Parabéns pela coluna! Conheci Al-Farabi por meio do Rui Tavares. Traga-nos mais indicações de leitura, Marcelo, por favor.

Seria interessante explorar mais o " retorno" de Aristóteles ao ocidente 3m outro texto.

Um dos motivos de continuar assinando a Folha é esta coluna. Obrigado pelos ótimos textos.

O podcast e o livro do Rui Tavares, joíssimas raríssimas. E esse texto ótimo do Marcelo Viana. Valeu!

Os califados Omíadas e Abássida são importantes para a história da matemática. Os primeiros foram destronados de Bagdá pelos segundos. Os Omíadas estabeleceram o poder em Córdoba, Espanha. Lá temos a Gran Mezquita. Harum el-Rashid construiu em Bagdá uma biblioteca, um observatório e um instituto para a tradução e investigação. Bagdá integrou culturas diferentes com uma mentalidade aberta. Um fato sem precedentes. De maneira consciente traduziram muitos manuscritos de outras culturas.

O califado Abássida, do califa Harum el-Rashid e seu filho, buscaram reconstruir Alexandria em Bagdá. Integraram tradições diferentes com uma mentalidade aberta. Os islâmicos traduziram os manuscritos gregos, persas, hindus e babilônicos. Estimularam a atividade científica. Tolerantes a outras crenças. Obtiveram o conhecimento da ciência grega dos gregos do império bizantino e dos cristãos nestorianos de fala siríaca da Pérsia oriental.

Aprendi sobre ele no excelente livro do Ruy Tavares "Agora, agora e mais agora".

O podcast Agora, Agora e Mais Agora, do Rui Tavares, é altamente indicado para quem quiser saber mais sobre Al-Farabi e outros filósofos da Idade Média.

Coincidentemente tive noticias de Al-Farabi em duas obras que li recentemente: Agora, Agora e Mais Agora de Rui Tavares e O Livro de Saladino de Tarik Ali. Recomendo ambos.

Texto muito interessante. Ótimo

Muito bom! O pensador Samir Amin fala da "Idade Média" islâmica (praticamente iniciada por Al-Farabi) e afirma que ela foi bem mais rica filosoficamente que a Idade Média cristã. De fato, o pensamento filosófico da Europa só ganhou força quando a Península Ibérica foi recuperada e foram descobertos materiais impressionantes, que começaram a ser traduzidos do árabe para o latim. O filósofo Averróis, por exemlo, teve muitos seguidores na cristandade.

Obrigado pela história, Marcelo. A modernidade nos empobrece no contato a riquezas como essa. Quando estive em Dubai na primeira vez fiquei no hotel Ibn Batuta. A história dele rivaliza em grandeza com a de Al Farab, conte-a pois é impressionante também.