálogo com o fascismo. Se houvesse, não seria fascismo. Honestamente não sei de onde tiram a ideia romântica e ilusória de que abandonar os próprios eleitores em busca de amizade com o oponente para seduzi-lo faz qualquer sentido. Os bolsonaristas em algum momento falam em abandonar o próprio eleitorado, para angariar votos dos oponentes? Foi exatamente assim que Bolsonaro venceu: as pessoas deixando de votar no candidato com chances para ir por uma "terceira via" inconsistente.

Pense bem no discurso que você repete. A simetria dele com o discurso bolsonarista é absurda. E posso falar bem, porque tenho vários amigos bolsonaristas. "Primeiro tiramos o PT, depois pensamos em economia e nisso e naquilo". Não foi assim? Não é assim que o cenário nacional atual está? O governo dando metade ou mais dos ministérios à oposição, achando ingenuamente que ganharia com isso governabilidade. As rasteiras estão todas aí, à luz do dia. O impeachment não ensinou nada, claramente.

Sr Jaime, as pautas são importantíssimas e devemos lutar por elas. Todavia, por hora penso que o que está em jogo é vencer ou perder para a ultra direita nas próximas eleições. Não é caso de caráter, apenas de divergência.

Debie, a mesma coisa podia ser dita dos direitos das mulheres. Que as mulheres não tinham direito ao voto nem direito a aprender a ler e escrever. Se as mulheres tiverem esses direitos, não votaremos em quem apoiar! Por quantos séculos isso foi claramente falado? É lamentável que você, ao obter direitos, esteja repetindo o mesmo tipo de discurso de quem sempre perseguiu as mulheres, agora que o problema não é mais seu e você obteve cidadania. É simplesmente lamentável, e revela caráter.

Certamente sr Jaime e sou defensora delas, mas nesse momento elas atrapalham a luta pelo voto. Conheço muitas pessoas, infelizmente, que não votam na esquerda por conta delas.

Pautas woke são simplesmente direitos humanos. Vá estudar, pessoa.

Não existe ninguém mais antissemita atualmente do que os socialistas

Raymundo, primeiro: judeus nazzi nunca pareceram impossíveis. Basta ler a Bíblia. É claro e cristalino o nazismo na Bíblia. A eugenia, o ódio, o assassinato de pessoas que estavam apenas vivendo em paz, a invasão de terras, o estupro, a pedofilia, a tortura, a xenofobia, o genocídio, o extermínio de pessoas de outras etnias - raças, se você preferir: tudo isso é amplamente pregado na Bíblia. Segundo: o flerte entre o socialismo prático e a sharia é evidente. Basta estudar a história minimamente.

Interessante que os evangélicos de cá admiram Israel fazendo de conta de que essas pautas identitárias não fossem legitimadas por lá.

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Que bom que você se incomoda, sinal de que alguma coisa aí dentro ainda reage ao contato com o real. Fique tranquilo: não escrevo pra agradar, escrevo pra furar bolhas. Se te tira do conforto da repetição automática, missão cumprida. Sigo aqui, com argumentos e ironia. Você, pelo visto, segue com ranço e vogais alongadas. Cada um contribui com o que pode rs

Napo capo dos bozzo.

"Entre suas promessas de campanha estavam: transporte público gratuito, creches para todos, moradias a preços acessíveis e a criação de minimercados públicos para vender itens básicos a preços populares. Mas não foi apenas esse programa que transformou um virtual desconhecido no assunto do dia na cidade"

Gustavo, a cena é sempre a mesma: basta alguém apontar que a conta não fecha, que o Excel socialista vira inimigo da esperança. A matéria fala de comunicação, sim, mas comunicação de o quê, exatamente? Do socialismo embalado em corte de vídeo com filtro sépia? Do gozo revolucionário traduzido em TikTok com legenda em Comic Sans?

É curioso ver a esquerda progressista descobrindo agora que precisa comunicar melhor... o que continua sendo economicamente inviável. É como se o problema nunca fosse a proposta, sempre o marketing. "Se a gente explicar com mais carinho, talvez aceitem congelamento de aluguel, minimercado estatal e tarifa zero sem orçamento".

