O Deus único me parece um passo importante para reconhecermos que vivemos uma realidade única. Gostemos dela ou não.

Muito bom!!

A terceira hipótese é compreensível. A experiência prolongada de uma dominação estrangeira lembra a de um Deus que não aceita outros, e de cuja realidade não se pode duvidar, mas que é ao mesmo tempo uma esperança. Como na frase do Marx sobre a religião: A miséria religiosa é, de um lado, a expressão da miséria real e, de outro, o protesto contra ela.

Alguém antes já sugeriu que: "a biblia seria o conjunto de crônicas da historia de um povo". Eu acrescentaria: apropriado indevidamente por outros povos.

O tema é complexo não só porque as evidências são fragmentárias (cacos, inscrições truncadas, camadas de textos sobrepostas), mas porque o assunto toca no nervo de algo vivo: a identidade de povos, memórias de feridas, projetos de poder, o consolo íntimo de quem reza. Contar essa história é como folhear um palimpsesto ao crepúsculo: vemos traços do que foi apagado, sem a garantia de reconstruir a frase original. Antes das grandes reformas religiosas, antes das escolas de escribas, havia a casa.

Não está aí a origem do monoteísmo. É anterior. Entre os fenômenos anteriores está o Zoroastrismo que inclusive pode estar na base das religiões monoteístas do Levante.

Muito interessante. Há um texto, um conto, intitulado "Deus por equívoco". Talvez valha a pena conhecê-lo.

As estórias sobre sobre os deuses folclóricos sempre são uma boa leitura.