Acredito em Deus q nos deu o livre arbitrio.Somos o bem e o mal

Mais um dia do Coutinho como Pondé que sabe escrever... O artigo desenvolve de forma elegante e estruturada uma hipótese que não faz o menor sentido, pois coloca a Teologia da Libertação como o (neo) pentecostalismo da esquerda. Não tem absolutamente nada a ver, o Coutinho nunca estudou esta doutrina. Essa postura de "liberal" não funciona nem na Europa, no Brasil não passa de uma piada de péssimo gosto. Em tempo: por aqui, os donos do poder nunca foram muito além do século XVII.

A velha falácia da falsa analogia veio com tudo nessa coluna. A teologia da libertação nunca propôs que a religião ocupasse o lugar do Estado laico. Curiosamente, ela era acusada do contrário: discutir política em campos que deveriam ser apenas religiosos. Mas Coutinho conseguiu fazer um incrível contorcionismo aqui. Difícil, talvez, seria admitir outra coisa: o crescimento fundamentalista também decorreu do esgarçamento social provocado pelo neoliberalismo, com o honroso beneplácito de JPC.

Casa Grande e Senzala nunca deixaram de existir no Brasil e existe interesse de que as coisas assim permaneçam. As religiões sempre foram usadas para a manutenção desse estado. E assim continuamos

as minhas perguntas são outras: e se todos os evangélicos virassem ateus? eles continuariam pobres ou ficariam ricos? o que fariam os pastores? iriam procurar empregos ou outras vítimas? as perguntas também poderiam ser feitas aos católicos.

É. Na verdade, colunista, não saímos do século 18. Veja! A religiãoe e a política são elementos, digamos,para construção de uma teocracia: como a do irã. Aqui,na América Latina, temos uma massa ideológica e um partido político que lateralmente e de uma forma invessada vai de encontrar com regime religioso.

O problema do crescimento evangélico no Brasil é que ele foi feito às custas da miséria das populações mais pobres e sem instrução. A partir disso, passou a manipulá-las a fim de que aceitassem o sistema e depois, a fim de serem a base de sustentação da extrema direita. O problema não é a pessoa ser pentecostal, e sim ela querer impor a religião dela ao resto da sociedade. Ao menos, eles são menos de 27% e estão desacelerando.

Talvez o Coutinho não tenha entendido o que está no documentário. Então vamos clarear. O Brasil foi predominantemente católico, mas a religião não teve um papel de destaque na política. O que o documentário mostra e é o que se vê diariamente, é a manipulação dos chamados "apóstolos, bispos, pastores " , que usam a religião como poder politico e enriquecimento! Aproveitam a ineficiência do Estado e assumem, precariamente, o seu papel. Mas o objetivo é religioso? Não é dinheiro e poder!

A tentativa de construir o céu na terra invariavelmente produz o inferno, afirmou Karl Popper.

OOO

Nascemos enfrentando um desamparo estrutural. Ao apossarmos da linguagem submetemos à Lei, ficamos sabendo da nossa finitude e da diferença sexual. Frente a essa incompletude, saímos à procura do outro. O sistema capitalista produziu uma massa de excluídos, os desesperançados. Os vertiginosos avanços sociais, tecnológicos e científicos deixaram muitos inseguros, e almejando um retrocesso. Daí que muitos procuram alento na crença/droga/bebida/jogo. Diz que Deus dará, não vou duvidar. Deus dará.

Não conhece ou manipula o q seja a Teologia da Libertação. O paralelismo não sustenta o temor da hipótese proposta.

O colunista é bastante gentil com o nosso país. Será que não basta olhar para a vida nababesca que vigora nas esferas políticas, jurídicas e religiosas brasileiras pra notar que vivemos nas mesmas condições da França pré revolucionária?

Excelente texto, Coutinho. Certeiro como sempre.

"Não, senhor presidente —foi o socialismo mesmo". Na verdade, quem derrotou o socialismo foi o poder americano em conluio com os críticos internos do socialismo, dentro da URSS. O livro SOCIALISMO TRAÍDO - POR TRÁS DO COLAPSO DA UNIÃO SOVIÉTICA mostra de forma contundente o papel desempenhado pelas forças internas contrárias ao socialismo.

O documentário de Petra Costa deixa claro que a cultura política liberal está se distanciando do liberalismo econômico, pois demonstra que a direita não possui cacife eleitoral sem apelar para a canastrice religiosa ou atentar contra o Estado de direito. Portanto, a defesa do liberalismo político, no que se refere às leis e ao Estado laico, é feita por alguns políticos liberais de centro, mas a maior defesa da cultura política liberal é feita por políticos e partidos de esquerda, atualmente.

Coutinho, prezadíssimo, você fez imensa volta e não creio que tenha respondido à sua indagação fundamental, "E se virassem teológico-libertários?" Não é possível responder a isso sem antes entender o que significa tal conversão: os convertidos transformam-se em novas pessoas ou continuam Bozolóides? Porque, caso professem nova fé e continuem Bozôs, vai ser a mesma encheção de saco e agonia, irão berrar pela justiça social no campo e, contraditoriamente, gemer pela inocência do Bozo.

Belissima coluna, como sempre

A religião, quando atuante politicamente não é em geral apenas doutrina. Em Belfast, os murais ainda hoje presentes nas ruas mostram uma associação dos católicos com nacionalismo e socialismo. Os protestantes, que gostam de marchas e hinos, ostentam a bandeira inglesa e defendem a ordem do "império". Há algumas semelhanças com o Brasil.

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Muitos se assustam com os vertiginosos avanços sociais, científicos e tecnológicos. Inseguros, almejam um retrocesso, um retorno a um imaginário, tranquilo e feliz, por ser estático, confiável e seguro. O capitalismo/neoliberalismo produziram uma imensa massa de excluídos. São os desalentados, sem direitos e sem esperanças de dias melhores, daí buscarem um alento, partirem para soluções sobrenaturais. Deus dará.

Pois eu acharia maravilhoso que os Crentes se convertessem à Teologia da Libertação e jantassem os Ricos, mesmo eu sendo Ateu.