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Luiz Candido Borges
Artigo impecável, creio que propositadamente evitou comentar o pior congresso de todos os tempos, que tudo faz para possibilitar o máximo de destruição ambiental, além da crônica do Flop anunciado da COP30 em Belém, cidade que em condições normais não teria condições de sediar um evento de tais dimensões, mas a cobiça inominável da rede hoteleira (é óbvio que os demais serviços farão o mesmo) o tornou impraticável. O governo federal vai ter que pagar "a diferença" para evitar o fiasco absoluto.
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filipe moura lima
'Justiça Ambiental' é mais uma modalidade de justiça que precisa ser discutida e implementada.
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Marcos Benassi
Poi Zé, meu caro, essa é uma asserção bem compacta que eu poderia ter usado no debate com nosso colega João Vergílio, na prosa interessantíssima abaixo. Quer dizer, eu a qualifico assim; pelo pouco Ibope que esse texto tão provocativo do Conrado deu no dia de hoje, sei não, nossa comunidade aqui da Ágora parece discordar disso. Creio debate fundamental, sobrevivencial, e geopolítica mente crítico: define nosso futuro no curto, médio e longo prazos. Mas os Ciros Nojeiras tomam todo espaço mental.
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Maria Eloisa Montero Miguez
Obrigada Professor pela matéria! Há esperança que nossa Constituição consiga desarmar a bomba do Congresso PL da Devastação, preparada para ser estourada a qualquer momento para felicidade de seus idealizadores e seus negócios.
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Ana Maria Massochi de Livieres
Obrigada Professor
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Tadêu Santos
O nosso glorioso Brasil ainda está no primário básico, ñ evoluio pra ser acadêmico. Se tivesse sido preservado certamente estaria c os mesmos índices d desenvolvimento e os recursos naturais preservados. Ainda somos ecoBURROS, sem nenhuma humildade pra reconhecer os atrasos q a COP 30 já sinalizou, c as deficiências d saber ecológico e d convivência geopolítica ideológica. Nos assusta a possibilidade de ñ atingirmos os reais objetivos do evento mundial d Belém do Pará com todas potencialidades..
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Marcos Benassi
Prezad@s colegas, desculpem um "off Topic", o tema não é o mesmo, mas a densidade de pensamento, sim: o seu Antônio Lavareda, sujeito de primeira grandeza intelectual, tem um artigo na edição de hoje. Não trata do clima, não menciona constituição; mas só posso sugerir sua leitura, é um primor.
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Paolo Valerio Caporuscio
Colunista sonhador, brasil mediocre desde a origem e historia tende a ser mais fracassos do que trunfos.
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Marcos Benassi
Uai, devíamos ser mais felizes do que a cachorrada, que não têm escolha em relação a ser um dálmata, um labrador ou um vira-lata: nasce-se de uma certa forma. Considerando-nos humanos, observo que a viralatice É uma escolha. Com as respectivas decorrências.
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José Cardoso
É só comparar o que era a cobertura florestal da amazônia nos anos 80 com o que restou hoje para mostrar o fracasso da constituição em proteger o meio ambiente. A combinação desmatamento com aquecimento global passou por cima dela.
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João Vergílio Gallerani Cuter
Até mesmo os mais sensatos embarcam nessa. Vamos lá. Mitigar efeitos e adaptar-se a eles é coisa que o estado brasileiro pode e deve fazer. "Combater a mudança climática" está fora de nosso alcance. As "externalidades transfronteiriças" serão o eixo do discurso legitimador do avanço de europeus e americanos sobre a Amazônia. "Arranjos de governança global" não serão orientados pelo bem-estar da humanidade, mas pelo interesse geopolítico. Saia dos anos 90, Conrado. Olhe em volta.
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Luiz Candido Borges
João Vergílio, sua tese é uma variação do conhecido "Se Deus não existe, tudo é permitido". Se as instituições de governança global não valem mais nada, então vamos passar a boiada, queimar tudo, envenenar todos os cursos d'água enquanto eles não secam etc. etc. Não será em vão: há milhões de pessoas morando por lá, que poderão ganhar um troco durante mais alguns anos, depois ficarão na mais negra miséria. Pode não ser uma grande perspectiva, mas o que se há de fazer, não é mesmo?
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Marcos Benassi
A sençura xarope da folha havia bloqueado sua primeira réplica, né? Um saco do tamanho do oceano. Olha, João, eu não sou conta desse "realismo niilista", digo sem pestanejar. Hahaha, "a Lusitana roda", concordo; mas ela não roda no vácuo, fá-lo porque "o Mundo gira", ela depende da vida do mundo. Se "a Zesquerda" capitular da defesa da Vida, niilisticamente - ainda que haja sentido na sua advertência - um componente fundamental da luta é perdido: aceita-se a desumanização como método. Dá não.
