Resumindo: "nunca haverá democracia plena enquanto o sistema eleitoral permita que gestores ineficientes continuem a se candidatar, visto que a malha formada pelos tribunais de contas, ministério público, legislativos e tribunais eleitorais permitem que gestores alcançados pela lei da ficha limpa, lei de improbidade possam participar de eleições subjudice e ainda governar quando vencem'. Tem muito gato no serviço público e o sistema não consegue tirar, a CGU e a PF enxuga gelo. Triste

alguns dias noticiou-se que o Trump intervirá nos museus dos EUA. Nessa semana, relativou a escravidão. Apostei que tais ameaças seriam mencionadas, de modo a ilustrar o problema. Neste contexto, seria o mínimo de uma coluna com esse tema. Ledo engano: como sou ingênuo e otimista! Logo, o próprio título da coluna demonstra um possível ato falho elitista e distanciado da realidade. Enquanto o jornalista não desce do seu pedestal, o discurso anti-woke vai papando os fatos e a nossa democracia.

Nesse caso, por que tanta gente que apoia os tiranos é justamente o pessoal que tece louvores a essas mesmas obras clássicas e à herança do Ocidente? O Brasil está hoje entre um golpe de Estado de extrema-direita e uma intervenção estrangeira de extrema-direita. Nunca houve um golpe "woke" aqui, e acho que em lugar algum do planeta. Então, me desculpe, João, adoro suas colunas, mas acho que vc precisa sair da sua torre de marfim e dar uma outra olhada nessa crise da democracia.

Em 2021 tive a alegria de visitar o MASP, na exposição de Gauguin - O outro e eu -, cuja organização era quase-que-perfeita. O que impediu a máxima fruição de tantos quadros? E insistência da curadoria em apontar misoginia, sexismo, exploração sexual etc etc etc num pintor do século XIX. O que nele, penso eu, era fruição da beleza, com os paradigmas de seu tempo, retrospectivamente era um crime. Enfim. Entendo Little Couto.

"Talisse relembra que uma democracia pressupõe uma sociedade de iguais que se autogovernam." Se ela foi isso no passado não é mais, e faz tempo. A ideia dominante hoje é que há legiões de carentes que merecem cuidados, sejam os idosos com aposentadorias estatais, os doentes com hospitais estatais, as crianças com ensino obrigatório e estatal, além de pobres em geral, sustentados com dinheiro do Estado. Estado, tende piedade de nós.

Sensacional! Curioso ver, inclusive pelos comentários, como a ideologia bruta embaça as lentes dos óculos, tanto a esquerda como a direita.

A vida é política. Há problema quando as pessoas transformam os atos mais banais como de militância. Os exageros do movimento woke banalizam a luta que é séria.

Um bom artigo, no geral; mas a qualificação de "woke" para as descrições me deixa dúvidas sobre se o autor denunciaria, ou denunciará, os dedos gordurosos que querem agora se apropriar do Smithsonian, não com descrições "woke", mas com censura explícita e brutal à História...

Discordo, mais uma vez do autor. A questão é que somos iguais, mas não somos tratados como iguais. A maior parte da população brasileira tem acesso à moradia e emprego dignos? Uma renda suficiente para si e para sua família? Pode viajar e se instruir? Tem educação e saúde, segurança e transportes de qualidade e gratuitos em todos os níveis? O dia no qual todos tivermos, aí seremos iguais. E por dizer isso, os extremistas de direita dizem que meu discurso é socialista e ultrapassado!

Excelente texto. Concordo plenamente com os argumentos sobre a toxidade que vivemos hoje no meio do dogmatismo político . Basta ler os comentários dos leitores quando se trata de política.

Uau! Bela reflexão.

Ecce homo. Mais um pouco abraçaria o cavalo. É um ar puro que se respira!

Incorporei a expressão "lealdade de facção" ao meu vocabulário, explica muita coisa

Não sou um estudioso nisso, mas acho que vc sacaneou os kobos.

Sensacional!! Uma lufada de ar fresco em meio a tantas caixas de eco, de papagaios amestrados!! Folha, aprenda com o colunista!!

A dos outros são "as ideologias", a minha é a "neutralidade austera e razoável". Um cientista político achar que há espaço isento de ação e pensamento político é que de surpreender. Até essa visão elitista de neutralidade razoável é um pensamento político. Saudade do antigo regime no fundo, disfarçada de liberalismo.

A seita dos blasés, qu

Sempre achei tão tribal essa coisa de torcer pra time de futebol! E, no entanto, virei torcedor do estado, a um só tempo, democrático e de direito. Bah, apenas mais um capítulo da religião, como alertou John Gray. Que pena, gostava tanto do iluminismo.

Lembro de uma anedota comum da década de 90 que dizia que os Argentinos e europeus, por exemplo, eram "melhores" porque eram mais politizados e participativos da vida politica nos seus países.

Cada vez mais parecido com o discurso hsurrado do senhor Luiz Felipe Pondé. Não é à toa que vocês dois tem livro em coautoria. Coutinho, larga dessa hcachaça hconservadorah. Tu és bem melhor que isso.

Todos os lugares e pessoas estão contaminados pela ideologia. Um mal de nosso tempo