É a pré história civilizacional. Chegamos ao terceiro milênio com avanços inacreditáveis em todos os campos da vida humana, com exceção da subjetividade. Ainda há desigualdade entre homens e mulheres entendida como inferioridade de todos os tipos. Não importa o que uma mulher conquiste no mundo, na intimidade do lar ela ainda é uma costela do homem...

Cara Becky, o que me causa espanto é o Congresso Nacional, através de parlamentares homens e mulheres, propor lei específica para criminalizar mulher por falsa denúncia contra agressor, apesar de já existir no Código Penal diversos artigos sobre o assunto. E tem vídeo do infame e misógino "Mamãe Falei" culpando mães por atos do tipo praticados pelos filhos.

Inaceitável, já passou da hora da reação, com os pais explicando aos filhos "detalhadamente" que ninguém tem a posse de ninguém, que as conversas devem ter o tom adequado, que gritaria e xingamentos só denotam desespero, que é hora do respeito! Não me canso de falar a respeito, as conversas sobre feminicidio já são a tônica de meu dia a dia, é inconcebivel o que vem ocorrendo. Mulheres: Minha solidariedade e respeito!

Uma realidade assustadora que precisa acabar. De tantas reflexões importantes do texto, uma frase pra mim resume tudo, "Cada feminicídio é um lembrete brutal de que falhamos, resultado de uma cadeia de omissões sociais e falhas institucionais."

O time que está perdendo, morrendo, ou sendo mutilado, acossado e constrangido, é o das mulheres. As medidas de prevenção, cuidados, penalidades maiores são essenciais, mas, pelo visto, não estão resolvendo um problema gravíssimo. O time que SE perde, não é o que deve efetuar um movimento? Mudar de posição ou ocupar um outro lugar? Atentemos para as causas e não para os efeitos ou sintomas.

Não será pelo fato de a mulher ainda ter como prioridade casamento e filhos? Deixando para segundo plano, ou não valorizando sua formação e sucesso profissional? Para alcançar seu objetivo, muitas vezes, qualquer coisa serve. Como tomar conta de tudo, ter dois turnos de trabalho, se responsabilizar pelos serviços domésticos e filhos. Agressões, brutalidade, ataques vão sendo normalizados, desculpados e aceitos, até que um dia passam dos limites, e a ferem mortalmente ou a mutilam cruelmente.

Sempre que deparo com esse assunto me bate vergonha do meu gênero. O macho da espécie humana não poderia ser assim, tão hostil ao 'sexo oposto', que não é oposto, mas parceiro.

Li seu texto e chorei. Leio alguns comentários (a maioria, acho) e choro mais ainda. O machismo assassino ainda mora nos corações e mentes de muitos e muitas de nós. Em tempo: aproveitar esse momento horrível que vivemos pra tentar desqualificar a Lei Maria da Prnha é de uma crueldade atroz.

A violência no lar e fora dele é algo que deve ser combatido, o da mulher deve ser falado, mas eu fico me perguntando por que essas colunistas nunca falam ou incitam um movimento que combata a violência contra as crianças, não vejo reportagens desse tipo aqui, por que será? Por que crianças são desprezadas na folha? Começando pela campanha compulsiva pelo aborto? nos casos citados pela colunistas são.dois adultos, e quando a vítima é um infante, sem CPF, sem apoio, o que acontece?

SC cancelou a vida de Mariana. ferrer

Esse não é um problema só das mulheres, é de todos nós. Parabéns por mais uma brilhante análise

Excelente texto, inteligente. Falou o que está todo mundo falando sem chover no molhado. Mais uma que aprendo com a colunista, violência simbólica.

Da Gaza que morre por ano, da brutalidade das penas de morte impostas por meliantes subsidiados por um estado conivente, dos índios incendiados pela elite brasiliana, dos “de menor” arrastando crianças pelas ruas do RJ, estuprando e matando, das Aracelis subjugadas pela nata da sociedade, dos maridos esquartejados, é bom ver indignação com pelo menos uma fração da carnificina. Só espero que não seja somente para alimentar narrativas.

Enquanto amor for confundido com posse isto vai continuar. Triste!

Cara Becky excelente texto complementar ao da Giovanna,a estrutura patriarcal imutável considera as mulheres propriedades,aí me lembro de uma frase genial da Djamila,se mulher fosse propriedade já viria com escritura e não registro de nascimento Pobre Brasil.

Acho que há um abismo entre agressão física e verbal. É possível discussões acaloradas, com cala bocas de parte a parte sem cruzar o Rubicão da violência.

está lei Maria da Penha não falar que proteger nada a mulher quantas já sofreu violência muita isto tem mudar