Você fala em reaça surtando. Mas o que atravessa mesmo não é a palavra socialismo, é a tentativa de vender projeto populista como inovação política. Não é. É o velho estatismo repaginado com estética de startup e selfie .

Ezra Klein pode até estar fazendo esforço para pensar. Já o Mamdani está fazendo esforço para viralizar. E enquanto vocês dançam em cima da estética da nova esquerda cool, alguém ainda vai ter que pagar por essa conta pública encoberta com filtro digital.

Se quiser, podemos discutir medidas que realmente combatam a desigualdade. Há muitas políticas públicas que já foram testadas e implementadas com sucesso. Por exemplo: no Brasil, que políticas públicas socialistas você considera bem-sucedidas, sustentáveis e dignas de aprimoramento? Gostaria muito de te ouvir e debater.

Roberto, entendo seu incômodo. Quando alguém aponta que o desejo não equivale a um plano econômico viável, os afetos gritam mais alto que os argumentos. Mas veja: eu não estou propondo "manter tudo como sempre esteve", só não acredito que repetir slogans com estética de TikTok e verniz de justiça social vá magicamente reorganizar escassez, incentivos e produtividade.

E você tem razão: intersubjetividades movem o mundo. Mas quando substituímos política pública por promessa messiânica, o que temos não é avanço, é regressão travestida de virtude. Mamdani não quer governar: quer gozar com a imagem que o outro tem dele. E nisso, meu caro, a esquerda performativa é campeã mundial.

Não entendo essa vdds peremptórias de vossa parte Ivo. Imagino, mas acho que não é factível nem crível, que vc conheça tão bem a realidade americana/ nova torquing, para despejar tuas crenças no manter tudo como sempre esteve nas mãos dos poderosos, que será bom. Para poucos sempre. As bandeiras da esquerda, algumas utópicas mas sem perder o valor de criar intersubjetividades e mover o mundo para uma direção mais justa, sempre foram importantes. Não me venha com esse discurso falido.

Paulo, a sua resposta é quase uma peça de teatro tributário com vocabulário de apocalipse fiscal. Mas vamos com calma: quem está surtando não é a Faria Lima, é o militante gourmet que descobre, com certo atraso, que a realidade não se dobra à estética do TikTok nem à teologia redistributiva de slides com pizza.

Você descreve bem a distorção: imposto no consumo (regressivo), imposto no salário (compulsório), e uma classe política que terceiriza o gozo orçamentário enquanto joga a conta no "outro". Isso não é crítica anticapitalista, é o funcionamento perverso do pacto fiscal brasileiro. E sabe o que ele tem de mais estruturalmente injusto?

Exatamente o que você finge não ver: a manutenção de uma máquina estatal inchada, corrupta, ineficiente, clientelista, que diz proteger o pobre enquanto o aprisiona em transferência perpétua.

Quanto ao IOF, o problema não é o imposto em si, é a esquizofrenia fiscal: um governo que fala em combater desigualdade enquanto pressiona o consumo, tributa o pequeno e desonera o amigo do rei. E não, o problema não é o BPC, que deveria ser política pontual e tecnicamente calibrada. O problema é transformar o BPC em projeto de nação, um tipo de gozo assistencialista crônico que paralisa a autonomia e infantiliza o sujeito político.

No fim, o que você chama de crítica à elite é só mais um discurso onde o "povaréu" é usado como escudo simbólico pra defender um modelo de poder que sustenta o próprio gozo dos gestores do porão.

Faria Lima surta quando concorrentes wokes à altura dos nícolas (não seriam os nicolaítas do apocalipse?) se lhes opõem. A real mesmo, Ivo, é pagar o imposto no consumo, a classe trabalhadora ter os impostos compulsórios nos salários, a classe média que aspira o convés do Titanic pagar chiando e a classe "que se sustenta" do povaréu no porão do navio ficar sem pagar nada. Tributar IOF é o Armagedom. Problema mesmo é o BPC, né não?

Família Furlan é muito fina.

Mai que cazzo, Hernandez, ficaram horas batendo nesse seu comentário absolutamente inocente! Inda bem que não mataram.