Vi o agente secreto ontem e o iraniano hoje. Como entretenimento gostei mais do brasileiro. Apesar de longo, prende a atenção do início ao fim. Para um estrangeiro provavelmente perde um pouco, pois há um lado bandeiriano de "Evocação do Recife" , que um brasileiro tem mais capacidade de apreciar.

Gosto muito do trabalho desse diretor. Vi Táxi Teerã e gostei.

Depois daquela pornochanchada de 5a categoria levar o Oscar o ano passado, nada mais me surpreende

O filme "Foi apenas um acidente" traz o conflito do filme de Fritz Lang "Além de qualquer dúvida razoável". Condenar um inocente ou absolver um culpado? Sempre há a possibilidade de erro. O relativismo cognitivo de alguns pode interpretar as evidências de um modo dentro de um sistema; outro sistema alternativo de outra maneira, quanto à verdade e à justificação. Na ausência de um sistema absolutista, não se chega a uma conclusão. O erro ronda as cortes nos julgamentos criminais.

Foi um tiro no pé do Brasil (e uma certa arrogância) escolher O Agente Secreto para nos representar na tão prestigiada Academia. Repetição de tema, nem tão genial assim, quando tínhamos filmes mais instigantes e premiados. Manas continua seu trabalho e sendo premiado com tema que não queremos encarar, é fato. O Último Azul é uma surpresa incontestável na nossa cinematografia. Mas, preferimos o pires na mão, a repetição à inovação. Pena.