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  1. Berenice Gaspar de Gouveia

    A Folha poderia corroborar com alguns colaboradores. O Grupo Folha emprestava veículos para o DOI-CODI, sendo que vários frequentavam e foram flagrados no interior da malfadada instituição

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  2. Paolo Valerio Caporuscio

    Os militares na época aprenderam técnicas de torturas com os americanos devido o país querer entrar na politica comunista e veio o golpe,assistam documentário brasil 1964 para entender a verdadeira história.

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  3. DEBIE DOS SANTOS BASTOS

    Enfim a banalidade do mal, como bem tratou do assunto Hannah Arendt. E assim tem sido tbem nas religiões (abordagem da coluna): quanto se mata em nome de Deus? Lista longa p o espaço: Cruzadas, Inquisição, eleição de falso mito, batizado no Rio Jordão pelo pastor do amor, Silas Malafaia, que faz arminha, tem como ídolo o torturador Ustra, e a compaixão cristã imitando pessoas com falta de ar.

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  4. Marcos Benassi

    Ôôô, Juliano, que dica preciosa, meu caro. Essa origem francesa da delicada e prendada tortura Brazuca, se surpreende pela origem, o mesmo não ocorre em relação à competência professoral: a francesada fez barbaridades no seu próprio território, na África e nas colônias americanas. Quem vê o francês contemporâneo, civilizado e cheio de dedos (tá bom, pula a ultradireita horrorosa), nem imagina o quanto essa polidez é fruto de barbárie pregressa. Ah, sim: "denúncia" não tira mérito, tem seu valor.

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  5. Marcus Vinícius Xavier de Oliveira

    De fato, os militares e núcleos de execução de tortura no Brasil se inspiraram no modelo francês de enfrentamento da subversão, em particular no pensamento de Paul Aussaresses. Já a ideia de que a dissidência interna era símile a um inimigo externo veio da Doutrina da Segurança Nacional, via Escola das Américas/EUA.

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    1. Marcus Vinícius Xavier de Oliveira

      Caro Giberto, a doutrina de segurança nacional foi implementada no continente a partir da Escolas das Américas. Me permita a sugestão: minha tese de doutoramento está disponível para consulta pública. Nela trato do tema.

    2. Gilberto Camargos

      A primeira frase é vero. Já a segunda, acho que não é bem assim, com base em leituras e testemunha da época. Sugiro um mais recente "A Casa da Vovó" do Marcelo Godoy e Pedro Estevam.

  6. José Cardoso

    O apoio da população à tortura não diminuiu, só depende do contexto e do inimigo. Lembro da primeira vez que vi o Tropa de Elite no ônibus da firma. O pessoal vibrava com a ordem do capitão Nascimento: bota no saco!

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    1. Marcos Benassi

      Tristeza, né não, José? Tem selvagem em tudo que é canto, época e nível social. É da vida.

  7. Antonio Mahler

    Os torturadores se valem do álibi de estarem a cumprir ordens, a um tempo tentando salvar a pele e prestando subserviência à hierarquia militar, onde os chefes lhes são iguais em caráter, a usufruírem da hierarquia para delegarem as torturas aos que lhes devem obediência. Por esse exato motivo, na ditadura brasileira a anistia aos torturadores veio para limpar a barra dos chefes, incluídos aí os presidentes militares do país.

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  8. Fernando Alves

    Se mostrarem fotos da cúpula do terceiro reich em momentos festivos, vão parecer todos adultos normais, sorrindo, conversando casualmente, falando sobre família, filhos, cachorros e gatos. Um retrato meigo até. Esse é o traço da maldade. As pessoas se iludem com os vilões tolos das histórias em quadrinhos e do cinema, que são grandes maníacos, loucos, obcecados com a morte. Na verdade, todos eles são pessoas "normais" no dia-a-dia, mas podres e crueis quando tomados pelo ódio.

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    1. Marcos Benassi

      Boa lembrança , Fernando. Não sei onde vi um apanhado de filmetes de Hhhiitler e da Eva Braun: uai, coisa de família, meiga, gente dando risadinha, feliz da vida. Só até o portão de casa.

  9. jose camargo

    E hoje,como são os métodos de tortura e o perfil dos torturadores? Faltou no livro estabelecer esse parâmetro.

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    1. Marcos Benassi

      Poi Zé, (c)amargo, a folha precisa fazer uma boa entrevista com o derrite.

    2. Fernando Alves

      Os torturadores são os soldadinhos do PL importunando todos os dias os leitores da Folha com suas mentiras

  10. ADONAY ANTHONY EVANS

    O livro me parece uma abordagem burocrática com base em documentos oficiais, que evidentemente omitem ordens secretas. A tortura no Brasil, existe desde o Estado Novo com Filinto Müller ou antes, mas a partir de 64 incorpora treinamento em Fort Bragg e Benning nos EUA, mediante técnicas aprimoradas pelo general francês Paul Aussaresses na Guerra da Argélia, que se tornaria adido militar em Brasília e amigo do general Figueiredo, sob cujo comando teria morrido uma amante de Aussaresses.