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Marcos Benassi
Ôôô, João, agora entendi, muitíssimo obrigado por sua paciência. Cara, parece-me que o que temos é a massa, ainda informe, do derretimento da velha "governança global"; creio em termos "macro-governanças regionais", dentro da geopolítica multipolar. Eu não sei como é que a ONU recuperaria recursos, instrumentos e a anterior credibilidade no nosso novo contexto. Mas que é e continuará necessário encontrar vias de combate à mudança climática, tô certo: mitigar e adaptar vai até um certoponto, e só
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João Vergílio Gallerani Cuter
O Cazuza é só um símbolo de uma era marcada por "pautas globais", como o identitarismo, Marcos. Ambientalismo entra nesse pacote. Isso talvez tenha sido apenas uma cobertura ideológica do bolo thatcheriano do neoliberalismo. Hoje, não é mais nada, pois a essa pauta não correspondem instituições capazes de lhe dar concretude, efetividade. É só um discurso disponível para a montagem de uma narrativa perigosa (dos EUA com relação ao seu "quintal").
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João Vergílio Gallerani Cuter
Porque "governança global" só faz sentido num mundo que tem ONU funcionando, OMC funcionando, tribunais internacionais funcionando, e assim por diante. Nos anos 90, essas instituições prometiam funcionar. A entrada da China para a OMC foi uma espécie de culminação dessa promessa. Isso não existe mais, Conrado. Esse mundo acabou. Mitigar efeitos e adaptar-se faz muito sentido. Combater mudanças climáticas não faz (mais?) sentido nenhum.
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Marcos Benassi
Não fui capaz de compreender sua metáfora, João. Se puder ser explícito, agradeço.
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Conrado Hubner Mendes
Por que anos 90, João? A COP é parte de um esforço de governança global. Ou não? Assim é descrita pela literatura.
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João Vergílio Gallerani Cuter
Abra os olhos, Marcos. O comunismo ganhou. Só que, por fidelidade ao Cazuza, você está torcendo pelo outro lado.
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João Vergílio Gallerani Cuter
Depois de Gaza, ninguém mais tem direito a utopias. Há 30 milhões de pessoas vivendo na Amazônia, grande parte delas votando (por excelentes razões) na direita. É a direita que promete estradas, por exemplo. Sem estradas, não há escola, saúde, segurança. A esquerda fica nesse discurso "anos 90", "we are the world", "Cazuuuuzaaaaa", e não percebe que a Lusitana roda. Esse discurso natureba bem intencionado vai legitimar intervenções. Escreva isso. Vocês estão bordando o enxoval do Trump.
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Marcos Benassi
João, muito prezado, eu sou plenamente a favor do realismo, não vejo motivo algum para que ele não esteja sempre imbricado em nossas reflexões. Mas não deixo de constatar que, nos tempos contemporâneos, a utopia é um treco subversivo. Creio que temos de ter muito cuidado para que o realismo, quando demasiado, não soterre as fundamentais Utopia e Esperança. Dito isso, tenho de reconhecer, sou pessimista na maior parte do tempo. Todavia, subversão e enfrentamento estão no meu sangue vermelho.
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Carla Oliveira
O problema é o nosso congresso atual, feito sob medida para destruidores do meio ambiente...
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Marcos Benassi
Ahhh, mermão, sempre Bípede, denso e vanguarda. Que luxo. Conrado, o desnível entre o legislativo constitucional e este que hoje nos emporcalha o país e o coração, é da profundidade dos círculos dantescos do inferno. O primeiro, fez o que fez *anos antes* da pioneira eco92 do Rio. Agora, é notável como ou os Estados fazem um papel digno e dignificante, ou a gente sifú de verdamarelo: se a agenda sobrevivencial do ambiente contasse com metade dos recursos e esforços em IA, távamos salvos. Mas não
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Ivo Mutzenberg
Bem isso, existe significativo potencial a ser explorado e o passado de exploração e extrativismo pode e deve ser mitigado mediante utilização do conhecimento e técnicas de recuperação de solos e florestas largamente acumulados pela Embrapa na esfera Federal e suas congêneres nas esferas estaduais.
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Marcos Benassi
Opa, magnífica lembrança, caro Ivo. Caso não tenha visto, sugiro que espie o bom artigo do executivo-mor da JBS no tendências/debates desta folha de hoje. É inacreditavelmente bom, só precisa deixar o campo das ideias e se entranhar profundamente nas práticas corporativas deles mesmos. Achei tão bom que até dou de barato que o sujeito seja muito menos pppiicareta do que seus patrões.
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