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ROBERTO CEZAR BIANCHINI
Antes da Equação de Schrodinger, a formulação com Matrizes de Heisenberg já explicava matematicamente o modelo atômico de Bohr, mas usar a equação é muito mais prático. Não deveria ter o link para a reportagem do Arthur Avila no final. Acho que já vi o spoiler do que será o artigo da semana que vem. Mais um bom texto, Prof. Viana
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José Cardoso
Aguardando o próximo capítulo... Que eu saiba, o mais comum é que as equações diferenciais que descrevem os sistemas físicos só tenham soluções numéricas, exceto em casos muito especiais. Ainda assim, como nos elementos finitos para construção mecânica, elas são muito úteis.
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Vito Algirdas Sukys
Qual a ligação da matemática com a realidade? Ela cria a realidade ou é o inverso? O enfoque do físico teórico Hofstadter é o mesmo de um matemático? Há uma diferença filosófica? As distribuições estatísticas de Hofstadter descreviam verdadeiramente as coleções de dados? Para um matemático as medições são uma amostra aleatória do conjunto de todas as medições possíveis? Como o duelo entre R.Fisher e Jerzy Neyman? O enfoque de um matemático e de um físico são diferentes? Questões em aberto?
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Vito Algirdas Sukys
Roberto, meu caro, li o texto do Eugene, unreasonable é irrazoável, não irracional. Wigner diz que a matemática é um instrumento para a física, coisa que não conseguem explicar. Creio que nem você pode. Wigner fala sobre a unicidade das teorias físicas. A mecânica quântica e a relatividade geral; não há nenhuma formulação matemática que una essas duas teorias. Os físicos acham que é possível, alguns acham que não. A matemática até agora não tem nada a dizer sobre essa unificação.
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ROBERTO CEZAR BIANCHINI
Continuando e finalizando minha participação nesta conversa. Sugiro a leitura de dois textos, um de um Matemático e outra de um Físico, ambos ganhadores do Prêmio Nobel de Física, sobre a diferença, e independência, entre Física e Matemática. Eugene Wigner "The Unreasonable Effectiveness of Mathematics in the Natural Sciences" (não tem em português) e Richard Feynmann, "Sobre as Leis da Física". Ambos deixam bem claro o que é uma o que outra e que sua argumentação, neste caso, faz pouco sentido.
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ROBERTO CEZAR BIANCHINI
Como diria o Pica-pau, lá vamos nós. Apego a uma opinião como dogma dificulta qualquer diálogo. Vito, é possível explicar os fenômenos Físicos sem matemática. Vários gregos, como Aristóteles, fizeram isto, mas suas explicações não passaram pelo crivo da experiência. Foi quando se começou a usar a Matemática de maneira mais sistemática que as explicações dos fenômenos físicos passou a ser mais confiável. Qual experimento da física é necessário para provar que existem infinitos números primos?
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Vito Algirdas Sukys
Roberto, a matemática pode existir sem qualquer ligação com a realidade, mas você mesmo disse que ela é uma linguagem que permite formalizar uma explicação objetiva para os fenômenos observados no universo, que evidentemente é feito pela física. Não há como escapar disso.
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ROBERTO CEZAR BIANCHINI
Vito, você está confundindo Teoria Física, que usa da Matemática para descrever ou prever algum fenômeno, com a Matemática em si. Quem precisa passar pelo crivo da experiência é a Teoria Física que se propõem a explicar algo ou a prever alguma coisa. Matemática pode muito bem existir sem qualquer ligação com a realidade. A questão toda, como disse Wigner, é que a Matemática tem uma eficiência irracional (difícil traduzir isto) ao ser aplicada nas Ciências Naturais.
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Vito Algirdas Sukys
Prezado Roberto, a matemática é uma linguagem para formalizar uma descrição do mundo, mas ela têm que ser submetida ao crivo da experiência, a matemática por si só não representa a realidade. Necessita da física.
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ROBERTO CEZAR BIANCHINI
A primeira questão eu consigo responder. Matemática é uma linguagem que permite formalizar uma explicação objetiva para os fenômenos observados no universo. Dado isto, sua segunda pergunta não faz sentido. A Matemática é a forma mais precisa e adequada encontrada até agora para explicar o que observamos.
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Vito Algirdas Sukys
Prezado Carlos, no livro de Isaiah Berlin, vemos no início que Berlin é uma raposa, um cético, por sua concepção aberta, pluralista do fenômeno humano. Atitude ante a vida. No livro ele mostra que no caso de Tolstoi, um ouriço e uma raposa podem conviver na mesma pessoa. Então uma visão pluralista é bem vinda.
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Vito Algirdas Sukys
Caríssimo Carlos, obrigado, vou procurar ler o ouriço e a raposa, e ver se os espinhos respondem à minha curiosidade.
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Carlos Sabino
para essa resposta recomendo "o ouriço e a raposa" do isaiah berlin. pergunta dificil e respondo com paulinho da viola "ninguem pode explicar a vida"
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