A pergunta que sobra quanto ao Brasil é: Qual gestor público realmente se preocupa com o interesse público? Sobram poucos nessa seara.

Foi exatamente ele que chamou o Lula de O maior ladrão da América Latina

Não se pode exportar esta leitura para países como o Brasil, onde sempre se houve confusão entre público e privado - e vemos os danos que ela causa no Congresso Nacional. Além disso, historiadores diversos apontam para a influência do protestantismo como fator de erosão sobre o tecido social, uma vez que a reforma trouxe a ideia do indivíduo com plenos poderes, em contato direto com deus, não mais mediado pela instituição que governava tudo e todos, a igreja. Nunca houve iluminismo tropical.

"É o que precisamos voltar a acordar." Sim, sem dúvida, cara Szabó, acordar desse pesadelo. Parece q a sociedade mergulhou num sono pesado, não consegue/não quer mais acordar. Na minha dissertação, na qual lhe citei algumas vezes, falo de como as mídias digitais/sociais "abduziram" a razão, o senso do humano e coletivo. Agora, com o boom da tal "Inteligência" Artificial será difícil acordar a humanidade para o ser humano. Afinal neste "lugar" é tudo muito veloz, happiness delivered to your door.

Com a era digital, só uma recivilização para despertar a consciência de que o mundo só será bom para mim, se for bom para todas(os). Mais uma vez cito "O Mal-estar da Civilização" (de quase 100 anos) que li recentemente, e diz muito sobre uma sociedade que parece preferir viver num eterno pesadelo, porque lá pode deixar despertar os seus monstros.

Visão humanitária e moderna de segurança. Difícil é ser incorporada à ideia de segurança pública que reina entre os law makers na ativa. A noção de cultura cívica como elo que une os diferentes interesses sociais é muito relegada no cenário atual. Sobretudo por aqueles de bandeira pátria, família, Deus e liberdade. São os que mais envenenam o ambiente é o debate político.

Perfeito. Para existir segurança, toda a sociedade deve ter direito e oportunidade.