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    1. DEBIE DOS SANTOS BASTOS

      Obrigada pela aula, Adonay!

    2. Marcos Benassi

      Justa que Latiu, querido colega Sabido, muito grato.

    3. ADONAY ANTHONY EVANS

      Figueiredo teria se justificado a Aussaresses, que ela era frágil e não resistiu. Livro: A tortura como arma de guerra, de Leneide Duarte-Plon

    4. ADONAY ANTHONY EVANS

      Entrevista onde descreve torturas e execuções, procure o vídeo Général Paul Aussaresses. les tortures en Algérie - Archive vidéo INA

  11. ADONAY ANTHONY EVANS

    De fato, trata-se da banalização do Mal, descrito por Arendt, mas o pessoal escolhido para a tarefa eram selecionados pela falta total de escrúpulos, a que adionavam um toque pessoal. Videla da Argentina e Pinochet do Chile teriam sido seus alunos em técnicas de tortura. O filme Zona de Interesse, ilustra a insensibilidade de um afetuoso pai de família e executor em câmaras de gás. A Humanidade tem contas a acertar com esses e seus comandantes, senão na Terra, ao menos no Inferno.

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  12. Elvis Pfutzenreuter

    Lembrando que o filme Battle of Algiers tem de graça no YouTube e realmente captura bem o mindset do torturador.

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  13. Manoel Marcilio Sanches

    Não acredito que eram normais. Pareciam e se apresentavam como normais, mas dentro de cada um residia um ser desumano. Gente normal não chega a tanto.

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  14. Maria Lopes

    Sim, para entender como pessoas que parecem normais cometem atrocidades. A denúncia está na informação. Como Ustra, tão admirado por Bolsonaro e sua gang, pode torturar crianças pequenas mostrando sua mãe ensanguentada, nua. Como esses horrores foram incentivados e até premiados. Micheque informou que o livro sobre Ustra foi o único que seu marido leu. É esse trays que uns vinte por cento dos brasileiros admira. Muitos deles frequentam este fórum.

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    1. Maria Lopes

      Traste, não trays.

  15. filipe moura lima

    Gostei da resenha do Juliano, mas não me animo a ler mais sobre esse assunto. 'Brasil nunca mais' me foi suficiente.

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  16. Gustavo Adolfo Ramos Mello Neto

    É chocante pensar que eles eram normais, mas pode ser. Eles deviam ter uma característica que talvez seja desenvolvida pela vida militar: uma espécie de dissociação de si mesmos, de divisão psicológica interna capaz de fazer com que uma mão não veja o que faz a outra. Portanto, não julgue. "O resto é por amor à patria e somos heróis". É chocante pensar que eram normais porque daí decorre que o seu vizinho e até você mesmo tem essa capacidade... mas tem

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  17. Darci de Oliveira

    Torturadores são da mesma espécie de animais a que pertencem os pedófilos, psicopatas, serial killers, etc. Então me parece forçar um pouco a barra dizer que essa escumalha seja uma pessoa "normal ". Claro, tem as excessões : Bolsonaro, por exemplo, idolatra o torturador mor da ditadura, o tal de Cel. Ulstra. Mas Bolsonaro é provável que faça parte da mesma ralé...

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    1. Hernandez Piras

      Lembra-se daquela concepção de Hannah Arendt sobre a "banalidade do mal"? Pois é!

  18. Paulo Araujo

    Todos nós temos nossos demônios interiores, que são contidos pelos valores que cada um tem e pela regras da sociedade. Quando se tem um regime onde esses demônios são valorizados, os valores eliminados e os crimes violentos viram virtudes, esses demônios afloram. Foi assim na Alemanha nazista e ainda é em todos os regimes de exceção que existem ou existiram em diversos países, Brasil, inclusive. Nota: esse texto( +- assim) foi escrito no epílogo do livro "A História da Gestapo"

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  19. Armando Simoes

    "Normal"? Esse padrão de normalidade é a simples aceitação funcionalista da aberração dessas criaturas.

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  20. Leonardo Trindade

    Será que não é melhor ler a Condição Humana da Hanna Arendt? Se o seu intuito é dizer às pessoas que torturadores são meros burocratas em um sistema torto, tenho a impressão que isso já foi bem explicado.

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    1. GLAUCO NASCIMENTO

      E se for falar de "pessoas comuns" fazendo o serviço que o regime manda, Arendt também já mostrou em Eichmann em Jerusalém.

    2. Leonardo Trindade

      Porém, é impossível não perceber que sociopatas como Fleury e Ulstra encontraram na repressão um meio para colocar em prática seus desejos nefastos. Nem todo mundo é um mero produto do meio.